A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.
A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.
Acredito que hajam mulheres muçulmanas que são obrigadas a vestirem burkini pelos seu companheiros, mas e as outras que o vestem porque querem?
O que acharíamos nós se os nossos governantes decidissem proibir o uso de calças ou mini saia?
As varias vezes que fui a praias marroquinas vi mulheres de burkini e outras com biquíni, inclusive eu.
Se me senti incomodada? Não.
Se vi as marroquinas incomodadas? Não.
Ali estávamos centenas de pessoas vestidas da forma que escolhemos apenas a usufruir do sol e da agua.
E é assim que tem de ser!
Uma pessoa tem apenas 1 fim de semana de folga por mês, passa a semana com temperaturas elevadas e a pensar numa ida à praia e eis que chega o dia e acorda com um tempo que mais parece inverno.
Em vez de ficar danada com S. Pedro penso que ele é amigo e não quer que eu estrague a minha bela pele.
Vou aproveitar para me agarrar a esta pechincha que comprei a semana passada
Uma semanita depois aqui estou eu vivinha da silva, com um bronze bonitinho e com algumas gramas quilos a mais.
Apesar de não gostar de andar de avião não posso reclamar da viagem. Teve alguns abanicos, mas nada que me levasse a pensar que ia cair. O pior são as 8 horas sem poder esticar as pernas decentemente.
7 dias maravilhosos em que apenas comi, fiz caminhadas, li, nadei (se se pode chamar nadar ao que eu faço) e bebi bastante.
Tive a minha primeira experiência de snorkeling. 5 minutos não é lá grande avaria, mas falando de quem tem medo da agua esses 5 equivalem a 2 horas.
Muitas vezes deixei de viver aventuras graças aos meus medos, mas nos últimos anos tenho estado menos medrosa. Bem, medrosa continuo talvez a palavra mais adequada seja mais aventureira.
Tínhamos varias propostas de passeios e escolhemos um passeio de barco que incluía snorkeling, nadar com tubarões e com raias. Na altura que o escolhi não pensei nos medos e só quando já estava pronta para saltar barco fora é que pensei "é desta que morres". Sabia que tinha a protecção do guia, tinha colete, mascara e tubo, mas pensar que o fundo do mar estava a uns metros valentes deixava-me assustada. 5 minutos depois voltei para o barco. Faltou-me coragem para os acompanhar, mas fiquei orgulhosa de mim. Acredito que da próxima vez conseguirei mais tempo e maior distancia.
Passámos aos bichos. Por incrível que pareça a minha preocupação não era ser comida por um tubarão ou atacada pelas raias, mas a profundidade do mar.
Uma experiência fantástica e inesquecível.
Agora regressada à vidinha do dia a dia resta-me matar saudades com as fotos
Não vejo o dia de pegar na mala, pegar no meu mais que tudo, apanharmos o avião e ficarmos uma semaninha a desfrutar agua quentinha, sol, bebidas, comida e boas leituras.
Ainda falta muito para dia 20?
Este ano apetece-me investir em algo do género. A culpa é da barriguita.
Tínhamos combinado descansar no primeiro dia, pois no dia seguinte íamos fazer uma excursão a Havana e pelo calor que estava e pelas pesquisas que tínhamos feito ia ser cansativo.
Isto de tomar o pequeno almoço, ir até à praia, nadar (não será o melhor termo para os meus movimentos), voltar à espreguiçadeira, voltar à agua, ir até ao restaurante almoçar, voltar à praia, à agua, espreguiçadeira (varias vezes), intercalar com varias idas ao bar da praia para umas bebidas refrescantes e carregadas com álcool, voltar ao quarto, tomar um banho, ir ao restaurante jantar e voltar ao bar para mais umas quantas bebidas que me deixavam com sensação de pés nas nuvens deixam qualquer um de rastos.
No dia seguinte acordamos cerca das 6 horas e às 8 estávamos prontinhos para arrancar na aventura de conhecer um pouco da cidade de Havana. Esta excursão foi marcada depois de pesquisarmos no Portal das Viagens http://www.portaldasviagens.com/ , aliás site que vamos sempre que queremos viajar. Através das informações de outros viajantes temos feitos boas escolhas, tanto de locais como de preços.
Na altura que reservamos a excursão foi-nos dito que iria um táxi buscar-nos ao hotel e que depois trocaríamos para o clássico que tínhamos pedido. Na altura não entendi o porquê do "carrão" não nos ir buscar directamente. Segundo o nosso motorista, apenas os táxis, ou os carros "certificados" (se assim lhe podemos chamar) podem ir buscar clientes aos hotéis, embora qualquer carro pode ir levar clientes. Podem ir levar, mas não podem ir buscar? Confuso.
Nessa manhã eu e o Miguel tínhamos feito uma aposta. Ele dizia que o carro que nos levaria à cidade era cor de laranja e eu dizia que era verde. Bom, digamos que ele ficou mais perto de acertar, mas claro que não aceitei a derrota e dei a volta à coisa. Era café com leite (não gosto de castanho) por fora, mas por dentro era laranja. Como é evidente eu não considerei valida essa corzita no interior. A aposta referia-se ao exterior, disse-lhe.
A meio da viagem paramos na ponte Bacunayagua para beber a Pina Colada mais famosa de Cuba (digo mais famosa por ouvir tanto falar desta). Confirmo...DELICIOSA!!! Além da bebida ser muito boa, a vista da ponte é deslumbrante.
Cerca de 3 horas após a partida chegámos a Havana e ali estava o nosso guia, o carlos.
