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Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Já há vários dias que andava para fazer um post sobre os migrantes que tentam entrar na Europa, mas com tantas imagens na TV e tantos post sobre o assunto achei que não o devia fazer. Afinal bater muitas vezes na mesma "tecla" nem sempre dá resultado ou por vezes até dá resultado contrario ao que se pretende. Acredito que apesar de serem imagens fortes e chocantes ao olhar para elas todos osdias a todas as horas a grande maioria das pessoas vai deixar de ter interesse.

Portanto tinha abandonado a ideia de o fazer, mas quando li esta  notícia decidi que teria de escrever sobre ela e sobre o que ela me fez mudar ou equacionar.

Desde o inicio das tais imagens que a minha ideia sempre foi que os países deviam acolher essas pessoas, claro com regras e obrigações. Certo que também pensei nas pessoas que precisam de ajuda cá em Portugal, aquelas que dormem na rua, aquelas que passam fome, aquelas que não têm emprego e querem trabalhar, aquelas que precisam de medicamentos e não têm como os comprar e que o estado não ajuda, mas imagino que viver em guerra seja algo do pior que pode acontecer. Há uns tempos li uma entrevista de um refugiado que está cá há 10 anos e dizia ele "não fugi para viver melhor, fugi apenas para conseguir viver". Esta frase ficou-me na cabeça. Isto tudo para dizer que não tive duvidas que tanto Portugal como os outros países tinham a obrigação de ajudar aquelas pessoas que fugiam da morte, mas quando li a noticia que 12 migrantes tinham sido atirados ao mar apenas porque eram cristão as certezas transformaram-se em duvidas.

Que pessoas são aquelas que até na aflição e na desgraça em vez de se unirem e ajudarem-se matam? Irão querer viver num país em que a grande maioria é cristã? Também irão querer matar-nos?

Neste momento parte de mim acha que devemos ajudar e outra parte acha que corremos o risco de transformar este país tranquilo em termos de guerras e atentados num país inseguro.

 

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