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Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Do passeio a Lisboa não fiz metade do que tinha na ideia. Tudo por culpa da puta da idade que nos fez desviar dos planos traçados. As caminhadas tornaram os pés e as pernas pesadas e doridas.

Seja como for valeu bem a pena, trazemos boas recordações, algumas compras e sem duvida algumas quilos gramas a mais.

Abdiquei do passeio ao Bairro alto e a Alfama (da próxima não escapam), mas não abdiquei do encontro com a m-M . Nem que os pés sangrassem eu deixaria de a ir conhecer.

Depois das peripécias com a viagem de metro que contarei noutra altura, lá consegui dar-lhe aquele abraço apertadinho que tanto tinha esperado. A ideia que eu tinha dela não mudou nada, é simpática, faladora, têm um à vontade tremendo, é linda, tem uma voz tranquila e um sorriso fantástico. 

O Miguel concorda comigo.

Obrigado amiga por me proporcionares um momento inesquecível.

Para quem acha que isto são só blogs, desenganem-se. São blogs com gente dentro!

Comecei a conversa sem lhe perguntar o que se passava, pois não queria ouvir novamente " não se passa nada". Disse-lhe que me trava com frieza, dei-lhe exemplos, disse-lhe que também achava que tinha direito a ficar sentida de nunca me perguntar pela minha filha, ou pelos meus pais, disse-lhe que sentia que o valor da amizade não era visto da mesma forma por uma e por outra e disse-lhe que gostava de perceber o que se tinha passado para nos tornarmos quase 2 estranhas. Confessou que realmente a nossa amizade tinha mudado, mas que achava que era uma fase, que não tinha noção de me tratar com frieza, que realmente nunca me perguntava pela minha família, mas que nunca o tinha feito anteriormente e não era por mal. 

Voltei-lhe a perguntar o porquê das coisas terem mudado? Se tinha havido algo que eu tivesse dito ou feito. Respondeu-me que não tinha havido nada de especial.

Disse-lhe que mais magoada ficava, pois não havendo motivo era sinal que a nossa amizade não valia nada. Que tinha a consciência tranquila de que tinha feito tudo para a manter, inclusive falar com ela todas as vezes que sentia que algo não estava normal. Que me custava dizer que aquela amizade me estava a fazer mal, mas que tinha de o dizer, pois era a realidade.

No final disse-me que não queria perder a minha amizade, que era uma amizade sincera e que iria fazer os possíveis para mudar, ainda que não achasse que tivesse errado.

Disse-lhe que era melhor dar-mos tempo ao tempo e que se a nossa amizade não sobrevivesse era porque não tinha de ser.

Já em casa recebo uma mensagem a dizer que tinha estado a pensar e que realmente não tinha agido bem, que tinha sido egoísta e que me agradecia de ter sido tão honesta pois só depois de falarmos é que se tinha apercebido que me tinha magoado e que desejava não ser tarde demais.

Passaram 3 dias e continuo triste, magoada e desiludida. Uma amizade tem fases? Fases menos boas apesar de não haver nada?

Ainda assim não vou dizer que não quero mais aquela amizade. Vou dar tempo ao tempo de deixar acontecer o que tiver que acontecer.

Em relação às amizades não sou uma pessoa fácil de as fazer. Não falo no sentido de ter dificuldade em me dar bem com as pessoas, mas na dificuldade em me entregar a elas e na dificuldade em confiar inteiramente na pessoa.

Acredito que esta dificuldade tem a ver com algumas desilusões que tive em tempos. O meu divórcio trouxe-me essa realidade. Os amigos que eu achava que eram, rapidamente tomaram partido do outro lado e eu fiquei sozinha. 

O facto de eu e o Miguel nos dar-mos bem e nos divertirmos sozinhos também fez com que não me "agarrasse" a ninguém para construir uma amizade.

Quando fui trabalhar no meu actual emprego, já lá vão perto de 10 anos, comecei a dar-me bem com uma colega. Apesar de termos uns feitios terrivelmente difíceis em termos de trabalho para lidar-nos uma com a outra conseguíamos respeitar as opiniões e conseguíamos que o trabalho funcionasse.

Rapidamente começamos a falar das nossas vidas pessoais e rapidamente aquela amizade evoluiu e transformou-se naquilo que eu considero amizade. Gostava da companhia dela e por vezes combinávamos sair, outras vezes falávamos ao telefone. Eu estava ali para ela, como achava que ela estava para mim.

Há uns tempos senti que não lidava comigo da mesma forma. Estava distante e fria. Esperei uns dias que viesse ter comigo e como não aconteceu falei com ela. Quando perguntei se se passava algo disse-me que estava tudo bem, mas quando insisti disse-me que estava magoada comigo. Segundo ela eu não lhe tinha perguntado como estava em relação a determinado assunto grave. Conversamos calmamente e fiz-lhe ver que não era verdade, pois era com frequência que lhe perguntava com estava e como estava a família. Também lhe fiz ver que numa amizade se achamos que algo não está bem que devemos falar. Ficámos esclarecidas e tudo ficou bem.

Não muito tempo depois notei que estava novamente distante. Nessa altura comecei a reparar em pormenores para ter a certeza que não seria impressão minha. Foram varias as situações em que eu estava presente e que falava comigo como falava para uma pessoa desconhecida e com as outras, que eu sabia que não as suportava, tratava-as com alegria, brincadeira, beijos e abraços. Não achava isso normal e comecei a procurar "provas" de que a nossa amizade estava a morrer. Até ali nunca tinha ligado ao facto de nunca me perguntar pela minha filha, apesar de saber de algumas situações que me preocupava. Tal como nunca me perguntava como estavam os meu pais. Sabia que esses dois factores eram algo que me faziam estar feliz quando estavam bem ou ficar de rastos quando não estavam bem. Comecei a ver aquela amizade como algo desequilibrado, em que uma das parte dá tudo para a manter e a outra nada.

Cheguei à conclusão que aquela amizade me estava a fazer mal. Deixava-me irritada ver o distanciamento com que me tratava. Ontem tive mais uma prova e tive a certeza que teria falar com ela e por um ponto final.

No inicio do turno quis passar-lhe algumas informações importantes, visto que temos o mesmo cargo . Respondeu-me "olha falámos mais logo para eu não me atrasar". Confesso que a minha vontade foi explodir logo ali, mas controlei-me. Não podia aceitar que no dia anterior tivesse ficado na conversa com 2 colegas sem se importar se se iria atrasar e que naquele dia não tinha tempo para me ouvir.

Achei que a tal conversa não podia passar daquele dia. 

Depois do almoço conversámos...

 

 

Há dias em que nos dizem palavras impossível de esquecermos, impossíveis de não ficarmos emocionadas e de coração cheio.

Foi o que aconteceu hoje, no emprego quando duas meninas maravilhosas me dizem " tu és especial, temos um orgulho enorme em conhecer-te".

Elas de lágrimas nos olhos e eu também, pois claro.

Para acabar o dia em beleza recebo esta mensagem:

"És especial.Tenho orgulho em ter na minha vida uma pessoa com tu! Um beijinho Grande".

Se estas duas queridas, algum dia lerem este post saberão de quem falo.

Obrigada D. e R.

Vocês são especiais e com um coração enorme e umas excelentes profissionais..