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Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

  Estou quase a fazer meio século o que obrigatoriamente me faz renovar a carta de condução.

Já tinha falado que teria de ir ao IMT, mas só de pensar nas horas de espera acabava por ir adiando. Havia a hipótese de o fazer online, mas tinha receio da carta não chegar a casa tal como não chegou a carta para confirmar o cartão de cidadão. A diferença é que do cartão apenas pagaria 3 euros já da carta certamente teria de pagar outra nova.

Arrisquei em fazer online. 

Então não é que passado menos de 1 semana recebo a carta em casa?

Foi fácil, rápido e mais barato do que ir pessoalmente (27 euros)

 

Dei conta aqui e aqui da desilusão que esta amizade me estava a fazer sentir.

Passou mais de 1 ano e as coisas não voltaram a ser como inicialmente, mas melhoraram muito. As conversas e as brincadeiras voltaram. Os stresses do trabalho mantinham-se, mas rapidamente eram ultrapassados. Por vezes surgiam conversas sobre ela com outras colegas e não eram raras as vezes que eu a defendia. Gostava dela e mesmo quando por vezes me diziam " olha que não é quem aparenta ser" eu não me preocupava e acreditava que gostava de mim e que queria a minha amizade.

Numa determinada altura quis mandar-lhe uma mensagem através do Facebook, para saber como estava já que tinha estado doente e não a encontrei na lista dos meus amigos. Na altura optei pelo Face uma vez que era tarde e não sabia se estava a dormir. Achei estranho e pensei que seria algum problema do face ou então tinha-me eliminado por engano (tão totó que eu sou). Durante uns tempos não me lembrei do assunto, mas numa conversa com outra colega que me disse que tinha sido eliminada por ela fez-se luz. Teria ela me eliminado propositadamente? Achava que não não seria o caso até porque as coisas estavam bem. Decidi que lhe iria perguntar. Demorou algum tempo porque uns dias esquecia-me, outros achava que não era o momento adequado e outras porque não me apetecia ficar desiludida(afinal havia a hipótese de ser despropositado).

À umas semanas no meio do stress do trabalho falou de forma mais rispidez, na altura não disse nada, mas quando minutos mais tarde voltou a falar de maneira que não me agradou perguntei-lhe "passasse alguma coisa entre tu e eu?", "Não não se passa nada, é o trabalho e como és a responsável acabas por levar por tabela".

Achei que aquele era o momento indicado de deixar de ser totó tirar a minha duvida.

- Olha já ando para te fazer uma pergunta há muito tempo...

-O que é?

-No outro dia reparei que não fazias parte dos meus amigos do Facebook...

- Ah eliminei toda a gente daqui...

-Desculpa, mas não eliminaste toda a gente. Ainda ontem deixaste um comentário no Face da "X" ou seja daquela pessoa que detestas e um comentário como se fossem muito amigas.

- Pois deixei, mas tu sabes que sou boa actriz...

- Pois sei, tu própria o dizes, mas diz-me o porquê de me teres eliminado. É que se tivesse sido na altura em que tínhamos tido a ultima conversa em que te pedi para darmos tempo ao tempo para ver se a nossa amizade sobrevivia eu compreendia...

- Mas foi nessa altura..

- Não, não foi, foi muito tempo depois

-Ah nunca me punhas gosto nos meus comentários...

-Então para ti eu sou uma pessoa como outra qualquer. Engraçado eu que achava que tínhamos uma amizade, afinal tenho a certeza que sou tratada pior do que aquelas que tu detestas.

Virei as costas e fui embora.

Passaram alguns dias e não consigo olhar para ela com carinho. Pergunto-me quantas vezes fez papel de actriz para comigo?

 

 

 

 

 

Quinta feira foi dia de aniversario da minha mãe. 84 Anos...já se notam alguns períodos de esquecimento, algumas confusões, até com conversas simples, alguns problemas de saúde, mas ainda assim não aparenta a idade que tem.

Comprei-lhe um bolo e fui até lá almoçar com eles. Vi a tristeza de não ter mais ninguém ali. O outro filho está no estrangeiro, 1 dos netos também e os restantes 4 estavam a trabalhar.

Sai de lá com a certeza que nenhum deles se iam lembrar do aniversario dela e resolvi dar uma ajudinha para alegrar mais um pouco o seu dia.

Mandei mensagem aos 4 a avisar da data e de como ela iria ficar feliz com um telefonema.Pedi-lhes para não revelarem que fui eu que os lembrei.

No dia seguinte telefonei para saber como estava e diz-me:

- Ontem tive tantos telefonemas a desejarem feliz aniversario. E sabes quem me telefonou?

- Não.

- Os meus netos todos. Fiquei tão feliz. Mas não sei como se lembraram...

