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Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

É normal que mais de 60 anos de casamento traga implicância, impaciência, saturação e discussões por coisas sem jeito, mas o que não esperava é que trouxesse  crise de ciúmes.

Pois, é o que acontece com os meus pais. Ela com 82 anos e ele com 79.Durante estes anos todos de casamento, nunca ouvi uma discussão mais acesa, mas oiço cada vez mais pequenas embirrações um com o outro.

Ontem, fizeram-me uma visita e a conversa dos anos de casados surgiu porque segundo o meu pai ela tinha mexido no telemóvel dele (para arranjar algo que ele tinha estragado) e tinha-o avariado e claro tinha saído discussão.

Dizia ela "nunca pensei que depois de 60 anos eu fosse chamada de burra e que não servisse para nada".

Ele claro não se ficou a trás e diz "vais agora dizer à tua filha que te trato mal...

-Não, não me tratas mal, mas está sempre a implicar...

-Ah, já que estás a fazer queixas à menina (pois, está claro, aqui a "Je") e também lhe vou contar que a grande maioria das discussões é por ciúmes.

Eu achei que tinha ouvido mal. Ciúmes naquela idade não me parecia ter muita lógica, ainda mais sabendo que o meu pai não é homem de sair sozinho nem de se meter com mulheres. Pergunto "ciúmes? Mas ciúmes de quê?"

Ela dizia que não era verdade, que não tinha ciúmes e ele dizia que não podia falar com ninguém porque era motivo para discussão e que muitas vezes até tinha de fazer que não via as pessoas.

A resposta dela deixou-me de boca aberta "Não podemos ir às compras que o teu pai deixa-me sozinha e vai ter com os antigos colegas de trabalho. A obrigação dele é ficar ao pé de mim, eu é que sou a esposa".

Naquela altura achei que se estava a referir a mulheres, mas estava enganada.

-Se são pessoas que eu conheço é normal que as vá cumprimentar, afinal trabalhei com alguns mais de 30 anos.

Oh, mamã tu tens ciúmes do pai ir cumprimentar os antigos colegas?

-Não é ciúmes, mas às vezes tenho duvidas nos produtos que preciso de comprar e quando vou a ver lá está ele com os colegas.

-Tu sabes que eu te defendo muitas das vezes quando o papá está a gozar contigo, ou se implica e eu acho que não tem razão, mas desta vez tenho de concordar com ele. Se ele se metesse com mulheres ou se ele saísse sozinho eu entendia, mas caramba há mais de 60 anos que onde vai um vai o outro como é que podes ter ciúmes?

O meu pai do outro lado e sem ela ver fazia-me sinal para me incentivar a continuar a "dar-lhe nas orelhas". Parecia que eu estava a dar uma lição de moral a duas crianças.

Desta é que eu não estava à espera!

 

Os que seguiam o meu antigo blog sabem em como eu a credito no destino, isto para dizer que hoje aconteceram algumas situações que me fizeram sentir feliz.

Todos nós temos dias bons,, muito bons, dias maus e dias "assim assim", pois ultimamente tinha alguns dias que apesar de não poder dizer que eram maus, também não posso dizer que eram bons. Sentia-me desmotivada no trabalho, sozinha e com as lágrimas a romperam muitas vezes.

A ida o Miguel, ainda que bem pensada por vezes traz-me algumas duvidas. Duvidas se valerá  apena  o sacrifício da distância, apesar dele estar bem e  de  as coisas estarem a correr  conforme as expectativas.

Hoje tenho tido motivos para sorrir. A primeira boa noticia foi em relação à filhota e sobre a volta dela ao mundo do trabalho. Há umas semanas  que se encontrava em casa, apesar das várias tentativas de arranjar trabalho.

Depois, não menos importante, recebo a noticia do mecânico que o meu carrito passou na inspecção. Ufa, tirei um peso de cima. Não que ele aparentemente tivesse com problemas, mas tem-me dado tantas dores de cabeça que estava com um "pé atrás".

Outra da situação, que apesar de não saber se a ideia surgiu da avó ou da companheira do pai, a Rita foi convidada para a festa surpresa de aniversario do pai.

