A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.
A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.
Imaginem a cena vivida por uma stressada e ansiosa como eu. Hora marcada para comparecer no tribunal para testemunha (caso que me estava/á a deixar ansiosa ) sem ter nada a ver com o caso, combinar dar boleia e ir buscar 4 colegas que estavam na mesma situação que eu e pegar no carro (do Miguel) ele não piar?
Resultado de hoje de todo o stress de ontem ?
Uma dor de cabeça terrível, cabeça à roda e visão dupla.
Ah, a minha safa e das outras colegas é que o meu carro velhinho pegou sem problemas e nos levou ao destino,a horas.
Nota: Aqui a menina daqui a 2 horitas vai trabalhar. Acredito que haverá alguma alminha que tenha pena de mim
Alguns já sabem do meu pavor pelo mar, piscinas e afins. Felizmente em relação ao duche este problema não se põe.
Isto para dizer que não lido muito bem com a agua e talvez por isso muito raramente me lembro de ver se o meu carrrito precisa dela.
A semana passada liguei o aquecimento uma vez que além frio os vidros estavam um pouco embaciados. Assim que rodei o botão ouvi um barulho estranho e pensei "ah deve de ser de não ter agua no recipiente de lavar os vidros".
Riam-se que eu mereço. Esta é uma prova em como não entendo nada, nadita de mecânica e coisas do género.
Felizmente o Miguel veio até Portugal e calhou em conversa do carro fazer o tal barulho estranho.
-Quando ligo o botão do aquecimento aquilo faz uma barulheira, achas que é por não ter agua para limpar os vidros?
-O aquecimento não tem nada a ver com essa agua. Por acaso tens visto de o radiador tem agua?
-Não...
-Pois então acho melhor veres porque quer-me parecer que o carrito vai dar as ultimas.
No dia seguinte fui até à garagem munida de uma garrafa de agua.
Até me custa dizer, mas o carro não tinha uma pinga de agua.
Ora se o meu Miguel não viesse a Portugal, a esta hora já tinha feito o funeral ao meu carrito.
O meu trauma com a agua não se fica por aqui, mas também passa pelas plantas. Sim, sim ora as mato com agua a mais ou com agua a menos.
Não tenho emenda!
Emocionalmente não ando bem e ontem, no trabalho notou-se. Felizmente não fiz nenhum erro, mas as lágrimas saiam com facilidade e tentava evitar a todo o custo que não as vissem. Foi uma tarde desgastante e estava ansiosa para ir até casa.
Depois do turno lá fui eu e ao chegar ao prédio decidi que iria deixar o carro fora da garagem, uma vez que no dia seguinte ia sair cedo. Enfio a chave na fechadura da porta do prédio e nada de a conseguir abrir, tento varias vezes, olho para as varias chaves no porta chaves e confirmo visualmente que era aquela. No dia seguinte iria falar com algum morador para saber se tinham o mesmo problema. A única hipótese que me restava era colocar o carro na garagem e subir de elevador. Para compor o dia ao colocar o carro dentro da minha garagem consigo colocar-lhe um visual novo. Nada de especial, apenas vários riscos na parte lateral do carro. Acredito bem que a culpa não tenha sido minha, mas sim da garagem, que certamente encolheu.
Estas peripécias deixaram-me enervada, mas no momento que vi o meu Miguel no écran do PC e falei com ele tudo passou.
Quanto às chaves, hoje descobri que afinal tinha colocado a chave errada na fechadura. Eu e as chaves não nos damos muito bem http://marrocoseodestino.blogs.sapo.pt/peripecias-alem-fronteiras-5383
A grande maioria da tralha já estava na casa nova, mas muita coisa ainda havia para levar.
É impressionante a quantidade de coisas que guardamos e que não usamos. Na ultima mudança, cerca de 5 anos antes já tinha dado muita coisa, mas desta vez apesar de dar muito acabei por conseguir ganhar algum dinheiro.
As únicas vezes que tinha ido ao OLX tinha sido para procurar apartamento, mas numa dessas idas acabei por ver que havia muita gente que colocava coisas à venda.
Porque não fazer o mesmo?
Ter mais de 300 livros e imaginar a quantidade de caixotes que teria de transportar fizeram com que fizesse uma selecção e colocasse alguns à venda. Acabei por comentar com colegas e acabei por facturar algum dinheiro. Coisa que nestas alturas faz sempre jeito.
O facto de ir para uma casa onde já tinha electrodomésticos fez com que colocasse à venda os meus. Ainda moram cá alguns, mas acredito que mais dia menos dia eles iram morar para outro lar.
Voltando às mudanças, era nas minhas folgas e depois do trabalho que eram feitas. Cerca de 1 semana após encontrar casa tudo o que era necessário já lá estava, mas havia muito ainda para transportar.
Tudo corria bem quando a minha filha me foi levar ao trabalho com o meu carro, já que o dela estava na oficina para fazer uma arranjo que estava agendado e já depois de me ter deixado me liga toda aflita a dizer que o carro tinha parado e não andava. E tinha resolvido parar no pior sitio...num cruzamento com semáforos e ainda mais sendo a primeira da fila. Imaginam a aflição dela ao telemóvel e a minha por não a poder ajudar?
Eu digo-lhe para telefonar ao avô, já que a ele estava na nossa nova casa e o local onde o carro tinha empanado era pertíssimo.
-Mas eu já liguei e ele nunca mais chega. Estou a passar-me...
-Rita, não adianta nada estares-te a passar, pois não é isso que resolve o problema. Já que ele não chega liga à assistência em viagem. Digo-lhe eu aos gritos.
Tento ligar para o telemóvel da minha mãe e vejo que tenho cêntimos apenas. Isto das mudanças fez-me esquecer de o carregar. Felizmente uma colega de trabalho empresta-me o telemóvel dela. Ligo-lhe e nada de atender, ligo para a Rita e confirma que o avô ainda não chegou e que ninguém atende na assistência em viagem. Estou quase a largar o meu trabalho e a pegar num táxi para ir até lá quando me diz que afinal os avós estão a chegar. O meu pai confirma que o carro trabalha, mas não anda. Peço para ligar à assistência e responde-me que não sabe como o fazer.
Felizmente uma alminha caridosa ajudou-os a empurrar o carro para um local que não impedia a passagem.