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Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Este artigo faz tanto sentido para mim neste momento.

Gosto da profissão que tenho, mas cada vez mais sinto que a minha capacidade física e psíquica está cada vez mais fraca. O cansaço é muito, a pressão que imponho a mim mesma é enorme, a desilusão de não conseguir fazer tudo a que me propus faz-me questionar se sou boa profissional, algumas exigências dos familiares e utentes deixam-me frustrada e irritada e as quezílias com algumas colegas (poucas felizmente) deixam-me frustrada e irritadissima.

Inevitavelmente tudo isto se arrasta para a minha vida privada. Saio do trabalho a desejar apenas o sofá. Declino todas os convites que me são feitos. As visitas aos meus pais não são feitas por falta de vontade e paciência ( sinto-me uma filha horrível).

Sinto que devo mudar...de profissão...de maneira de ser...de maneira de agir...

Mas como fazer estas mudanças aos 50 anos?

Ontem sai às 8 depois de uma noite de trabalho e como seria de prever a recomendação medica para não falar não foi seguida. Como resultado fiquei com uma rouquidão ainda maior e um peso na consciência.

Antes do turno acabar tive de fazer uma higiene a um utente que tem dificuldade em ouvir (como quase todos) e tudo o que falei com ele teve de ser em voz alta e repetidamente.

Daqui a pouco vou trabalhar, mas hoje não prometo que não vou abrir a boca. Já pensei em encher o corpo com post-it a informar que não posso falar, mas teriam de ser em tamanho XXL já que além de ouvirem mal também têm dificuldade em ver. Oh vida!