Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Analisando a situação que me aconteceu esta manhã chego à conclusão que o meu carro só me quer bem.

Depois de ter passado o inferno a noite  de Domingo para Segunda-Feira envolta em stress e ansiedade ( como se não fosse quase o meu estado normal) à aguardar que fogo se decidisse se ia avançar os poucos metros que faltavam para chegar ao Lar onde trabalho, depois de ter passado a Segunda-Feira sem dormir porque tinha situações a resolver eis que o carrinho decide que hoje não me deixava ir trabalhar.

Aguardo a chegada do reboque para levar o "menino" ao médico mecânico. 

Depois de ter estado uma semana fora de papo para o ar e ainda faltando mais uma semana de ferias achei que iríamos ficar pelas praias da zona, mas o Miguel achou que devíamos ir até ao Alentejo. Apoiei, pois claro e 3 dias depois lá estávamos nós a caminho.

O carro como era de esperar portou-se bem. Era muito azar um carro semi novo empanar, não era?

Deveria ser, mas não foi.

Tínhamos chegado às muralhas de Monsaraz quando acendeu uma luz vermelha a informar que estava com problemas no motor. Se esta situação nos tivesse acontecido há uns anos eu diria "Telefona para a assistência em viagem e que mandem um reboque e um taxi para voltarmos para casa". Pois, não sei porque carga de agua aqui a "Je" anda em estado Zen, o que é certo é que não stressei nadinha.

Já que o mostrengo tinha decidido avariar não era isso que ia impedir que nos divertíssemos. Ficou bem estacionado e fomos à procura de restaurante para almoçar.  Depois de escolhido e enquanto esperávamos o Miguel ligou para a assistência em viagem. Nem tudo ia ser como esperávamos, pois só iríamos ter carro de substituição no dia seguinte. No final e depois de tudo esclarecido informaram que o reboque demoraria cerca de 45 minutos.

Tempo suficiente para almoçar à sombrinha e quando voltássemos o reboque já estaria à espera.. 

Perfeito, certo?

Errado!

A hora estava a aproximar-se e decidimos ir até perto do carro. Embora estivéssemos em baixo de umas arvores, os 41 graus sentia-se na mesma. Já tinham passado os 45 minutos quando o homem do reboque ligou para perguntar onde estávamos. Explicação dada, o Miguel pergunta-lhe se sabia onde era "mais ou menos". Oh diabo, mais ou menos não era  a resposta que eu gostaria. Pergunta-lhe também quanto tempo demoraria " já abalei e daqui a 30 minutos e estou ai". Com o calor que estava aqueles 30 minutos iam representar muitos mais, mas nada havia a fazer e brincávamos com a situação. Pela voz o Miguel tinha a certeza que era um velhote. Aquela meia hora transformou-se em quase 1 hora e peço ao Miguel para lhe ligar. Eu dizia " É velhote? Pela experiencia que tenho nada me admiro que tenha percebido mal e esteja a ir para outro local". 

-É o dono do carro empanado no castelo de Monsaraz...

- Olá amigo, então diga

-Ainda está longe?

-Não não estou aqui ao pé do...está a ver...um cruzamento...

- Diga-me só uma coisa, demora mais quanto tempo?

-Isto é rápido. Dentro de 15 minutos estou ai.

Quando ouvi aquilo ia-me dando uma coisinha. Mais 15 minutos naquele calor?

Depois de desligar imaginávamos a cena. Eu achava que ele andava perdido e o Miguel achava que ele estaria nalguma tasca a beber uma cervejinha gelada.

Cada vez que ouvíamos um carro achávamos que era ele, mas infelizmente passaram muitos, mas o do velho nem sinal. 

45 minutos depois mais um telefonema. O desespero era bastante e só pensávamos em mergulhar na piscina da quinta para onde íamos.

-Oh amigo estou quase ai...

- Quase? Isso é quanto?

- Uns 10 minutos

- Oh homem você tem o relógio avariado? Há 45 minutos faltavam 15 e agora ainda faltam 10?

-Sabe isso ainda fica longe? 

Cerca de 3 horas após o telefonema para assistência em viagem lá estava ele. O meu impulso foi barafustar, mas quando o vi desisti. O homem era um velhote simpático e engraçado.

Faltava agora o táxi que tínhamos pedido à assistência, mas Deus me livre ficar à espera dele. Não tinha provas em como não demoraria mais umas 3 horas a chegar. Pedimos ao velhote para nós ir levar. 

Já não bastava ter aguentado aquela espera com aquele calor infernal e agora aqui a "Je" ia chegar montada no reboque?

Parece-me que em vez de usar bijutaria vou comprar uns amuletos para  pendurar ao pescoço, tipo isto

Imagem daqui

Imagem daqui

Imagem daqui

 

Imagem daqui

Ah, não é de admirar o homem ter levado tanto tempo a chegar. Conduzia 20 km hora.

 

 

 

Ontem a minha televisão estava completamente muda. Ainda achei que seria um problema de transmissão, mas quando liguei a TV do quarto da minha filha e ouvi o som tive a certeza que tinha pifado.

Seria de esperar que ficasse irritada, pois vinha ai uma despesa extra, mas não me ralei nadita. Estava avariada? Haveria de ter arranjo.

Quando falei com o Miguel ele achou que o botão do som estaria desligado (não seria impossivel), mas já tinha visto todas as opções e estava tudo bem.

Hoje de manhã já estava com o telemóvel na mão para ligar ao técnico quando me lembrei de a ligar novamente. Então não é que já falava?

Felizmente não mandei vir o homem.  

Mistério...

Imaginem a cena vivida por uma stressada e ansiosa como eu. Hora marcada para comparecer no tribunal para testemunha (caso que me estava/á a deixar ansiosa ) sem ter nada a ver com o caso, combinar dar boleia e ir buscar 4 colegas que estavam na mesma situação que eu e pegar no carro (do Miguel) ele não piar?

Resultado de hoje de todo o stress de ontem ?

Uma dor de cabeça terrível, cabeça à roda e visão dupla.

Ah, a minha safa e das outras colegas é que o meu carro velhinho pegou sem problemas e nos levou ao destino,a horas.

 

Nota: Aqui a menina daqui a 2 horitas vai trabalhar. Acredito que haverá alguma alminha que tenha pena de mim