Regressei das ferias há 8 dias, mas tenho andado com preguiça para escrever por esse motivo o blog esteve ao abandono.
Depois foi os trágicos acontecimentos do fim de semana que me deixaram agarrada à TV. Consoante ia vendo as imagens ia-me recordado do passeio que eu e o Miguel tínhamos dado em 2011. Hoje foi ao antigo blog ver o que tinha escrito. Já naquela altura achei assustador, bonito, mas assustador aquelas estadas estreitas. Já naquela altura pensava como seria se deflagrasse um fogo.
Tínhamos feito alguns planos para esta ultima semana, planos esses que saíram "furados".
A ideia era passar uns dias (poucos) em qualquer lado, mas infelizmente teve de haver alterações de planos e acabamos por apenas ir conhecer a piscina de ondas(Praia das Rocas) em Castanheira de Pêra e uma praia fluvial ali perto.
Já não é novidade aqui no "estaminé" que a agua e eu não temos uma relação de muita proximidade.
Claro que esta relação, não inclui a agua na banheira.
Não sendo uma escolha minha isto de ir à piscina, também não ia dizer que não.
Coitado do meu marido já tem de levar com os meus "ai está fria", "ai é muito funda", portanto não lhe podia dizer que achava o dinheiro muito mal empregue.
Nesse dia o S. Pedro deu uma ajudinha e enviou um maravilhoso.
A primeira paragem foi na praia fluvial Ana de Avis. Um lugar lindíssimo, como podem comprovar pelas fotos.
Depois de bebermos um cafezinho continuamos viagem e quando vimos estas indicações
achamos que que provavelmente seria interessante conhecer já que tinha a ver com pesca, logo teria agua.
Nessa altura o meu entusiasmo não era tão grande como o do meu marido, mas quando vi um placa a dizer "casas de xisto" o meu cérebro começou logo a fazer planos.
Há uns tempos tinha visto uma reportagem na TV sobre casas de xisto e lembro-me de ter achado muito romântico.
Quando saímos de casa os planos era ir e vir para casa nesse mesmo dia, mas como mulher prevenida vale por duas, toca a fazer a mala com uma muda de roupa para cada um de nós.
E naquela altura pensei " Hum, parece que a mala vai ser precisa".
Pelo caminho o meu entusiasmo e vontade de ficar ali estava a desaparecer. A estrada, ou melhor o caminho
era medonho. Estreito, mas tão estreito que não cabia dois carros e como se não bastasse as ravinas eram enormes.
Voltar para trás era impossível, portanto a única alternativa era subir, subir e rezar para que o carro não desse o "berro".
A subida era tão acentuada que o carro, a grande maioria das vezes tinha de ir em primeira.
Na brincadeira ainda comentamos " vai ser giro se o carro der o "berro" e tivermos de chamar o reboque. Como é que vamos dizer onde estamos?"
Depois de termos já andado muito, lá aparecem as ditas cujas
Nessa altura e só queria sair dali, portanto não achei aquilo nada romântico.
Ainda andamos, neste caso tivemos que descer muito até encontrar-mos a indicação para Castanheira de Pêra.
Quando estava perto daquela meia dúzia de casas, no meio de nada perguntei-me a mim mesmo como é que aquelas pessoas conseguem viver ali?
Se tiverem uma dor, como fazem?
Se houver um incêndio como fogem?
Já tinha visto varias reportagens com aldeias assim isoladas, mas nunca tinha passado ao pé de nenhuma.
Ainda assim aquela não deve ser das piores já que as estradas apesar de estreitas ainda são alcatroadas.
Depois de sairmos dali são e salvos lá fomos nós para a piscina.
Não me passava pela cabeça nem sequer molhar os pés, mas acabei por ter e o fazer.
Os bilhetes foram 5 euros cada e como não me apeteceu pagar mais 7 euros por um chapéu e duas espreguiçadeiras fui obrigada a atravessar a piscina para para chegar à ilha e ter sombra.
A agua estava um gelo, mas em compensação estas palmeiras deram-me a sombra que eu queria.
Apesar de não ser adepta deste tipo de lazer, não dei como perdido o passeio já que pude saborear estes belo pratinho de caracóis!