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Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Em relação ao almoço e às conversas que escrevi no ultimo post, se aquela revelação me deixou revoltada a conversa que conto a seguir deixou-me com as lágrimas nos olhos, deixou-me a pensar nas ridículas reclamações que faço da minha vida, nas ridículas preocupações que tenho no meu dia a dia.

Uma das colegas dizia " Actualmente posso dizer que vivo no luxo. Sim, para mim poder comprar uns iogurtes, um champô, uns chocolates é algo que me faz feliz e que eu me posso dar ao luxo de o fazer".

Ficamos em silêncio à espera que continuasse, não sei o que se passou na cabeça das outras, mas na minha questionei-me o porquê de considerar a compra do raio de uma iogurte uma coisa tão vitoriosa.

Continuou ela " Em casa dos meus pais passávamos fome, muitas vezes não tínhamos nem batatas para fazer uma sopa e pedíamos aos vizinhos e quando havia pão era barrado com margarina porque não havia dinheiro para manteiga. Lavar o cabelo? Era com sabão ou liquido da loiça quando havia. Com 15 anos comecei a trabalhar e partir dali sempre que recebia pegava nos meu pai e íamos às compras. Não pensava em comprar roupa, apenas queria ter comida em casa. E esses dias de compras eram dias de luxo e dias de felicidade. Hoje digo que sou feliz porque tenho comida em casa, abro o frigorifico e posso dar-me ao luxo de escolher o que quero comer".

"Porra" como ainda tenho coragem de me queixar da vida que tenho?

 

 

Há conversar que nos marcam, que nos fazem pensar na vida, naquilo que consideramos dificuldades, nas reclamações que fazemos do nosso dia a dia e na maneira como vemos os outros. Esta semana tive essa experiência.

Durante a hora de almoço, no emprego falava-se de comida e dos gostos de cada uma em relação a vários pratos. Umas diziam ser "boa boca" e outras que eram esquisitas. À baila veio a conversa sobre os utentes das cantina social, para quem não sabe trabalho numa Instituição para idosos e que apoiam os "desfavorecidos" servindo refeições com um valor muito baixo. Falava-se na "vergonha" que as pessoas deviam de sentir em ter de utilizarem este serviço. Dizia eu " Penso que para quem sempre foi pobre essa vergonha não será tão evidente, mas para quem nunca teve dificuldades e de repente se vê a ter de utilizar este meio, deve de ser muito difícil". Dei o exemplo das famílias que perderam os empregos, famílias essas que viviam desafogadamente, que cumpriam os seu compromissos e que ficaram sem meios para os honrar e sem meios de se alimentarem. Falou-se também daquelas pessoas que vivem à conta das ajudas, pessoas que por vezes não precisam, mas que as conseguem.

Uma das colegas falou do caso de uma pessoa que ia buscar comida a uma cantina social e que muitas das vezes deitava a comida fora, que enquanto tinha dinheiro comprava comida e outros bens que não eram de primeira necessidade, mas para não perder direito às tais refeições as ia buscar e que as deitava para o lixo.

Revolta, indignação foi o que senti. Quantas pessoas precisariam daquelas refeições e não tinham vaga?

 

São imensos os desafios em que já fui nomeada e ainda não cumpri. O tempo nem sempre é amigo e nem sempre me deixa fazer tudo o que deveria ou tudo o que queria.

Ontem fui nomeada para mais um e hoje vou cumpri-lo.

A ideia é falar de 10 coisas que amo e 10 que odeio e nomear 10 blogs para o fazerem. Esta parte vou fazer batota e convido quem quiser para o fazer.

Ah, quem me nomeou foi a Inês

10 Coisas que amo:

- Viajar

- A família

- Marisco

- Gatos

- A minha liberdade

- Calor

- A cor verde

- Comer caracóis

- Saber que a Joana medrosa, insegura, que era acusada de tudo o que de mal acontecia no primeiro casamento era culpa dela já não existe 

- Ter tido a coragem de me divorciar

 

10 Coisas que odeio:

- Vinagre

- Andar de barco

- Andar de avião

- Estar longe do Miguel

- Pessoas que humilham os outros

- Pessoas falsas e maldosas e intriguistas

- Atrasos

- Sentir que cada vez mais nos transformam em maquinas trabalhadoras e cada vez com menos direitos

- As minhas ansiedades

- O medo da morte

Depois da morte do pai e passando apenas 22 dias morre a filha.

A minha prima tinha 52 anos e há cerca de 3 anos "ganhou" um cancro. Neste espaço de tempo sofreu muito e segundo a minha mãe a grande maioria das vezes ainda conseguia dar um sorriso. Nesses 3 anos teve de saber lidar com uma colostomia, teve de saber lidar com a colocação do saco de Colostomia (imagino que nada fácil de aceitar), teve vários internamentos e acabou os dias numa Unidade de Cuidados Continuados, onde acredito ter sido tratada com dignidade e que fizeram tudo para que não tivesse dores. Nesses 3 anos, também viu nascerem 2 netos, que infelizmente não poderá vê-los crescer devido a esse monstro maldito chamado cancro.

Hoje irei acompanha-la à ultima morada.

 

 

 

 

 

 

Uma gaja sente que está inspirada e decide que é o dia ideal para ir comprar um biquíni e depois de experimentar mais de 20, chega a casa sem nenhum.

Porquê?

A- O corpinho de antigamente em que tudo caía como uma "luva" já não é o mesmo?

B- Os padrões fazem lembrar as fruteiras?

C- Os modelos não são bonitos?

D- É cínica e não quer gastar muito dinheiro?

E- Andava muita gente às compras e ficou sem paciência?

F- As funcionarias das lojas não foram prestáveis e estragaram-lhe o dia?

 

Quem acerta?

O meu amigo Corvo presenteou-me mais uma vez com um livro. Um belo livro diga-se.

Tens o dom de me fazer ficar agarrada à leitura, o que por vezes não dá jeito nenhum. No outro dia ia começar a trabalhar às 15,30 h e quando olhei para o relógio faltavam 10 minutos para as 15, hora que costumo sair de casa, mas a historia agarrou-me de tal maneira que acabei por chegar um pouquito atrasada. Caramba não podia deixar de saber o final da história.

"A mulher do capitão" fala-nos da guerra colonial, do poder, do desejo, da paixão, do ódio, do amor, da traição, da vingança e da lealdade.

Obrigada meu amigo Ludgero.

 

SAM_1943.JPG

 

 

 

 

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