E para finalizar tenho uma  agradável   surpresa da Marta http://marta-omeucanto.blogs.sapo.pt    

http://marta-omeucanto.blogs.sapo.pt/depois-do-impossivel-marrocos-e-o-255615 e ainda com este comentário incluído da menina Miss Moihttp://parecequeeumblogue.blogs.sapo.pt

"Também sigo a Joana desde o blogue O Impossível.
Parece ser uma pessoa super calma, equilibrada e moderada.
Um exemplo a seguir."

Bom fim de semana

 

As horas que passei no trabalho depois de saber que o meu carro tinha tido um fanico foram horas cheias de stress.

Só me apetecia chorar, caramba estava sem o Miguel, as mudanças estavam a ser muito cansativas, muita coisa  a tratar e agora estava sem carro?

Eu não merecia tantos imprevistos.

Já para não falar na conta do mecânico, que na  altura não sabia quanto seria, precisava dele. Estava tão desanimada que quando cheguei a casa e falei com o Miguel fartei-me de chorar, apesar de me querer mostrar forte.

Na altura tomei uma decisão  e disse-lhe " não vou mandar arranjar o carro, estou farta de gastar dinheiro nele".

Claro que ele achou que eu estava maluca e não concordou. O facto de eu trabalhar por turnos fazia-o ter receio de ir a pé para o trabalho quando tivesse de fazer o turno da noite.

Passado uns dias acabo por telefonar à assistência em viagem para mandar o carro no  reboque à oficina. Quando o homem chegou expliquei-lhe que o carro não andava e que segundo o mecânico era problema da embraiagem. Ainda assim ligou o carro e inexplicavelmente o carro andou. Lembrei-me que o problema que tinha acontecido à Rita se devia ao pedal da embraiagem ficar preso e era isso que fazia o carro não andar. Há cerca de dois anos tinha acontecido o mesmo e na altura o mecânico tinha colocado uma mola para que o dedal não perdesse a força. Estava explicado que afinal o problema era do pedal e bastava a Rita tê-lo colocado para cima para o carro ter saído do semáforo.

O mecânico informou-me que o arranjo ficaria em 450 euros. Se já estava desanimada ainda mais fiquei. No mês anterior tinha desembolsado 250 da panela do carro. Pedi-lhe uns dias para pensar, pois naquela altura não estava certa que o iria mandar arranjar. Ainda mais quando Miguel só pode ter o carro 6 meses em Marrocos. Entretanto o mecânico diz-me que o consegue arranjar por 300 euros. 150 Euros a menos era dinheiro, mas ainda assim tinha duvidas. Acabei por lhe dar ordem para o arranjar ainda que tenha ficado aborrecida por em apenas 1 dia baixar o preço. Não entendia o porquê, apesar de me dizer que tinha a ver com a marca das peças.  A mina minha revolta baseava-se em ser cliente há vários anos, nunca ter ficado a dever nada, aliás sempre paguei a pronto e nunca lhe pedi para colocar peças de origem, uma vez que o carro não valia isso.

Pior fiquei quando fui buscar o carro, paguei e a meio do caminho paro num semáforo e quando vou para arrancar o raio do carro vai a baixo. Volto a dar à chave, vou para colocar a mudança e vejo que o pedal da embraiagem estava em baixo, tal como antes de ser arranjado.

 

A grande maioria da tralha já estava na casa nova, mas muita coisa ainda havia para levar.

É impressionante a quantidade de coisas que guardamos e que não usamos. Na ultima mudança, cerca de 5 anos antes já tinha dado muita coisa, mas desta vez apesar de dar muito acabei por conseguir ganhar algum dinheiro.

As únicas vezes que tinha ido ao OLX tinha sido para procurar apartamento, mas numa dessas idas acabei por ver que havia muita gente que colocava coisas à venda.

Porque não fazer o mesmo?

Ter mais de 300 livros e imaginar a quantidade de caixotes que teria de transportar fizeram com que fizesse uma selecção e colocasse alguns à venda. Acabei por comentar com colegas e acabei por facturar algum dinheiro. Coisa que nestas alturas faz sempre jeito.