- Sabes que hoje em dia colocamos as datas importantes no telemóvel para assim não nos esquecermos.

- Pois então deve de ter isso, mas fiquei tão contente.

Uma pequena mentira que lhe mudou o dia.

A semana passada passei numa sapataria e vi na montra

umas coisinhas que gostei. Como meu aniversario está quase a chegar achei que dariam umas boas prendas. Acabei por ir ao site da marca para investigar melhor.

A minhas escolhas recaíram nesta mala

Bolsa Caliope Rotterdam 18SAXPGY_6006

Neste cinto

Cinto Amelie 18SARP17_2000

E nestes ténis

Tênis Galaxy Candy 18SSKP22_1000

Ontem fui à tal sapataria para as ver de perto e ter a certeza que realmente era aquilo que eu queria.

Fiquei desiludida, mas ainda bem que foi antes de deixar dicas ao Miguel acerca das prendas que eu gostaria de receber.

Os ténis que tanto tinha gostado rapidamente passei a não gostar. As aplicações que eu achava serem lisas e bordadas afinal são tachas de plástico (ou coisa do género) e com saliências. 

A Mala é demasiado grande para um corpito como o meu.

E o cinto...deixou-me numa situação "constrangedora".

Perguntei ao dono da sapataria se tinha aquele cinto creme em preto, depois de procurar diz que já teve mas que virá mais. Depois de alguma conversa pergunto-lhe  " É pele?"

-Pele? Acha que com esta textura e estes trabalhado é pele?

-Pois não sei, não sou entendida nesses assuntos...

- Claro que não é pele . Toda a gente sabe que a um preço destes não pode ser pele.

- Pois então sou eu que sou uma ignorante!

Saio porta fora a pensar " Nunca serás uma dondoca".

 

 

 

Há muito tempo que falava em conhecer a aldeia do Piodão, o que acabou por acontecer este fim de semana.

Não sou nada fã de alturas, muito menos de estadas estreitas, com muitas curvas e com alturas medonhas. Confesso que fui o tempo todo com o coração apertadinho. 

Gostaria de ter feito este passeio antes do verão e antes dos incêndios que assolaram aquela zona. Foi com um nó na garganta que imaginei o pânico que os moradores das aldeias sentiram nos dias dos incendios. Foi triste ver a paisagem toda preta em vez de verde.

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Apesar da viagem assustadora e da paisagem não ser a que gostaria, chegar à aldeia valeu a pena.

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Ontem fui ver como estava o coração e nada teve a ver com o amor e dia dos namorados. A coisa não anda a funcionar bem e a medica achou por bem mandar fazer exames.

Tive de ficar nua da cintura para cima e não foi isso que me deixou desconfortável, mas sim a forma como passava a mão no meu corpo.

Não consegui ter a certeza se era intencional, mas achei que em alguns momentos exagerou.

Fez-me voltar aos meus 11/12 anos e a esta historia

 

 

Apesar do desanimo já estava a mentalizar-me que não teria alternativa de partir as casas de banho até encontrar o problema. O meu canalizador já tinha falado com o pedreiro quando alguém se lembrou que se poderia recomeçar a pesquisa num dos apartamentos que estava com obras na casa de banho. Afinal ela era uma das "vitimas" da fuga. 

Depois do buraco feito verificou-se que estava cheio de agua que aparentemente escorria da tubagem dos esgotos. Fizemos varias descargas das minhas 2 casas de banho e a agua aparecia no tal buraco.

 

Nos dias que se seguiram sempre que ia à casa de banho e utilizava agua ficava com a consciência pesada. Sabia que estava a aumentar o problema da vizinha.

Ainda assim não tínhamos a certeza se seria da minha tubagem ou da tubagem principal. Não tínhamos alternativa, o buraco na minha casa de banho tinha de ser feito.

Nada melhor para uma folga do que conviver com um martelo pneumático dentro de casa e com muito pó.

Quando vi o buraco senti vontade de chorar, mas por outro lado um alivio. Estava tudo seco, portanto não tínhamos culpa.

De qualquer forma tinham de descobrir o "culpado" para se resolver a situação e pagar as obras.

Depois de vario contactos conseguiu-se descobrir um familiar da dona do apartamento por baixo de mim. Não havia alternativa e teve de ser feito novo buraco. Tudo seco . 

Restava o 5º andar, o tal que todos diziam não ser o "culpado".  Era mesmo lá. 

Há cerca de 2 anos tinham feito obras e resolveram fazer a canalização exterior. Azar dos azares a pessoa que fez o trabalho furou a tubagem em 2 sítios. Durante todo esse tempo não houve vestígios de agua nos outros apartamentos porque não morava mais ninguém nos andares de cima.

