A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.
A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.
Como se não bastassem os episódios dos últimos meses agora tenho como companhia estas coisas .
Já é mau andar com 4 pernas e ainda pior se torna quando estamos completamente sozinhas.
O Miguel ausentou-se durante umas semanas ao estrangeiro e a filha "desamparou-me a loja".
Portanto sempre que quero colocar gelo no pé ou comer lá tenho de levantar o rabo do sofá, pegar nas muletas e desenrascar-me.
Costuma dizer-se que cada um tem o que merece, pois eu devo merecer tudo isto...
...tinha planos para sair, mas visto que veio com força decidi ficar por casa e vinguei-me neste monte de calorias
Durante alguns anos dizia que quando fizesse 50 anos queria uma comemoração diferente, algo como uma festa surpresa. Os 50 já cá estão e não aconteceu nada disso. As peripécias dos últimos meses deixaram-me sem animo para grandes comemorações. Ainda assim a noite anterior foi especial.
Decidimos utilizar a noite anterior como data de comemoração, afinal eu faço anos à meia noite e vinte, portanto não era uma comemoração muito antecipada.
Estávamos indecisos entre alguns restaurantes novos que abriram na zona quando o Miguel me diz " e que tal voltarmos ao Lagar do Avô ?"
Fiquei tão feliz por se ter lembrado de um lugar tão especial para nós num dia tão especial para mim.
Foi neste restaurante que praticamente começou a nossa história. Tínhamos-nos conhecido uns dias antes na empresa onde eu trabalhava e em que a dona era sua amiga. Tinha havido logo uma empatia enorme, um sentimento do qual não sei explicar, mas que me fazia sentir bem...segura...mulher...
Todos os dia aparecia por lá, conversávamos muito especialmente sobre a sua vida em Israel. Fazia-me rir, coisa que à muito não não acontecia. Tinha 30 anos, mas sentia-me velha, feia e nada inteligente. Uns dias mais tarde a minha patroa marcou um jantar neste restaurante para comemorar um negócio que a empresa tinha feito. Além de ter convidado os colaboradores convidou também o Miguel. Era uma espécie de despedida já que ele iria voltar para Israel dai a uns dias.
Foi depois do jantar que ele se declarou e que eu respondi " aquilo que sinto por ti é apenas amizade e tu sabes que sou casada e feliz". Naquela altura não era nada daquilo que eu queria dizer, mas era aquilo que eu sabia que tinha de ser dito. Afinal ele iria embora dali a uns dias e aquele sentimento tão forte que eu também sentia e não sabia explicar ia desaparecer e eu ia voltar à mesma vida infeliz que vivia à 11 anos.
3 meses depois demos o nosso primeiro beijo e iniciamos a vida em conjunto. 5 Anos depois voltámos aquele restaurante para casarmos e 15 anos depois voltámos para comemorar os meus 50 anos.
Há locais que nos marcam e este é um deles.
A semana passada comprei um croissant de chocolate para levar para o lanche. Chegada a hora dou a primeira trinca, a segunda, a terceira, a quarta até que cheguei ao fim e nada de chocolate. Nem de chocolate, nem de nada. O único vestígio dele eram as pepitas em cima dele.
Ontem fui comprar fiambre da perna extra e quando hoje fui preparar o meu lanchei e dei conta de que era fiambre de peru.
Por este andar é melhor de provar as coisas antes de pagar.
Já andava de olho neste ambientador, mas custava-me dar quase 10 euros por algo que não sabia se resultaria.
A semana passada aproveitei a promoção do Pingo Doce e tirei-o a metade do preço.
Das duas uma, ou a coisa não trabalha convenientemente ou o meu olfacto está avariado.
Não me cheira a praticamente nada.
Hoje é dia de aniversario...50 anos.
A grande maioria dos dias não sinto que este seja um numero real. É verdade que os ossos se queixam muito mais, a pele não tem a mesma aparência, o organismo descontrola-se com muito mais facilidade, o cansaço dá o arzinho da sua graça mais rapidamente, mas mentalmente sinto-me bem mais nova.