O facto de ir para uma casa onde já tinha electrodomésticos fez com que colocasse à venda os meus. Ainda moram cá alguns, mas acredito que mais dia menos dia eles iram morar para outro lar.

Voltando às mudanças, era nas minhas folgas e depois do trabalho que eram feitas. Cerca de 1 semana após encontrar casa tudo o que era necessário já lá estava, mas havia muito ainda para transportar.

Tudo corria bem quando a minha filha me foi levar ao trabalho com o meu carro, já que o dela estava na oficina para fazer uma arranjo que estava agendado e já depois de me ter deixado me liga toda aflita a dizer que o carro tinha parado e não andava. E tinha resolvido parar no pior sitio...num cruzamento com semáforos e ainda mais sendo a primeira da fila. Imaginam a aflição dela ao telemóvel e a minha por não a poder ajudar?

Eu digo-lhe para telefonar ao avô, já que a ele estava na nossa nova casa e o local onde o carro tinha empanado era pertíssimo.

-Mas eu já liguei e ele nunca mais chega. Estou a passar-me...

-Rita, não adianta nada estares-te a passar, pois não é isso que resolve o problema. Já que ele não chega liga à assistência em viagem. Digo-lhe eu aos gritos.

 Tento ligar para o telemóvel da minha mãe e vejo que tenho cêntimos apenas. Isto das mudanças fez-me esquecer de o carregar. Felizmente uma colega de trabalho empresta-me o telemóvel dela. Ligo-lhe e nada de atender, ligo para a Rita e confirma que o avô ainda não chegou e que ninguém atende na assistência em viagem. Estou quase a largar o meu trabalho e a pegar num táxi para ir até lá quando me diz que afinal os avós estão a chegar. O meu pai confirma que o carro trabalha, mas não anda. Peço para ligar à assistência e responde-me que não sabe como o fazer.

Felizmente uma alminha caridosa ajudou-os a empurrar o carro para um local que não impedia a passagem.

Oh, dia de loucos!

 

 

Confesso que quando li a primeira noticia sobre a fotografia da Jessica Athayde não compreendi muito bem e achei que seria alguma brincadeira, mas depois de continuar a ver e a ouvir sobre o mesmo tema apercebi-me que a coisa era seria.

Bem, devo dizer que durante anos e anos fui magra, muito magra (1,55 com 42 quilos)...tinha complexos e não gostava do que via no espelho, mas em muito contribuíam as criticas para me sentir assim. Varias foram as consultas que a minha mãe marcou entre nutricionistas e médicos de família. Uns diziam que eu podia e devia de comer a qualquer hora e tudo o que quisesse, outros diziam que eu apenas podia comer às refeições e nem um rebuçado devia comer entre as refeições para o apetite surgir. O que é certo a balança não mexia, nem uma grama.

Calculam as vezes que eu me sentava na mesa a convencer-me que teria de comer para engordar? Nada resultava e até mesmo a ultima esperança de o ser não resultou. Falo da esperança de engordar quando fui mãe. Infelizmente ainda fiquei mais magra. Como se não bastasse a vida familiar não ajudava e eu sentia-me horrível.

Quando as pessoas me diziam "estás tão magra" era como me matassem um pouquinho. Não têm a noção do quanto podem magoar com uma simples frase "estás tão magra" ou "estás tão gorda". E é por isso que condeno as todas as criticas que têm surgido. Primeiro surgiram sobre o corpo(diga-se maravilhoso e lindo) da Jessica e depois as criticas que apareceram sobre as magras.

Há pessoas gordas que gostam de ser assim e outras magras que se adoram. Qual o problema?

Não conheço o meio em que os modelos vivem,  não conheço o corredor da moda e afins, mas se aquilo que já li sobre algumas agencias obrigarem as modelos a emagrecerem para serem contratadas  for verdadeiro ai sim, tenho pena delas.

O meu blog não é importante, logo não tenho esperanças que vá ser lido por muita gente, mas tenho esperança de alguém tropeçar nele  seja algumas das pessoas que criticam tanto os com peso a mais ou a menos e pense quanto erradas estão.

