A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.
A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.
Tínhamos combinado descansar no primeiro dia, pois no dia seguinte íamos fazer uma excursão a Havana e pelo calor que estava e pelas pesquisas que tínhamos feito ia ser cansativo.
Isto de tomar o pequeno almoço, ir até à praia, nadar (não será o melhor termo para os meus movimentos), voltar à espreguiçadeira, voltar à agua, ir até ao restaurante almoçar, voltar à praia, à agua, espreguiçadeira (varias vezes), intercalar com varias idas ao bar da praia para umas bebidas refrescantes e carregadas com álcool, voltar ao quarto, tomar um banho, ir ao restaurante jantar e voltar ao bar para mais umas quantas bebidas que me deixavam com sensação de pés nas nuvens deixam qualquer um de rastos.
No dia seguinte acordamos cerca das 6 horas e às 8 estávamos prontinhos para arrancar na aventura de conhecer um pouco da cidade de Havana. Esta excursão foi marcada depois de pesquisarmos no Portal das Viagens http://www.portaldasviagens.com/ , aliás site que vamos sempre que queremos viajar. Através das informações de outros viajantes temos feitos boas escolhas, tanto de locais como de preços.
Na altura que reservamos a excursão foi-nos dito que iria um táxi buscar-nos ao hotel e que depois trocaríamos para o clássico que tínhamos pedido. Na altura não entendi o porquê do "carrão" não nos ir buscar directamente. Segundo o nosso motorista, apenas os táxis, ou os carros "certificados" (se assim lhe podemos chamar) podem ir buscar clientes aos hotéis, embora qualquer carro pode ir levar clientes. Podem ir levar, mas não podem ir buscar? Confuso.
Nessa manhã eu e o Miguel tínhamos feito uma aposta. Ele dizia que o carro que nos levaria à cidade era cor de laranja e eu dizia que era verde. Bom, digamos que ele ficou mais perto de acertar, mas claro que não aceitei a derrota e dei a volta à coisa. Era café com leite (não gosto de castanho) por fora, mas por dentro era laranja. Como é evidente eu não considerei valida essa corzita no interior. A aposta referia-se ao exterior, disse-lhe.
A meio da viagem paramos na ponte Bacunayagua para beber a Pina Colada mais famosa de Cuba (digo mais famosa por ouvir tanto falar desta). Confirmo...DELICIOSA!!! Além da bebida ser muito boa, a vista da ponte é deslumbrante.
Cerca de 3 horas após a partida chegámos a Havana e ali estava o nosso guia, o carlos.
O calor abrasador não nos facilitou a vida, mas não foi impedimento para ficar a conhecer um pouco a história dos cubanos.
O nosso guia, um rapaz de 25 anos mostrou-nos que tinha uma cultura enorme. Não só nos falou sobre cada edifício como respondeu às nossas perguntas sobre alguns portugueses, figuras da nossa história.
O nosso carrão com 52 anos
Raio do carro tinha de ser cor de laranja
A Ponte de Bacunayagua, a mais alta de Cuba
A vista da ponte
A famosa Pina Colada
Fidel- Praça da Revolução
Cristo de La Habana em restauro
Escultura "La Conversasion"
Escultura "O louco". Parece que dá sorte pisar o pé, agarrar o dedo e a barba.
Praça onde os homens vão falar exclusivamente de desporto
As "bombas".
Há uns meses foi o Snoo que teve de fazer a cirurgia para amputar a orelha e agora tive de levar a Maria Pipoca ao veterinário.
Há uns tempos vimos que tinha falta de algum pelo na zona da barriga, mas ultimamente está assim depenada pelada.
Colocar a Gata na caixa transportadora foi um filme de terror ao qual apenas eu e os gatos participamos. Tenho provas nas pernas, braços, já para não falar nos montes de pelo pela casa toda ( a minha gata além da cor terá certamente uns genes de pantera).
Todo o caminho foi feito ao som dos miados histéricos dela, felizmente que o veterinário não é longe.
