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Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Tenho de confessar que não sou muito dada a desafios (tenho tantos para cumprir aqui no blog), mas quando passei no blog desta jeitosa e vi que propunha criar um clube de leitura acabei por entrar no "jogo".

Nesta primeira iniciativa estavam 5 livros em cima da "mesa"  Aqui e a escolha foi o livro "O triplo" de Ken Follet.

Do livro...adorei, não fosse eu uma romântica assumida.

A história envolve agentes da Mossad, KGB, países como Israel, Egipto, muito suspense e uma paixão arrebatadora que nos faz querer ler mais até chegar ao final.

Quem leu o meu blog "O impossível" sabe que numa fase inicial da paixão (que continua) pelo meu Miguel Israel fez parte da nossa vida, assim como hipoteticamente uma agente da Mossad. Portanto este livro além de ser óptimo vez-me reviver a minha ida àquele país, assim como andar nas ruas de Haifa assim como  a minha primeira viagem de avião tão louca.

 Alguns pedaços do meu blog

O dia da partida para Israel 

Tinha chegado o dia da partida e se por um lado estava feliz por ir ter com o Miguel e de podermos viver aquele amor que não sabíamos explicar, por outro tinha medo de me desiludir e de me magoar..."

"Depois de tudo retirado e baldeado dedicam-se ao poster com a minha foto e ao meu telemóvel. Ambos ficaram desmontados. Se eu quisesse fazer telefonemas seria impossível e poster parecia um puzzle à espera de ser montado. Quanto às conservas que levava não puderam embarcar, pois o risco era grande de estar lá uma bomba."

"Fui acompanhada pelo meu "carrasco" até ao autocarro que nos levaria ao avião. Enquanto me acompanhava contou-me que passavam por muitas situações que podiam pôr em perigo a vida dos passageiro e por isso tinham de ser tão rigorosos. Uma das situações que me contou era sobre uma jovem mulher Israelita que vivia num país estrangeiro e que tinha conhecido um árabe. Mantiveram um relacionamento amoroso e acabaram por casar. Quando ela estava com 6 meses de gravidez decidiram ir visitar a família dela, mas no dia da viagem ele alegou que não poderia ir nesse dia e que iria mais tarde. Graças às desconfianças do pessoal do check in evitaram uma tragédia. A mulher tinha na bagagem uma bomba colocada pelo marido. Nem a gravidez dela tinha sido motivo para evitar uma vingança contra o povo Israelita."

"No meu caso eles tinham de ter a certeza que eu não ia servir para nenhum atentado ou para passar droga."

Num dos nossos passeios fomos até Haifa, uma cidade portuária. Dessa cidade recordo ruas e ruas cheias de lojas, um almoço maravilhoso, uma feira enorme e um porto com uma vista magnífica"

"Depois falei-lhe da brasileira que me tinha calhado como colega de viagem. Para o Miguel ela era uma agente infiltrada que ali estava para me acompanhar. A teoria dele devia-se à coincidência de depois de todo o tormento ter a sorte logo me calhar uma pessoa que falava a mesma língua que eu e ainda mais super protetora e que apenas me tinha deixado quando me entregou a ele. Confesso que gosto desta ideia."

 

Este livro

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foi escrito pela Magda do blog http://stoneartportugal.blogs.sapo.pt 

Pedi-lhe para mo enviar pelos CTT e chegou rapidinho e autografado. Não o pude ler logo, ainda que deitasse o olho em  algumas paginas, pois tinha entrado no desafio proposto pela Dona Pavlova (http://donapavlova.blogs.sapo.pt ) em ler o livro "Triplo" de Ken Follet.

Assim que o terminei (opinião publicada num outro post) deitei as mão, ou melhor os olhos ao "Viagens".

Pedaços do dia a dia da Magda onde juntou as suas opiniões. Assuntos sérios e assuntos engraçados fazem parte das histórias.

A minha preferida é do fim do mundo.  Adorei!

O livro fala também da violência domestica, algo que vivi durante alguns anos. Refiro-me à violência psicológica. A Magda conta que leu um livro há uns anos chamado mulheres que amam demais. Tenho uma opinião diferente desse tal livro, para mim não pode haver amor da parte de quem maltrata nem de quem é agredido. Acredito e falo no meu caso pessoal que a dependência financeira (sim viver apenas com um ordenado mínimo não será fácil, especialmente quando há filhos), a vergonha de mostrar aos outros que "falhámos" e a forma como o agressor nos faz acreditar que temos culpa faz com que o passo da separação não seja dado ou demore muitos anos a sê-lo.

Resumindo gostei muito de o ler e já tem lugar de destaque na estante.

Obrigada Magda.

 

Nunca pensei que um gato me pudesse matar de ataque cardíaco, não matou, mas quase.