Gostei de ler o que a Jessica escreveu no seu blog http://jessyjames.pt/?p=3054 

Ah, felizmente a idade trouxe-me 8 quilos a mais, portanto quem sofre do mesmo problema poderá ainda ter esperança.

 

 

 

 

Apesar de estar cheia de sono estava decidida a não sair da câmara até ter o problema da água resolvido.

A funcionária que me atendeu não era a mesma que me tinha tratado do pedido.

Expliquei que eram para terem ido colocar o contador no dia anterior e que ainda estava sem água. A resposta da senhora não me agradou e segundo ela poderia demorar até 5 dias úteis. Interiormente estava a explodir, mas calmamente mostrei o papel à senhora onde dizia que seriam dois dias.

-Pois a colega que lhe fez o pedido não devia de ter posto 2 dias...

-Pois, mas pôs e se assim não fosse eu ainda estaria na casa antiga. Como deve calcular não me agrada e não posso aceitar passar o dia de hoje e um fim-de-semana sem água em casa.

- Minha senhora a empresa que faz esse serviço é uma empresa externa e nada tem a ver com a câmara.

-Acredito, mas também acredito que tenham o número de telemóvel da tal empresa que por sua vez se for contactada saberá contactar o tal funcionário que irá colocar o contador na minha casa. Como sabe hoje em dia toda a gente tem telemóvel...

-Vou ver o que posso fazer, mas não prometo nada.

-Acredito que irá conseguir e eu ficarei ali à espera na salinha.

-Ah, mas pode demorar. O melhor é ir para casa que se eu conseguir entro em contacto.

- Não se preocupe que apesar de ter feito noite e de ainda não ter dormido não faço conta de sair daqui sem ter a certeza que irei ter agua hoje.

Tudo isto dito com muito calma, o que acredito que facto de estar com sono me tenha tornado mole e me tenha evitado perder as estribeiras.

Menos de 5 minutos depois vem a tal senhora e diz-me " O técnico vai a sua casa agora".

Agradeci e apesar de ter uma caminhada de 15 minutos a pé já que o carrinho anda estava na oficina para ser tratado do fanico, ia satisfeita.

Já com água na torneira foi hora de uma banhoca e em vez de ir dormir fui arrumar os caixotes que ainda estavam por arrumar.

De rastos, mas satisfeita!

Alguns meses antes da partida do Miguel já andávamos à procura de casa. Um problema grave de infiltrações vindas do apartamento por cima do nosso e apesar do empenho do senhorio em resolver o problema acabámos por ver que não tínhamos alternativa. Quase um ano depois de detectar o problema, duas seguradoras que não se entendem e um administrador de condomínio que não cumpre o seu papel fomos obrigados à dura tarefa da mudança. Melhor dizendo, fui, pois a escolha e a mudança apenas se deu quando o Miguel já estava por terras marroquinas.

A escolha da casa não foi fácil. Procurava algo de preferência mais barato, perto da zona onde vivia e que tivesse condiciones para viver com conforto. Apenas em Agosto encontrei algo que agradou.

Como devem calcular não ter um homem em casa para ajudar não foi "pêra doce". Contactei algumas empresas de mudanças, coisa nada fácil, pois ter um feriado antes do fim-de-semana da mudança dificultava a disponibilidade de algumas. Felizmente o meu trabalho por turnos fez com que não tivesse que pedir dias. Os meus pais, apesar da idade ajudaram imenso. Vários dias o meu carro, o da minha filha e o do meu pai fizeram dezenas de viagens. Felizmente que as duas casas eram perto uma da outra.

Tudo corria bem e dentro do planeado quando o meu carro resolveu dar-lhe um fanico e recusou-se a andar. A embraiagem decidiu que estava na altura de ser substituída. Um arrombo, não só na questão das mudanças como nas despesas.

Ainda assim e apesar de me ter ido a baixo com este imprevisto acabei por arregaçar as mangas e continuar. A última noite foi passada no apartamento antigo e a dormir no chão, pois toda a mobília já tinha sido levada e os planos de ter água nesse dia caíram por terra.

