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Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

5 da manhã e aqui estou eu sem sono, com uma irritação enorme e a pensar no que fazer para mudar a minha maneira de ser e ter uma vida com uma melhor sanidade mental. Sempre fui ansiosa, sempre fui stressada (odeio que mo digam) e nunca consegui viver a pensar apenas no hoje. Há anos que venho tendo consciência que esta minha maneira de ser me destrói, me inferniza, me faz entrar em "parafuso" e não me deixa viver a vida como a deveria viver. Muitas vezes dou comigo própria a dizer-me "Joana Maria mas de que raio te queixas tu? Quantas pessoas gostariam de ter a tua vida? Vive a vida e não penses tanto nas merdas."

Para passar o tempo andei a vasculhar num antigo blog que acabei por deixar ao abandono. Não o abandonei por não gostar, mas porque surgiu uma vontade enorme de criar"oimpossivel" (quem o conheceu sabe o quanto me diz muito) seguindo-se o actual com a nova etapa das nossas vidas ( inicio de uma vida fora de Portygal)). Continuando com o vasculho do meu antigo blog tive a prova que por mais que tentemos há coisas que nunca mudam.

As próximas linhas foram retiradas dele e foram escritas em 2013, mas reflectem bem como eu era e como continuo a ser. Ao le-las revi-me nelas e a única diferença é que as guerras entre os papás, o mano e a cunhada acabaram e saúde da filha felizmente voltou ao normal, apesar da relação dos dois ser exactamente igual ( praticamente inexistente).

"Sexta-feira, 19.07.13

Acordei a pensar que tenho de fazer algo por mim, ou melhor pela minha saúde.

 

Isto de passar parte da noite acordada a pensar em problemas que podem não existir, pensar no trabalho, pensar que este ou aquele precisa da minha ajuda, pensar que há pais que não merecem ser pais e pensar que amanhã tenho isto e aquilo para fazer tem de acabar.

 

Tenho a cabeça pesada e parece que fui atropelada por um camião. Não que alguma vez tenha sido (felizmente), mas imagino que doa o corpo todo.

 

Como não tenho nenhum botão para desligar estes meus estados quase diários vou ter de colocar metas.

 

Sim, porque mudar não vai ser tarefa fácil, eu diria até que me parece uma tarefa impossível.

 

Para o resto do mês preciso de conseguir:

 

-Descontrair e viver a vida sem stress;

 

-Deixar de vir para casa martirizar-me porque não consegui cumprir o meu plano mental no trabalho;

 

-Deixar de fazer plano mental para cada dia de trabalho (a grande maioria das vezes sai furado);

 

-Deixar-me de martirizar quando não consigo fazer o que este ou aquele idoso me pede. Afinal não sou a Madre Teresa de Calcutá e nem tudo o que nos pedem nos compete ou podemos fazer (esta vais ser difícil);

 

-Não antecipar os problemas, pois a grande maioria das vezes sofremos sem motivo;

 

-Ser menos pessimista;

 

-Evitar estar no meio da guerra familiar e querer a todo custo unir a família. Cansa e desgasta ouvir as 2 partes, ou melhor as 3 partes (pais, irmão e cunhada ou melhor ex. cunhada). Cada um tem as suas razões, mas são tão casmurros que só sabem "disparar" uns contra os outros;

 

-Deixar de pensar que "aquele" pai deveria preocupar-se e querer saber o estado de saúde da filha (esta é a mais difícil de engolir);

 

-Deixar de fazer planos.

 

Não será fácil cumprir estas metas, mas sei que para a saúde e para a minha sanidade mental vou ter de o fazer."

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