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Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Felizmente tudo correu bem no hospital. Livrei-me dos pólipos que se tinham multiplicado a um ritmo alucinante ( de 3 passei para 10) e ganhei uma ulcera. Agora aguardo o resultado da biopsia.

A cena do hospital mais parecia um drama e eu claro a actriz principal.

Cheguei muito mais cedo, o que foi um erro pois o tempo que estive sentada à espera deu para imaginar todas as hipóteses possíveis para que corresse mal. 1 hora após a hora marcada lá me chamam. A enfermeira fez-me algumas perguntas e eu apesar de fazer um esforço para não começar a "mijar" pelos olhos não consegui. Um míni dilúvio abateu-se naquela sala. Já mais calma sou levada para um quarto com varias camas aonde vesti aquela bata horrível e deitei-me à espera. A enfermeira veio colocar-me o soro, coisa que doeu ainda mais tendo de ser picada 2 vezes. Mais uns minutos de espera e lá vou eu para a sala dos horrores. Nesta altura já eu estava com os olhos repletos de agua e com um nó na garganta. Estava a médica, a anestesista, a  enfermeira e uma auxiliar todas elas  a meterem-se comigo. Mais uma vez não consegui evitar e lá veio mais um dilúvio.

- Então que se passa?

- Estou nervosa e cheia de medo.

- Não vai custar nada.

-Não vou mesmo sentir nada?

Antes que a médica me respondesse a auxiliar diz-me:

- A chorar dessa maneira não há anestesia que pegue.

-Ai não me diga isso que eu já não faço o exame.

- Eu estava a brincar. 

Dão-me a anestesia e passado 1/2 minutos começo a sentir a cabeça esquisita e só me lembro de perguntar "sinto a cabeça pesada é normal?" e ela me responder "É exactamente isso que se quer".

Apaguei completamente e quando acordei já estava no recobro. Sem dores e sem me lembrar de nada.

Hoje continuo sem dores, apenas com uma ligeira impressão na garganta e a língua um bocado lixada. Nada que não passe.

Obrigada ao pessoal que esteve a torcer por esta piegas sem emenda.

 

 

Desde que soube quando ia ao hospital fazer a cirurgia para retirar os pólipos que tinha ideia de ir com os meus pais, mas desde que o vi conduzir mudei de ideias (esta aventura ficará para um outro post). Já irei nervosa o suficiente portanto não precisos de mais nervos.

Visto que o Miguel está longe não me pode acompanhar e a filhota com contracto temporário não quero que falte para me acompanhar e correr o risco de ficar sem emprego vou sozinha.

Agora estou aqui acagaçada e a contar as horas para o pesadelo acabar.

Espero que a anestesia faça efeito e eu não sinta nada, que enfiem o tubo no sitio certo, que não seja alérgica à anestesia e não encontrem nada de grave.

Vai haver muita choradeira, muitos nervos, muita ansiedade e não vou ter ninguém para me segurar na mão.

Fiquem desse lado a torcer por mim para voltar para casa sã e salva.