O calor abrasador não nos facilitou a vida, mas não foi impedimento para ficar a conhecer um pouco a história dos cubanos.
O nosso guia, um rapaz de 25 anos mostrou-nos que tinha uma cultura enorme. Não só nos falou sobre cada edifício como respondeu às nossas perguntas sobre alguns portugueses, figuras da nossa história.
O nosso carrão com 52 anos
Raio do carro tinha de ser cor de laranja
A Ponte de Bacunayagua, a mais alta de Cuba
A vista da ponte
A famosa Pina Colada
Fidel- Praça da Revolução
Cristo de La Habana em restauro
Escultura "La Conversasion"
Escultura "O louco". Parece que dá sorte pisar o pé, agarrar o dedo e a barba.
Praça onde os homens vão falar exclusivamente de desporto
As "bombas".
Depois de termos acabado a reunião com a funcionária da agencia lá fomos a correr para a praia.
Àquela hora a agua do mar ainda estava mais linda, azul quase transparente e quando meti o pé la dentro fiquei feliz, muito feliz. "Porra" a agua era quente, mas mesmo quente! Cheguei a achar que não era real, ou então tinha um vulcão por baixo dos pés.
Alguns dos leitores ( de outros estaminés) sabem o pânico que tenho da agua, não sei explicar o porquê, pois nunca apanhei nenhum susto que o justifique. Moro a 8 quilómetros da praia, mas a agua gelada (a grande maioria das vezes) e a revolta do mar, quase sempre presente fazem com que raramente ponha os pés no mar. Para perder o medo já andei na piscina e realmente fez-me bem, mas não consegui retirar todo o medo. Chega a ser aflitivo e muitas vezes deixa-me frustrada por deixar de ter experiencia únicas e fico de tal maneira em pânico que as pessoas que estão perto não compreendem (um "filme" que contarei noutro post).
Mas naquele mar sem ondas, bem aqui a minha opinião era bem diferente da do Miguel e quem nos ouvisse algumas vezes iria achar que eu era tolinha (ok, sou um pouco), em que podíamos andar muitos metros com a agua pelo peito eu sentia-me segura.
Quando vinha uma onditas, às quais o Miguel dizia que não eram e que eu assim que as via dizia "ai, ai que vem ali uma grande". Ele ria e eu só achava piada à frase " Sim, sim cuidado que ainda te leva" quando ela passava e nem me abanava. Andar de gaivota? Foi um papelinho. Tínhamos acesso a vários desportos náuticos de borla ( digamos, incluídos no preço) e claro que ele queria experimentar tudo. Mota de agua? Nem pensar, que aquilo acelera muito. Vela? Deus me livre que ainda ia parar ao México(não que fosse mau), apenas aceitei andar de gaivota, mas na condição que não nos afastássemos mais do que 2 metros da borda. Entrei a medo, mas com aquela cor e com a expectativa de ver os peixes não dei conta que nos estávamos a afastar. Certo que tinha colete, mas caindo ao mar e não ter pé nada me garantia que não morresse afogada. Afinal a coisa correu tão bem que no dia seguinte fui eu que quis ir.
Os dias em que ficámos no hotel foram passados praticamente de molho e raramente íamos à espreguiçadeira.
Há umas semanas começamos a planificar as nossas ferias. O país já estava escolhido há muito, assim como a data, faltava escolher hotel e decidir se partíamos de Portugal ou Madrid.
Nesta matéria das escolhas dos hotéis admito que a parte pior fica para o Miguel. Não tenho paciência para comparar preços, comodidades e afins. Quando o Miguel consegue reduzir o numero para 3 passa a "batata quente" para mim e eu faço a escolha. A parte da marcação da viagem e hotel deixamos para as agencias de viagem. O ano passado marcamos as ferias através de uma agencia espanhola e este ano antes de o fazer novamente pedi orçamentos a varias agencias portuguesas. Gostaria de contribuir para ajudar o que é nosso, mas a diferença de preços rondam os 500 euros (comparação de hotéis, regime e datas iguais) o que por mais boa vontade que tenha não o posso fazer. Dinheiro esse que dará para fazer alguma excursão no país.
Contactamos a tal agencia espanhola e passado pouco tempo pedimos para fazer a reserva. O ano passado estávamos na expectativa se iria correr bem todo o processo, pois era a primeira vez que íamos trabalhar com eles e eu sou sincera, gosto de estar cara a cara com as pessoas (não que isso sirva de muito quando as coisas correm mal). Correu muito bem e este ano não tivemos essa ansiedade.
A ultima viagem saímos de Lisboa, mas este ano a coisa sai mais em conta saindo de Madrid. Ora como não gostamos de stress (como se eu não vivesse num stress constante) e não queremos perder o avião iremos no dia anterior e assim temos algum tempo para visitar a cidade.
Desta vez quisemos ser nós a fazer a marcação do voo de Lisboa para Madrid e do hotel para passar a noite.
Foi preciso muita pesquisa de voos para que os horários dessem, especialmente na vinda de Madrid para Lisboa. Confesso que tive alturas em que pensei "mais valia pagar mais e ser a agencia a fazer esta procura", mas agora que tudo está reservado e penso que poupei pelo menos 500 euritos sinto-me bem.
Agora falta o relógio andar rapidinho para chegar ao dia 19 de Junho e poder abraçar o Miguel e depois chegar o dia 23 e partirmos para Madrid e no dia seguinte para Cuba.
Este ano se tudo correr como planeamos iremos realizar um sonho que há muito ansiávamos. Conhecer o país de Fidel Castro.