Chegou aqui a "Je" e começaram os problemas.

2 Meses depois o problema foi resolvido, mas as obras ainda não foram feitas. Aguardo ainda a vinda do perito do seguro do tal canalizador que fez  a porcaria o trabalho mal feito. 

Rezo agora que aceite a culpa e dê ordem para as obras avançarem.

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No outro dia dizia eu ao Miguel " Até podemos comprar uma mansão novinha em folha que as infiltrações e fugas de agua lá estarão". Esta saga faz parte da nossa vida

 

 

 

 

Depois do entusiasmo da escritura da casa fiz uma lista do que tínhamos para tratar.  Tratar da instalação do contador da luz e da agua era prioritário. 2 dias depois já tinha agua, luz e o pedreiro já tinha iniciado as obras. No dia seguinte recebo um telefonema da empresa de condomínio a perguntar se já tinha agua. Depois de eu confirmar diz-me para ir até ao apartamento pois havia alguns vizinhos que estavam com a agua a sair do respiradouro da casa de banho. Fiquei em pânico e lá fui.

Encontrei uma torneira aberta. Aparentemente havia um tudo roto que deixava passar agua para alguns vizinhos. A solução era colocar tubos novos. Contactamos o canalizador e o problema ficou resolvido... durante uns tempos.

Depois de muitas varias peripécias desagradáveis e muito stress lá fomos nós para a casa nova. As obras ainda não estavam terminadas graças ao pedreiro "cumpridor", mas tínhamos de entregar a antiga e optamos por ir conviver com muito pó e bastante barulho.

Já lá estávamos há uns dias quando recebo novo telefonema da administração do condomínio. Estava novamente a aparecer agua em alguns vizinhos. Eu perguntava "mas como é possível se temos a tubagem exterior e não me aparece nenhuma fuga? O contador também não mexe com as torneiras fechadas".

Não me sabiam responder, mas visto termos sido os últimos a vir morar para o prédio deduziam ser um problema daqui.

Foram alguns dias com testes. Só podíamos utilizar uma casa de banho por dia. Uns dias aparecia agua outros não. Ainda questionamos se não seria do 5º andar, uma vez que não vivia ninguém no 6º nem no 8º e eu estava no 7º. Todos os envolvidos achavam que não podia ser pois tinham feito a canalização exterior e antes de nós irmos para lá nunca tinha havido problemas.

Como se não bastasse o chão começou a levar numa das zonas do corredor. Na minha ideia ali estava a prova de que havia realmente uma fuga. Já imaginava o chão da minha casa cheio de agua e o tecto da vizinha por baixo a cair. Infelizmente a dona encontrava-se no estrangeiro e não havia contacto de ninguém para ir verificar.

Não tive alternativa se não accionar o seguro multi riscos. Confesso que me senti uma "criminosa" quando foi ao banco preencher a papelada. Tínhamos feito o seguro à cerca de 1 mês e já o ia accionar.

O perito veio e depois de eu lhe explicar tudo diz-me que teríamos de fazer mais pesquisa uma vez que nada garantia que o problema seria dali.

Chamei o canalizador para dar opinião e segundo ele a única alternativa era rebentar com a parede da casa de banho pois o problema deveria ser na tubagem dos esgotos. E ai já se colocava outra questão "seria na minha própria casa ou seria na tubagem comum?"

Nesse caso passaria a ser da responsabilidade do condomínio resolver o problema, ou seja accionar o seguro. 

Durante uns tempos a minha casa era uma casa aberta tal era o entra e sai. Umas vezes do meu canalizador, outras do canalizador do condomínio, dos peritos do seguro e de alguns vizinhos.

Não queria acreditar que depois de ter tudo arrumado, de me ter livrado raio  do pedreiro iria ter de começar novamente a conviver com obras.

 

 

 

 

Desde a compra da minha casinha que ando numa fase negra. Seria suposto esta nova fase trazer-me alegria e bem estar.

Deixei que os vários imprevistos me retirassem as forças e animo. Que me fizesse sentir incompetente e desmotivada até a nível profissional. Conseguem compreender se vos disser que sinto que sou uma ingrata ? Para com quem? Nem eu sei...

Com Deus, com o universo? Não sei.

Tanta gente sem emprego e eu a questionar-me...

Tendo eu um emprego seguro ( aparentemente), um emprego  de que gosto, sabendo eu que sou uma boa profissional e que muitos me consideram boa profissional como posso eu sentir-me frustrada profissionalmente? Como posso eu questionar se este é o caminho que quero seguir?

Necessito urgentemente de me sentir viva, com a garra que sempre tive, que o meu coração passe a trabalhar normalmente (sem as pancadas aceleradas) e descobrir o caminho certo.