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Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

O estaminé tem andado um bocadito abandonado por duas razões, uma porque aqui a "Je" ainda não se encontra totalmente recuperada (arre!) e depois a vinda do Miguel "roubou-me" todo o tempinho que tinha livre. Como devem calcular foi um sacrifício tirar 2 diazitos de ferias para juntar ao fim de semana de folga e ficar os 4 dias  juntinhos a namorar. Namorar sem grandes excessos, uma vez que na situação que me encontro não convêm ficar sem ar.

Num dos últimos post tinha ficado de contar sobre a minha gafe em Marrocos, pois aqui vai.

Num dos passeios que fizemos e quando estávamos a utilizar a auto-estrada precisei de utilizar a casa de banho e logo que apareceu uma estação de serviço lá fui eu.

As estações de serviço são iguais às nossa, com restaurante, parque infantil e casas de banho. Olhei e vi umas instalações, tipo barracão com 4 portas onde tinham designações em francês e em árabe. Duas das portas diziam homme e outras duas diziam femme  e eu pensei "Bem, devem ser balneários  e casas de banho". Aflitinha como estava arrisquei e entrei numa das senhoras e mal meti os pé dentro da porta sinto algo muito fofo. Olho e vejo tapetes típicos marroquinos e penso "mas porque raio têm tapetes em casas de banho publicas?". Depois de um pequeno corredor viro à esquerda e vejo uma mulher nas rezas. Estava explicado aquilo era um sitio para rezar e eu ali estava calçada e mulher aos meus pé a barafustar. Digo barafustar, pois pela maneira que se exprimia e com os olhos com que me olhava tive a certeza que eu tinha pecado.

Saio a correr já a imaginar que arriscava ser vitima da ira do seu Deus ou mesmo de algum popular. Pior fiquei quando vejo um velho direito a mim. Na altura achei que estaria desgraçada e que me mataria à pedrada mas pergunta-me "toilett?".

-Oui, oui respirando  de alivio. Sim, alivio porque aparentemente estava safa da gafe que tinha cometido e porque continuava aflitinha para ir à casa de banho.

Aquela alminha bondosa levou-me ao sitio certo e agradeci " Merci, merci".

Chegada ao carro conto ao Miguel e à Rita aquela situação que ainda me fazia ter o coração acelerado. Ela dizia "Só tu para entrares no sitio errado (como se ela não o fizesse)" e ele ria " Tiveste sorte de não estares no Irão ou na Arábia Saudita"

Nunca gostei muito de regras e não gosto de fazer isto ou aquilo apenas porque os outros fazem, mas em relação à religião tento cumprir  e por isso mesmo quando o Miguel foi para Marrocos informei-me de algumas regras para não fazer figuras parvas, mas ainda assim sempre que lá vou faço-as.

Ainda me arrepio de pensar que entrei na mesquita calçada, com top de alças, de calções e com a cabeça descoberta. Portanto com tudo com o que não devia!

Menos mal que não entrei na parte dos homens...penso eu.

 

 

 

 

 

 

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