Se bem que os últimos meses de 2017 e estes meses de 2018 não foram nem estão a ser fáceis. A carga emocional tem sido tremenda, o desanimo tem tomado conta de mim mais do que o normal e a saúde ou melhor a falta de saúde tem-se manifestado diariamente.
Necessito desesperadamente que aquela Joana despassarada, stressada(qb), cheia de força e garra, com uma saúde de ferro e com muitos planos volte rapidamente.
Deu-me para ver fotos
1983
2003
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Só depois de sabermos que não havia fuga de agua cá em casa é que contactamos o pedreiro cumpridor a pessoa que colocou o nosso pavimento. A coisa tinha piorado muito e todo o corredor estava cheio de lombas. Ao caminhar sobre ele dava a sensação que iríamos parar ao andar de baixo.
Muitas das vezes eu dava saltinhos para evitar pisar as lombas e o Miguel perguntava " Oh Joana o que está a fazer?"
- A evitar que as tábuas não desencaixem".
Imaginava aquilo a fazer "Pof" e a saltar pelo ar.
Não tínhamos muitas duvidas que aquilo tinha sido o trabalho mal feito, aliás eu não tinha nenhuma porque tinha falado com varias pessoas (que chegarão a ver) e que me garantiam que ele não tinha deixado espaço suficiente para o material se movimentar "... mantenha uma distância de 8 a 10 milímetros entre a parede e a primeira fila. O piso de madeira flutuante vai expandir-se e contrair conforme as variações de temperatura, ao deixar uma pequena reserva de espaço evita futuras rachas no pavimento. Este espaço será coberto pelo rodapé." Retirado daqui
Aquele trabalho tinha sido o ultimo e certamente com a pressa de o acabar não fez as coisas como devia de ter feito.
O Miguel tentava meter-me alguma duvida. Acredito para fazer com que eu não o "fuzilasse" quando chegasse lá a casa. Muitas vezes ele perguntava-me o porquê de tanta implicância com o fulano. Não sabia explicar, mas mexia muito com o meu sistema nervoso. Falava demais, muitas vezes conversas inconvenientes, faltava muito e era graças a ele que os meus planos de irmos lá para casa com tudo pronto foram por agua a baixo. Portanto motivos mais do que suficientes para embirrar.
Estava eu sozinha quando veio analisar a porcaria a situação. O primeiro comentário deixou à beira de um ataque de nervos " Isto é problema do material"
- Do material? Então quer dizer que o material que compramos como sendo de 1ª não presta.
- Sim não presta e se fosse eu reclamava junto da loja.
Nem pensei 2 vezes peguei no telemóvel e liguei para a loja. Expliquei que tinha comprado um pavimento flutuante e que menos de 1 mês estava a levantar e queria saber como poderia ter a certeza de que era problema do material. Informa-me que poderia pedir para irem os técnicos fazer a avaliação, se seria má colocação ou se seria do material. Perguntei o que faziam em cada caso. A senhora diz-me que caso fosse culpa do material ele seria reposto por eles e caso fosse má colocação teríamos de fazer o pagamento da deslocação do técnico. A coisa poderia ficar por cerca de 200 euros, isto sem contar com o material que tivesse danificado e tivesse de ser comprado.
Pergunto ao pedreiro " Tem a certeza que não é da colocação não tem? Posso então mandar vir o técnico e se você estiver errado paga a deslocação dele certo?
Não obtive resposta e vejo-o a arrancar o rodapé.
Chama-me e diz-me "vê que deixei espaço?"
Eu ou ele estávamos a ver mal. Eu via parte do pavimento encostado à parede e outra parte com algum espaço e digo-lhe" então e esta parte que está encostada?"
-Isto é do material que cresceu mais do que devia de ter crescido.
Não lhe respondi, pois achei que não iríamos concordar um com o outro.
Rapidamente o meu corredor ficou assim
A solução arranjada por ele foi cortar as zonas que estavam encostadas e recolocar o rodapé.
Resultado final : Rodapé com zonas sem revestimento, pavimento danificado e manchado (graças à cola que quis usar), mas passados cerca de 2 meses o chão mantém-se sem lombas.