Trabalho por turnos e no turno da tarde e no da noite gosto de fumar um cigarro antes de pegar ao trabalho (mania parva) e por isso fico dentro do carro.

Abri as portas e ali fiquei eu esticadinha no banco a saborear o meu cigarro e a pensar na via, como quem diz a pensar que a noite estava maravilhosa para um belo passeio à beira mar e que não era justo ficar fechada a tomar conta de 50 e tal velhotes. Senti algo nas pernas, mas pensei ter sido fruto da minha imaginação e lá continuei eu a esfumaçar quando desta vez sinto algo a passar sobre os meus pés. O coração dispara, o cérebro pensa que será uma cobra (o medo dos animais rastejantes),dou um salto para fora do carro e vejo uma cara linda a olhar para mim. Raios partam o gato que entrou no carro sem eu dar por ela.

 

Não me passou pela cabeça que quando tomámos a decisão de mudar de apartamento devido a um problema com infiltrações vindas do vizinho de cima, um ano depois estaríamos a viver a mesma situação.

No outro apartamento depois do problema aparecer ainda esperámos 1 ano para o senhorio resolver o problema e como vimos que a coisa se arrastaria acabámos, ou melhor acabei ( o Miguel já estava em Marrocos) por procurar outro. Não foi uma decisão fácil, pois gostávamos da casa, gostávamos da zona, gostávamos do preço, senhorio era cumpridor (nesta situação anda em guerra o seguro dele com o seguro da proprietária de cima) e uma mudança implicava muita chatice e muito dinheiro gasto.

Há cerca de 1 ano que estamos a viver neste apartamento que também adoramos e não é que me apercebi que  temos uma infiltração vinda do apartamento de cima?

Oh céus se tiver de mudar novamente de casa mudo-me para Marrocos!

 

 

Quem vê as minhas fotos com o crocodilo ao colo pensa que sou uma corajosa, mas não é verdade. Não que o bicho não fosse verdadeiro (muitas colegas acharam que era embalsamado), além de bastante pesado tinha umas unhacas grandes, uma boca enorme ainda tinha os dentes bem afiadinhos, mas para quem pegou naquilo e depois de ver uma sardanisca faz uma cena num sitio publico não pode ser chamada de corajosa.

Sardanisca, osgas e coisas do género causam-me nojo e pânico. A pele que me parece áspera (bem, também achava que os crocodilos o fossem) e a rapidez com que trepam paredes fazem-me ficar possuída. Em Cuba esses bichos são comuns com muita pena minha  o que me faziam andar sempre de olhos bem abertos. Sempre que me deitava nas espreguiçadeiras o chapéu era visto quase à lupa e a minha roupa nunca ficava pendurada nele, não fosse algum desse bichos nojentos entrar na minha roupinha. Ah,  quando estava sentada os meu pezinhos raramente estavam no chão, pois sentir algo a passar neles iria fazer com que todos ficassem a olhar para mim. Apesar de todos estes cuidados acabei por ser a protagonista de uma cena ridícula.

Fomos tomar o pequeno almoço e como sempre coloquei a mochila em cima da cadeira e fui buscar a comida, quando cheguei agarrei nela e quando a ia pendurar na cadeira salta-me uma coisa destas

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lá de dentro. Fiquei de tal maneira em choque que não consegui gritar, apenas atirei a mochila ao chão. O coração parecia que a sair da boca e só sosseguei depois da bicha ir embora e do Miguel retirar todas as minhas tralhas e eu verificar que não havia mais nenhuma. O pequeno almoço foi passado a vigiar o chão, nada me garantia que ela não voltasse para se vingar da corrida em osso expulsão. Já de saída pego na mochila a medo e quando vejo os cordéis que a fecham pareceram-me ser uma bicheza. Bom...dou um grito, a mochila voa e repito vezes sem fim "que nojo, que nojo está aqui outra". Todos olharam para mim e olhem que aquilo estava cheinho de gente.

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Digam-me que não estou louca e que os cordelinhos parecem mesmo uma bicheza.

 

 

 

 

Que "raio" todos mexiam no bicho e eu só pensava em fugir? 

Tinha acabado de demonstrar o quanto era medrosa na cena da lancha com direito a lágrimas e tudo e agora ali estava eu prestes a fazer outra cena.

Os outros estavam inteirinhos, portanto eu iria fazer uma festita, assim uma coisa ligeira, mas ia tocar no António e ia fazer um brilharete.

Não era só o receio de ficar com menos um pedaço de carne, mas imaginava que tocar na pele do bicho não ia ser nada agradável. Na minha ideia aquilo era áspero. Toquei com um dedo e afinal a sensação era melhor do que esperava, toquei com a mão toda, longe da boca e a coisa não era nada desagradável.

