Acordei a pensar que tenho de fazer algo por mim, ou melhor pela minha saúde.
Isto de passar parte da noite acordada a pensar em problemas que podem não existir, pensar no trabalho, pensar que este ou aquele precisa da minha ajuda, pensar que há pais que não merecem ser pais e pensar que amanhã tenho isto e aquilo para fazer tem de acabar.
Tenho a cabeça pesada e parece que fui atropelada por um camião. Não que alguma vez tenha sido (felizmente), mas imagino que doa o corpo todo.
Como não tenho nenhum botão para desligar estes meus estados quase diários vou ter de colocar metas.
Sim, porque mudar não vai ser tarefa fácil, eu diria até que me parece uma tarefa impossível.
Para o resto do mês preciso de conseguir:
-Descontrair e viver a vida sem stress;
-Deixar de vir para casa martirizar-me porque não consegui cumprir o meu plano mental no trabalho;
-Deixar de fazer plano mental para cada dia de trabalho (a grande maioria das vezes sai furado);
-Deixar-me de martirizar quando não consigo fazer o que este ou aquele idoso me pede. Afinal não sou a Madre Teresa de Calcutá e nem tudo o que nos pedem nos compete ou podemos fazer (esta vais ser difícil);
-Não antecipar os problemas, pois a grande maioria das vezes sofremos sem motivo;
-Ser menos pessimista;
-Evitar estar no meio da guerra familiar e querer a todo custo unir a família. Cansa e desgasta ouvir as 2 partes, ou melhor as 3 partes (pais, irmão e cunhada ou melhor ex. cunhada). Cada um tem as suas razões, mas são tão casmurros que só sabem "disparar" uns contra os outros;
-Deixar de pensar que "aquele" pai deveria preocupar-se e querer saber o estado de saúde da filha (esta é a mais difícil de engolir);
-Deixar de fazer planos.
Não será fácil cumprir estas metas, mas sei que para a saúde e para a minha sanidade mental vou ter de o fazer."