Já tinha tido dificuldade em tratar da aquisição do contador, pois os dados na câmara não batiam certo com os dados da morada. Vai dai peço à imobiliária para me arranjar a caderneta predial, coisa que achei que iria resolver o problema. Nada disso. Supostamente a morada correcta era a que estaria na caderneta, mas o raio da letra "C" que estava em sistema na câmara fazia com que a funcionária não tivesse a certeza de ser aquele apartamento. Nem eu a dizer que apenas faltava aquele contador em todo o prédio fazia com que as coisas se resolvessem. Vendo o meu desespero e confiando em mim a moça lá tratou de tudo. Segundo ela e ficando escrito, na pior das hipóteses dai a 2 dias teria agua. Pois, ao 3º dia não a tinha e como aqui a menina não é de ficar de braços cruzados, apesar das 10 horas anteriores em cima do "coiro" serem passadas a trabalhar logo que acabei o turno dirigi-me para a câmara...

 

Sempre fui muito cumpridora das leis e das regras, mesmo daquelas que sou contra.

Refiro-me ao estacionamento aqui na minha cidade. Durante anos não havia nenhum que fosse pago, depois a câmara decidiu colocar paquímetros em tudo o que era estacionamento. Não seria um problema se houvesse opção, mas os que não são pagos não ficam à mão e pior o comercio está  morrer no centro da cidade desde que as pessoas tiveram que começar a pagar para estacionar. Eu até gosto de fazer caminhadas, mas o Miguel evita-as ao máximo. A semana passada servi-lhe de motorista, já que ele deixou o carro em Marrocos.

Com a vinda dele aproveitamos para fazer as alterações no cartão de cidadão e nas Instituições bancárias com que trabalhamos.  

Nesse dia decidi colocar o carro no parque pago perto dos sítios onde tínhamos de ir.

Fazer as alterações demorou o seu tempo e já estávamos de saída da ultima quando alguém comentou que tinha de ir retirar outro ticket de estacionamento quando me lembro que não tinha tirado o meu. Claro na altura pensei que já estava tramada e que já tinha uma multa.

Apressei o passo e o Miguel com a sua calma diz-me "sem stress, se tiveres de ser multada já foste".

- A culpa é tua...

-Minha? E porquê?

- Porque tu destabilizas todos os meu horário, planos e percursos. Se gostasse de andar a pé tinha estacionado noutro lado.

Apesar do meu stress deu-nos para rir.

Chegamos ao parque e vejo o policia, vamo-nos aproximando e eu tento espreitar se o meu carro tinha algum papelito no vidro. Naquela altura não sabia se ele já tinha passado pelo carro ou não, o que quer dizer que eu não sabia se deveria dizer alguma coisa ou ficar caladinha. Ao aproximar-me do carro pergunta-me "É a condutora?"

-Sim, sou.

-Onde está o ticket?

-Oh sr. policia estava mesmo a dizer ao meu marido que me tinha esquecido de o tirar, mas posso ir tira-lo se quiser...

-Vá-se lá embora. Tem sorte porque acabei de chegar.

Tive mesmo sorte, mas eu mereço, pois até quando sei que vou demorar apenas 2 minutos não deixo de colocar as moedinhas na maquina.

Desta vez foi apenas um descuido que podia ter corrido muito mal.

Esta pequena ausência deve-se a um bom motivo. A vida do Miguel a Portugal.

Por lá comemora-se o Celebração l-aid l-kbir

http://www.guiamarrocos.com/feriados-festivais-marrocos/

Por aquilo que ele me contou e pelo que li não me parece que fosse gostar de estar por lá nesta altura. Choraria baba e ranho se visse matar alguma ovelha.

Tradições que respeito, embora me faça impressão.

 

...eu só perguntava "então e agora" e ele ia tentando que a porta abrisse.

Não havia nada a fazer a não ser ir à cidade à tal loja que não falava espanhol. Precisávamos da colaboração da L. para fazer de tradutora.

Mais uma tentativa e a porta abriu.

Descobriu que a fechadura tinha uma tampa que rodava e que a porta só abria se a tampa tivesse no sentido certo.

Resumindo, da primeira vez bastava rodar a tampa e evitava tanto stress e tanto transtorno e varios Dirham  gastos. 

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