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Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Lendo este post da Mula lembrei-me de uma situação que aconteceu à umas semanas.

O Miguel não vem almoçar a casa e almoça num restaurante perto do emprego. Um destes dias saiu do carro, deixando-o estacionado relativamente perto do restaurante e quando se ia aproximar do carro viu que tinha a porta com uma brutal pancada. Ainda procurou o possível culpado, já que tinha a certeza que era um carro azul, pois era essa cor que ficou na porta. Ninguém viu e mesmo estando atento nos dias seguintes não encontrou o culpado.

Perante isto questiono-me, tal como a Mula se à remédio para a humanidade?

Já agora vou aproveitar para deixar um recadinho à alminha que causou o acidente, não vá a pessoa ler este post e eu deixar a oportunidade de lhe agradecer.

Obrigada por nos fazeres chamarmos-te todos os nomes possíveis e imaginários, obrigada por termos de colocar um elevador novo, já que o vidro deixou de abrir e principalmente um grande obrigada por nos obrigares a despesas extras. 

Ah e um obrigada não menos importante por me obrigares a andar a pé, quase uma semana já que o Miguel teve de levar o meu carro enquanto o dele esteve na oficina.

Gostava tanto de te conhecer...para te partir as trombas!

 

 

Sexta feira fui jantar fora e vivi uma situação que veio reforçar a duvida que já tinha em relação ao que se passa com a humanidade, em especial com os homens.

Já estávamos sentados quando chegou um casal com 2 crianças, uma com cerca de 13 anos e outra com uns 3 anitos. Sentaram-se na mesa ao lado da nossa e não me recordo de os ter ouvido conversar até ouvir a voz do homem bastante alterada e a insultar a mulher. "Cabra" e afins, tal como todo o palavreado possível e imaginário. Inicialmente achei que estava a falar com alguém ao telemóvel, não que isso fizesse com que a situação tivesse desculpa, mas quando tive a certeza de que estava a falar para a mulher fiquei chocada. Eu e o Miguel olhávamos um para o outro como que a perguntar se aquilo seria a serio. Numa determinada altura oiço a mulher a dizer "não sou tua mulher" e resposta dele "pois não, és só a gaja que eu sustento".

Houve alturas que achei que ele ia partir para a violência física. Eu olhava para ele a tentar que se envergonhasse e parasse com aquelas provocações, mas ele parecia possuído.

Acabaram por ir embora e inevitavelmente ficámos a falar daquela situação. As perguntas que eu fiz e ainda faço é o que aconteceu aquela mulher depois de estar longe dos olhares de outras pessoas. E as crianças? Como se sentem a ouvir aquele homem a insultar a mãe? O que poderia eu fazer para parar com aquilo?

Espero que aquela mulher nunca faça parte desta longa lista.