A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.
A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.
Fez 2 anos quarta feira que o Miguel foi para Marrocos. Lembro-me desse dia, de ter ficado com o coração apertadinho, de ter medo que a minha relação fosse "morrer" com a distância. Medo de não conseguir aguentar as saudades e medo de gostarmos de viver longe um do outro.
Apesar de ter tido dias em que necessitei que estive ao meu lado, dias em que fui a baixo, que me apeteceu pegar num avião e ir para o colo dele, não nos arrependemos de tomar a decisão de estarmos separados.
Não houve um dia em que não vimos, ainda que através do écran do PC. Poder fazê-lo da-me mais tranquilidade e acredito que a ele também. Ver o rosto um do outro permite saber o estado da nossa alma. Ainda que por vezes tente ocultar os meus estados de quase pré loucura. Não adianta tentar esconder, pois conhece-me bem.
Lembrei-me que afinal nestes 2 anos houve um dia em que não falámos nem nos vimos. O que fez com que aqui a menina fizesse um filme
Apesar das saudades o saldo é positivo e os nossos objectivos têm sido cumpridos.
Para compensar o afastamento aproveitamos bem todos os momentos quando estamos juntos.
Se pudesse pedir um desejo pediria que o relógio andasse tão rápido que fosse já amanhã.
Se por um lado me parece uma eternidade o tempo em que estamos separado, por outro parece impossível que já tenha passado um ano. Sim, 11 de Maio fez um ano que ele saiu de Portugal.
Durante este tempo, todos os nossos objectivos foram cumpridos, não houve arrependimentos, fizemos várias viagens para cada lado, mas o "raio" das saudades por vezes quase nos fazem sair do caminho que traçamos.
Por mais vontade que tenhamos em estarmos juntos por lá ainda não nos parece que chegou a hora. O ano que passou e apesar de ter corrido bem ainda não nos dá a certeza que deva largar o meu emprego e ir.
Não que ganhe muito, mas a minha ida e pensado que arranjaria trabalho podia contar com quase duas vezes menos do que ganho aqui.
Não sei se são as saudades, se é a minha insatisfação no trabalho ou se fui eu que mudei e me tornei mais fria, mas aquela paixão que sempre senti pela minha profissão está a ficar mais pequena e não me está a deixar ser feliz...
Talvez sejam as saudades que um dia destes me faça largar tudo, pegar nos gatos, apanhar um avião e deixar Portugal. Seria mais fácil se eu pudesse "pegar" na filha e leva-la, mas isso não está nos objectivos dela e não a posso obrigar.
A vida é feita de caminhos e escolhas e quase sempre haverá algo que temos de "perder"...