Já lá e depois de ser observada diz-me que em principio a Maria Pipoca sofre de Dermatite psicogénica .
Trocado por miúdos, tenho a gata deprimida, com tédio e a sofrer de stress. Não bastava eu?
Parece que a mudança de casa, em Agosto passado e a ida do Miguel para Marrocos a fez ficar assim (sensivél a menina).
Nos próximos dias irá tomar medicação com cortisona, depois dependendo do resultado poderá ter de tomar medicação para a depressão.
Sendo eu uma dona dedicada bem que devia de tirar uns dias para lhe fazer companhia. Hum...será que posso alegar que a gata não pode estar sozinha e meter uns dias de baixa?
Depois de termos acabado a reunião com a funcionária da agencia lá fomos a correr para a praia.
Àquela hora a agua do mar ainda estava mais linda, azul quase transparente e quando meti o pé la dentro fiquei feliz, muito feliz. "Porra" a agua era quente, mas mesmo quente! Cheguei a achar que não era real, ou então tinha um vulcão por baixo dos pés.
Alguns dos leitores ( de outros estaminés) sabem o pânico que tenho da agua, não sei explicar o porquê, pois nunca apanhei nenhum susto que o justifique. Moro a 8 quilómetros da praia, mas a agua gelada (a grande maioria das vezes) e a revolta do mar, quase sempre presente fazem com que raramente ponha os pés no mar. Para perder o medo já andei na piscina e realmente fez-me bem, mas não consegui retirar todo o medo. Chega a ser aflitivo e muitas vezes deixa-me frustrada por deixar de ter experiencia únicas e fico de tal maneira em pânico que as pessoas que estão perto não compreendem (um "filme" que contarei noutro post).
Mas naquele mar sem ondas, bem aqui a minha opinião era bem diferente da do Miguel e quem nos ouvisse algumas vezes iria achar que eu era tolinha (ok, sou um pouco), em que podíamos andar muitos metros com a agua pelo peito eu sentia-me segura.
Quando vinha uma onditas, às quais o Miguel dizia que não eram e que eu assim que as via dizia "ai, ai que vem ali uma grande". Ele ria e eu só achava piada à frase " Sim, sim cuidado que ainda te leva" quando ela passava e nem me abanava. Andar de gaivota? Foi um papelinho. Tínhamos acesso a vários desportos náuticos de borla ( digamos, incluídos no preço) e claro que ele queria experimentar tudo. Mota de agua? Nem pensar, que aquilo acelera muito. Vela? Deus me livre que ainda ia parar ao México(não que fosse mau), apenas aceitei andar de gaivota, mas na condição que não nos afastássemos mais do que 2 metros da borda. Entrei a medo, mas com aquela cor e com a expectativa de ver os peixes não dei conta que nos estávamos a afastar. Certo que tinha colete, mas caindo ao mar e não ter pé nada me garantia que não morresse afogada. Afinal a coisa correu tão bem que no dia seguinte fui eu que quis ir.
Os dias em que ficámos no hotel foram passados praticamente de molho e raramente íamos à espreguiçadeira.
Imaginem a cena vivida por uma stressada e ansiosa como eu. Hora marcada para comparecer no tribunal para testemunha (caso que me estava/á a deixar ansiosa ) sem ter nada a ver com o caso, combinar dar boleia e ir buscar 4 colegas que estavam na mesma situação que eu e pegar no carro (do Miguel) ele não piar?
Resultado de hoje de todo o stress de ontem ?
Uma dor de cabeça terrível, cabeça à roda e visão dupla.
Ah, a minha safa e das outras colegas é que o meu carro velhinho pegou sem problemas e nos levou ao destino,a horas.
Nota: Aqui a menina daqui a 2 horitas vai trabalhar. Acredito que haverá alguma alminha que tenha pena de mim
A diferença horária em Cuba é de menos 5 horas, portanto não era de admirar que estivéssemos todos baralhadinhos.