Ok já tinha tido o meu momento de gloria e achei que ficaríamos por ali quando vi a nossa colega argentina com ele ao colo. Era louca, só podia. Loucura essa que passou para mim e pensei " Ela consegue? Pois, eu também consigo!

Aqui estão as provas

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Estou tão orgulhosa de mim!

 

 

 

Durante as férias um dos livros que me fez companhia foi este

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Nunca tinha lido nada desta escritora. Não desgostei, mas à medida que o lia revia algumas passagens dos livros "As Cinquenta Sombras de Grey".

Serei eu a única a achar algumas passagens parecidas?

 

 

Quando vi este bicho à minha frente

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em espaço de segundos procurei onde me poderia colocar para não ser comida. O muro ainda que baixo era a única hipótese que tinha. Já tinha tido a minha dose de stress não necessitava daquilo. Depois do dono dizer que ele não mordia o pessoal foi apalpar o bicho. Eu? Nem pensar. Se me tinha safado de morrer afogada não queria morrer a servir de comida. O "gajo" ao colo parecia um bebé, mas tinha um bocarra enorme e com uns dentinhos bem visíveis, logo sendo eu uma gaja boa não duvidava que ia ser a preferida para servir de refeição.

Ah, o bicho chama-se António.

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Durante a viagem de regresso ao hotel combinamos que iríamos logo até ao mar, mas instalou-se uma pequena tempestade e a coisa ficou em aguas de bacalhau. Uns ventozitos, umas trovoadas e a coisa ficou por ali.

No dia seguinte praia, muito mar e algumas preocupações. Sim, porque aqui a menina nem de ferias deixa de ter algumas dores de cabeça. Como o Miguel diz "se não tens motivos para preocupações tu arranjas maneira de as ter". Confesso que até tem razão.

Bom... a minha preocupação dizia respeito à excursão que faríamos no dia seguinte. O passeio de lancha estava a deixar-me em pânico. Ele dizia-me "é pá já andaste e sobreviveste". Pois já tinha andado, mas não tinha gostado nem um bocadinho e dai a umas horitas ia sentar o cú novamente na porra do barco que parece que voa tal é a velocidade que atinge.

No dia seguinte estava um Jipe à porta para nos ir buscar. Ali começava a nossa a ventura, a nossa e mais 3 alemães e 1 argentina.

O primeiro local foi a Praia El Coral para fazer snorkeling. Tinha oferecido algum equipamento ao Miguel para essa pratica e no dia anterior eu tinha praticado e a coisa tinha corrido bem. Estava entusiasmada, mas quando o monitor nos diz que íamos nadar a uma distância de cerca 200 metros da costa e a profundidade era de cerca 5/6 metros ia-me dando uma coisinha. Euzinha sem pé? Nem pensar. Resultado enquanto todos foram para o mar eu fiquei em terra. Fiquei com raiva de mim, pois a miúda argentina também não sabia nadar bem, tinha medo de nadar sem pé, mas tinha tido a coragem de ir e eu não tinha.

E a raiva que senti quando ouvi as descrições sobre os peixes e sobre os corais?

Seguimos para a Cueva. Uma gruta com um lago onde se podia tomar banho nas aguas frias. Tinha decidido nem que ficasse congelada eu teria de ir dentro de agua. Desci os 100 degraus e ali estava eu dentro da agua fria (ainda assim não tão fria como as nossas).

Seguimos para o meu pesadelo, o passeio de lancha no rio Canímar. Se eu já estava mal pior fiquei quando soube que quem ia pilotar aquilo éramos nós. O meu pensamento foi "estou tramada" (confesso que esta não é a palavra correcta). O Miguel nunca tinha pilotado um barco e a argentina também não, portanto aquilo iria correr mal, achei eu. Por mais que me tentasse controlar as lágrimas saltaram. Não queria ficar em terra, mas também não queria ir. Entrei e não vi nenhum colete, não que eu acreditasse que vestindo um e caindo à agua me salvasse, mas não queria arriscar. O colete apareceu e lá fui eu mais tensa que uma tábua com o Miguel a conduzir (devagar para eu não morrer de medo), a chorar a maior parte do tempo e a chegar ao final e ter vontade de bater em mim própria. Prometo que na próxima oportunidade que surja de andar novamente num barco não volto a fazer "fitas" (espero não me arrepender da promessa).

Pegámos nos jipes e lá fomos por entre caminhos esburacados e pelo meio do selva mato seguimos para a próxima para aproxima paragem, a quinta Lá Dionisia.

Uma quinta de 1820, onde fomos recebidos pela pessoa que está a gerir a quinta, um senhor de 89 anos e que conheceu um dos últimos escravos que a quinta tinha tido.  Além de ter sido recebido por esta pessoa fomos recebidos por algo que me fez arrepender de ali estar e com vontade de fugir.

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