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Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Hoje a ansiedade tomou conta de mim e por mais que diga a mim mesma " vai tudo correr bem"  o medo está cá.

Daqui a nada vou fazer a mamografia e a eco mamária para ver se continua tudo estável ou se o nodulo cresceu.

Já passaram vários anos desde que foi detectado e sempre que tenho de repetir os exames revejo o momento em que a medica insistiu durante muito tempo no mesmo local. Recordo a minha pergunta "Drª está tudo bem?" e recordo a resposta dela "Já falamos", "vai ter de o repetir daqui a 3 meses". Recordo as minhas lágrimas e o olhar de pânico do meu marido quando me viu chegar à sala de espera.

Durante anos os exames foram feitos sempre no mesmo sitio, mas este ano não sei explicar o porquê, mas senti que deveria mudar.

Espero que não seja mau presságio.

Hoje estarei sozinha, mas acredito que acompanhada de boas vibrações de quem ler este post

 

 

Sempre que se aproxima a data de fazer os exames específicos para ver se os nódulos da mama estão estáveis sofro sempre de ansiedade. Passaram 6 anos desde que apareceu o primeiro, na altura e apesar da medica que estava a fazer  a ecografia ter dito que aparentemente não era maligno chorei baba e ranho. Também não fiquei à espera que passassem 3 meses para voltar a repetir a eco e acabei por ir a um especialista. Felizmente o diagnostico dele foi igual ao da medica e 3 meses depois de o repetir estavam estáveis e pude respirar de alivio.

Ontem foi dia de fazer mais uma mamografia e ecografia mamária.

Estava deitada  e enquanto a medica passava o aparelho na mama e insistia especialmente na zona dos módulos, as lágrimas quiseram saltar.  E naqueles minutos que pareciam horas pensei na hipótese de ela me dizer que tinham evoluído para algo de grave. Se tal acontecesse estava ali sozinha e perante uma situação daquelas eu não sabia se iria conseguir voltar para casa a conduzir. Pensei em que telefonaria...os meus pai não o poderia fazer, pois ira ser demasiado duro para eles, ao Miguel também não, pois muitos quilómetros nos separam e só de imaginar a angustia com que ficaria dói. Nem tão pouco sabia se iria ter coragem para lhe contar. Pensei nos nossos sonhos, nos nossos planos e nas nossa viagens tão ansiadas.

E a minha filha? Como ia ela ficar?

Felizmente a medica confirmou que os nódulos não aumentaram de tamanho e apenas daqui a uma ano é que deveria voltar lá.

No caminho para casa acompanhava-me um grande sorriso, um coração descansado e as palavras do Miguel do dia anterior, quando falei que iria fazer os exames " Sem stress, vai tudo correr bem. Na nossa vida a sorte tem-nos acompanhado".