Nada que uma boa noite de sono não resolva ou não melhore e às 7.30 h já estávamos de pé.
A primeira coisa que fizemos foi molhar os pé no mar. Aquela hora não era de admirar que a agua não estive à temperatura que eu tinha idealizado e lá fui eu para o pequeno almoço a refilar que a agua era fria.
Se vos disser que ao pequeno almoço apesar de ter milhentas coisas para comer apenas como pão com bacon, vão dizer que sou doida. Não apenas 1, não 2, mas sempre acima de 3 pães. Manias!
Já me aconteceu na Tunísia não haver bacon e foi um desgosto enorme.
Apesar da vontade enorme de ir até à praia não o podíamos fazer pois a representante da agencia de viagens tinha marcado às 9,30 h para falar connosco. Falou-nos dos meios transportes disponíveis, dos preços, do que ver na zona e das excursões. Em Portugal já tínhamos marcado a excursão à cidade de Havana com um guia. Este contacto foi feito no Portal das Viagens e ao fim de 3 emails estava tratado. Portanto disse-mos logo que não valia a pena falar desta viagem. Deu-nos outras opções e os respectivos preços. O Miguel estava inclinado para fazer a excursão a Cayo Blanco, mas achei que seria muito parecido à que tínhamos feito à ilha Saona, na Republica Dominicana e acabou por mudar de ideias. Falou-nos de uma que incluía crocodilos e ai fui eu que disse "nem pensar". Depois de muita hesitação escolhemos o Jep Safari. Tínhamos levado euros e já tínhamos trocado alguns cuc, mas preferimos pagar com o cartão do Millennium. Passou uma vez no multibanco portátil e a mensagem era "anulado, passe novamente", mais uma tentativa e a mesma mensagem. Sabíamos que não era problema de dinheiro e claro estávamos danados com o cartão ou melhor com o banco. Naquela altura achamos que seria um problema do cartão. Experimentei com o da caixa geral de depósitos e deu logo. Quando a senhora contou que tinha tido um cliente que tinha contactado a agencia para informar que tinham descontado 2 vezes uma excursão passou-me pela cabeça que também nos poderia acontecer. Não fosse eu uma rapariga um pouco muito pessimista e algo desconfiada. O Miguel dizia que não era possível, pois a maquina tinha anulado a operação e não tinha saído talão. Realmente era verdade, mas...fica para outro post.
Vista do quarto
Em relação à navalha?
A policia olhou para ela devolveu-lha e mandou-o seguir.
Claro que preferi assim, mas comentei com o Miguel como era possível eles deixarem passar aquilo e não ficarem com ela? Lá viram que ele era um tipo porreiro, certamente.
Através dos bilhetes vimos que tínhamos de nos dirigirmos para as indicações RSU, mas tudo ia dar a essa zona. Bem aquilo é que foi subir e descer escadas rolantes até ir parar ao metro. Vários minutos depois (bastantes) lá chegamos à zona pretendida.
Estávamos com fome e atacamos umas belas sandes de presunto. O preço é que não foi belo (25, 75 euros). Se já tinha achado as pizas caras, em relação às sandes achei...uma roubalheira. Comer no aeroporto uma coisa simples é quase o mesmo que comer um prato num restaurante famoso em termos de preço.
Depois de umas 2 horas de espera entramos no avião e mais uma vez não tínhamos lugar juntos.(o ano passado também não tivemos) Para a grande maioria das pessoas esta situação não seria um problema, mas aqui para a menina é um problemão. Necessito da mão do meu mais que tudo para me acalmar. Vários casais estavam na mesma situação e com algumas trocas acabámos juntos.
Não gosto de andar de avião, custa-me respirar e não consigo arranjar posição confortável para dormir. 9 horas após a descolagem lá aterramos nós em Cuba.
