A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.
A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.
Depois de trabalhar 10 horas e sendo daquelas noites terríveis em que uma utente cai e tem de ser enviada para o hospital, em que caio também e além de bater com os joelhos no chão ainda bato com o braço no roupeiro, que viro um jarro de agua inteirinho para o chão e que as campainhas não dão descanso, só quero chegar a casa e dormir.
Às 9,30 já estava deitada à espera que o sono chegasse (quanto mais cansada mais dificuldade tenho em dormir) e finalmente chegou pois às 10,30 acordo com o telemóvel a tocar. Era a mãezinha que pretendia fazer um visita. Não tive coragem de dizer que não. O tempo que aqui estiveram eu estive tipo zombie.
Quando foram embora era perto da hora do almoço e apesar de estar cheia de sono resolvo comer primeiro.
Cerca das 2.30h lá estava eu deitadinha. Creio que adormeci de imediato. 1 Hora depois acordo com o som do telemóvel. Era uma amiga que já não via há bastante tempo. Ainda hesitei, pois achava que o motivo tinha a ver com política. Não me enganei.
Segundo ela o motivo principal era combinarmos um cafezito, mas aproveitava para me convidar para fazer parte das listas do candidato que ela apoiava . Recusei pois claro, ainda mais sendo ela filiada num partido que detesto e que apoia um candidato à Câmara Municipal que não simpatizo.
Alguém merece isto?
O sono tinha dado lugar à irritação. Para a combater fui para a cozinha
Este foi o resultado
Bolo de iogurte recheado com natas e manga.
Já devorei algumas fatias, mas esta sensação de cabeça pesada continua.
Com esta nova etapa da minha vida deveria andar feliz, deveria andar pulos de alegria não devia?
Pois nada mais de errado.
O dia doloroso de ontem, as dores que ainda me apoquentam hoje, a procura de casa que não tem sido nada produtiva, a ida à loja da NOS para cancelar o contrato que o Miguel tinha em Marrocos e que foi mais difícil do que seria suposto são os motivos que me fazem andar irritada, implicativa e com um humor que dá pena.
Então eu não merecia estar com boa disposição para poder usufruir da companhia do Miguel?
A continuar assim ainda corro o risco dele se fartar de mim e voltar para Marrocos ou outro país qualquer.
Hoje acordei com a "telha" e depois de ir ao supermercado e ter encontrado esta alminha ainda fiquei pior. Eu bem sabia que lhe devia de ter explodido.
Cheguei a casa e meti-me a fazer limpeza. Só assim costumo acalmar (sim sou um pouquito louca). Hoje a "telha"era maior e vi que tinha de fazer mais alguma coisa para relaxar.
Há dias que acordo assim e não tenho motivo, mas desta vez não tenho um mas vários motivos.
1-Tentei antecipar as minhas ferias e não há hipótese. Portanto só poderei ir a Marrocos daqui a um mês.
2- Queria ir à apresentação do livro do clube de gatos do sapo e não posso. E porquê? Porque aqui a menina está a trabalhar. Portanto não poderei conhecer algumas meninas daqui da blogosfera.
4- O maridão faz anos daqui a 22 dias e eu não sei o que lhe oferecer. Oh deus!
Tenho ou não tenho motivos mais do que suficientes para andar com a "telha"?
Continuando com o assunto inicial.
Decidi que iria mudar a decoração do quarto. Ora como não me apetecia sair de casa novamente teria de me desenrascar com o que tinha.
Fui ao roupeiro buscar uns cortinados que há muito estavam guardados. Agarrei nas molduras e em algumas peças de decoração e levei-as até à marquise. Pequei numa lata de tinta e coloquei as mãos no pincel.
O quarto com decoração laranja passou a azul.
Estou satisfeita e muito mais relaxada.
Se há dias em que sou politicamente correcta e que não falo o que penso para não melindrar há outros em que não me consigo controlar e digo o que devo e não devo.
Pessoas que não têm objectivos de vida, pessoas que se acomodam e não lutam para ter uma vida melhor, pessoas que vivem à custa de subsídios e ajudas fazem-me ficar fora de mim. Não me refiro a caso de pessoas desmotivadas à custa de uma depressão ou daqueles em lutam para arranjar trabalho, mas aquelas em que que o seu lema é o "tanto faz como fez".
Uma colega diz-me:
- No inicio de Fevereiro acabo o contrato e não sei se fico ou não. Já fui falar com a directora e diz que a decisão não é dela.
- Penso que se não ficasses já terias recebido a carta, pois já falta menos de uma semana.
-O meu contrato é diferente. Estou como CEI porque estou a receber rendimento social de inserção.
Pergunto-lhe se no caso de não lhe fazerem novo contrato se ainda continua a receber do tal rendimento e diz-me que não. Que acaba tudo no inicio do mês.
-Mas tens procurado trabalho não tens?
- Não, pois não sei se me fazem um contacto pela casa.
-Não tens procurado?. Estás à espera de saberes se ficas ou não para começares à procura? E se não arranjas nada vives do quê?
-Ah, já estou habituada. Vou à segurança social falar com o Drª C...
Nem a deixei terminar a frase de tão indignada que estava. Então aquela parva tem uma vida de bosta e não faz nada para mudar?
-Já estás habituada a quê? A viver de subsídios? De ajudas? É assim que educas os teus filhos? A merda de vida que tens é a merda de vida que queres que os teus filhos tenham?
-Está difícil de arranjar trabalho...
-Sabes o que me irrita e me faz estar aqui com vontade de te dar uns tabefes nas fuças? É não ires à luta e esperares que te dêem dinheiro às mijinhas. Tu até podias não arranjar nada como as milhares de pessoas que procuram não conseguem, mas pelo menos tentavas.
Infelizmente não é caso único que conheço. E depois dizem "Ah, deves ser rica, pois vais de ferias todos os anos", "Ah, tens tanta roupa e calçado", "Ah, vais jantar fora tanta vez".
Ora fodasse vão à luta e deixem de querer viver apenas das ajudas!
Não me recordo de dar tantos problemas aos meus pais, quando era nova como eles ultimamente me têm dado.
Este assunto deu-me algumas dores de cabeça, algum tempo despendido e algum latim gasto, mas ficou resolvido...durante precisamente 9 meses.
Estou irritada, danada e com vontade de esganar os meus pais. Não poderia estar de outra forma depois de me dizerem que mudaram de tarifário e que agora não precisam de carregar o telemóvel durante 24 meses.
Contou-me a minha mãe que tinha ido à loja da operadora saber porque é que por vezes lhe retiravam dinheiro do telemóvel (acho que é ela que o gasta ou mexer nele sem ter a noção) e que a menina lhe fez um contrato de 24 meses para que não tenha de se preocupar de o carregar.
Desisto e prometo a mim mesma que nem que lhe dêem a volta para meter internet sem terem computador eu me vou ralar ou mexer uma palha.
Depois de me chatearem para lhes conseguir anular o contrato em que se tinham metido metem-se num igualzinho em que apenas mudou a operadora?
Estarei a exagerar na irritação ou tenho motivo para tal?