Sandochas de presunto e eu a digerir o preço delas
Uma forma de passar o tempo
Já dentro do avião. Aquele sorriso? Medo, muito medo
Cansadita na chegada a Cuba
Depois de espreitar o placar com os voos e depois de ver que o nosso ainda não constava aguardamos. Queríamos despachar as malas para depois podermos andar descansados, mas não havia maneira de vermos o nosso voo anunciado. Acabamos por ir até às informações que nos mandaram ir a outro balcão e depois a outro. Confesso que começava a ficar um pouco irritada. Finalmente acabamos por saber que podíamos fazer o check in nas maquinas e que depois de saírem as etiquetas para as malas as podíamos colocar no tapete rolante. Na altura pensei " O quê, aqui a menina é que vai tratar de tudo? , "As malas chegam ao destino ou vou acabar por as enviar para outro lado?".
Pelo sim pelo não achei melhor ser o Miguel a carregar nas teclas. Malas enviadas fomos passar, ou melhor tentar passar nas passagens electrónicas. Varias mexidelas no bilhete para baixo, para cima, para o lado e nada da portinhola abrir. É que nem o meu nem o dele. As outras pessoas conseguiam sem problema e nós aselhas (pensava eu) nada. Fomos ter com uma funcionaria que depois de varias tentativas falhadas, também nos deixou passar noutro local. Parece que havia uma falha no código de barras.
Chagada à zona que está a policia eu passei sem problema, mas quando foi a vez do Miguel pediram-lhe para abrir a mochila. Então não é que ele tinha lá uma canivete? Um pequeno canivete, mas não deixava de ser uma arma branca.
O que é que aconteceu?
Tal como nos anos anteriores decidimos ir de expresso até Lisboa para apanhar o avião. Não que não pudéssemos levar o carro e deixa-lo no parque do aeroporto, mas entre pagar portagens, gasolina e estacionamento preferimos pagar apenas 24 euros de expresso (para os dois) e deixar o carro no estacionamento junto à rodoviária da nossa cidade. Bem, para o ano não sei se o voltamos a fazer, mas isto é coisa para ficar para outro post.
Voltando à viagem, chegamos a Lisboa cerca de hora e meia depois e apanhámos o Bus para o aeroporto. Fizemos e check in, despachamos as malas e cerca de 2 horitas depois estávamos dentro do avião para Madrid. Os que aqui passam sabem que não gosto de andar de avião, mas entre andar nele e ficar em casa escolho andar no "bicho". A viagem foi tranquila e rápida.
Já fora do aeroporto vimos um placar com números de telefone de vários hotéis e vai dai ligámos para o nosso que rapidamente nos foi buscar ( sem custo).
Não é hotel com luxos, mas perfeito para passar a noite.
Como o nosso voo apenas era às 18,20 h do dia seguinte decidimos ir jantar no centro de Madrid e dar uma voltinha na zona. Pegámos o autocarro ( 2 euros cada viagem) mesmo em frente ao hotel e com as indicações da recepção foi muito fácil chegar ao destino seguinte, o metro . Aqui se não fosse a ajuda da funcionaria não seria fácil saber para que linha nos dirigimos. Depois de dizermos que queríamos ir à zona das lojas (Av. America)) ficamos a saber que teríamos de ir para a linha castanha e parar em Serrano. Nada melhor que andar nessa rua depois das lojas fechadas. Não fosse o diabo tece-las e fazer-nos investir nuns trapitos daqueles que Cristiano Ronaldo e afins compram.
Acabamos a jantar piza, que não era má, mas achei um bocadito puxado (34,40 euros) Aqui a menina costuma comer uma piza divinal com bebidas por cerca de 11 euritos e para dois.
Depois de uma noite bem dormida lá fomos para o aeroporto, transportados pela carrinha do hotel.
Felizmente chegámos com 4 horas de antecedência, porque aquilo é quase uma cidade, de tão grande que é.
Recepção do hotel SHS
Um dos edifícios. O tramado foi levar as malas até ao primeiro andar de escadas
Eu e os gatos. Este era um dos que andavam no hotel.
O quarto, simples, mas com um colchão confortável.
Sala para o pequeno almoço. Bastante bom, diga-se.