A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.
A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.
A nossa chegada à ilha coincidiu com o aniversário do Miguel e no dia seguinte comemorávamos 21 anos que estávamos juntos portanto queríamos um restaurante especial para jantar.
A escolha foi dele e muito bem escolhido.
Romântico, boa comida e com um empregado à altura do momento especial.
Pedi arroz de polvo que estava delicioso e ele costeletas de borrego que segundo ele estavam no ponto e saborosas.
Numa determinada altura em conversa com o funcionário falámos que era o aniversário do Miguel e aniversario do nosso "ajuntamento". Falámos também de sobremesas e que a mousse de chocolate era algo que o Miguel adorava.
O jantar decorria tranquilamente, sem pressas, com muitas histórias do nosso passado e das recordações especiais ao longo destes anos quando o empregado apareceu com algo especial. Um prato com mousse e uma vela.
Confesso que fiquei de lágrimas nos olhos.
A viagem até à Madeira foi tranquila, tal como a aterragem.
Já com os pés no Funchal fomos à procura do balcão para levantar o carro. Aqui tivemos um primeiro "stress", mas nada que estragasse a as ferias. Quando alugámos carro havia uma opção que segundo nosso entendimento estávamos protegidos em caso de acidente. Afinal não estava e tínhamos 2 opções, ou deixávamos uma caução de 1200 euros ou pagávamos o seguro extra. Ainda ponderamos deixar caução, mas rapidamente mudamos de opinião quando a funcionária nos deu alguns exemplos " um espelho partido são cerca de 200 euros, mais os dias em que o carro está parado".
Não Esqueci rapidamente o dinheiro do seguro e fomos à aventura. Enquanto andávamos à procura do hotel encontrámos uma pastelaria especial, tão especial que passámos por lá todos os dias.
Encontrado o hotel ,que não desiludiu. Simples, limpo, com estacionamento gratuito, bem situado e com bom pequeno almoço.
Nas pesquisas que tinha feito em casa tinha ficado com a ideia que a alimentação não era barata, isto comparando os preços praticados na minha cidade e realmente confirmei.
A primeira escolha foi bem perto do hotel, no restaurante Dragoeiro. Almoçámos no pateo e digo-vos que é lindíssimo...repleto de árvores e flores. À noite ainda se torna mais bonito e romântico. Quanto à comida...não impressionou. Pedi espada com molho de maracujá e banana. Gostei do molho, mas o peixe estava seco. Sendo um prato típico esperava muito mais.
O jantar ficará para outro post, pois foi muito especial.
No próximo Domingo é o aniversário do Miguel e este ano resolvemos ir passa-lo à Ilha da Madeira, .
Nenhum de nós conhece e já à muito que falávamos em querer conhecer.
Pedi preços a 2 agências de viagens, mas ao ver os preços achei que ainda não era desta. Resolvemos "meter a mão na massa" e acabamos por ser nós fazer a reserva do avião, hotel e carro, poupando assim alguns euros.
Apesar de já termos ideia dos locais a querer conhecer aceitam-se sugestões, especialmente de restaurantes.
Aqui a escrava apenas tem um fim de semana de folga por mês e gostamos de o aproveitar (se bem que ultimamente o meu desanimo me faz querer ficar em casa), seja com um passeio, um almoço, um jantar ou passar o fim de semana todinho fora de casa.
Como Miguel tinha um evento desportivo em Peniche decidimos que iríamos dormir por lá. Normalmente cada um faz as suas pesquisas e depois juntamos-nos e decidimos em conjunto. Desta vez por culpa dos meus horários horríveis foi o Miguel que acabou por escolher e fazer a reserva.
Vi fotos, vi a confirmação da reserva e fiquei descansada.
Chegámos ao Almagreira Surf Hostel e dirigimos-nos para a recepção. A porta não abria, a campainha não tocava e o telefone que tocava e ninguém atendia. Achámos muito estranho, eu dizia que já tínhamos sido enganados e ele a achar que aquilo era de algum surfista que estaria no mar.
Fomos falar com um conhecido lá da terra que arranjou o contacto do proprietário. A resposta que obtivemos foi "O hostel está fechado à mais de 1 ano".
Eu não queria acreditar que no que estava a ouvir e na minha cabeça surgiam muitas questões: Como era possível reservar algo por um site conhecido e não existir à tanto tempo?, E o dinheiro que já tínhamos pago quem devolvia?, Onde iríamos dormir?
Felizmente a pessoa que conhecíamos arranjou onde ficarmos e a troca não nos desiludiu e pudemos usufruir do fim de semana.
Senhores proprietários quando têm estaminé e encerram-no não se esqueçam que há regras a cumprir; cancelar as contas nos vários sites de reservas.
Verificámos que a quantia não tinha sido descontada (ufa!!)
À uns meses o meu irmão e a esposa vieram passar uns dias a Portugal. Não altura não foi possível encontrarmos-nos. Uns dias mais tarde, já se tinham ido embora, a minha mãe telefona-me e diz-me " O mano deixou aqui uma coisa para ti, parece uma garrafa de vinho. Quando passas aqui para a vires buscar?"
Disse-lhe que passaria entretanto. Perguntei-lhe pelo meu pai e diz-me " foi a casa do M. levar uma prenda que o teu irmão deixou para ele."
Achei muito estranho e pergunto-lhe " O mano deixou uma prenda para ele? Que estranho, eles não têm ligação e já não se vêm à anos"
-Pois não. O teu pai e eu também achámos estranho, mas a mulher do teu irmão disse que uma era para ti e a outra era para o M.
Uns dias mais tarde ao telefone agradeço a garrafa ao meu irmão e ele pergunta-me se o bolo era bom. Fiquei confusa e digo-lhe "Bolo? Que Bolo?
- A mãe não te deu um bolo?
-Não, mas não te preocupes. Se calhar esqueceu-se.
De repente lembro-me do tal presente para o M e pergunto " tu deixaste-lhe algum presente para o M?
- Para o M? Mas porque havia de deixar? Já não nos vemos à anos?
Estava explicado, a nossa velhota mais uma vez tinha feito confusão.
O meu irmão falou com ela e ela continua a jurar a pés juntos que a mulher dele é que fez confusão. Portanto a culpa é da minha cunhada (que não conhece a pessoa em questão) e não da minha mãe.
Felizmente o engano não foi grave e ainda deu para rir ( cá em casa)
Já aqui tinha contado que a minha mãe está a ficar confusa, mas a coisa está a piorar e muito. Já fez exames e os médicos dizem que estas confusões fazem parte da idade. É verdade que trabalho à vários anos com idosos e estas confusões são "o prato do dia" mas a verdade é que quando são os nossos é mais difícil de aceitar.
Esta semana conversávamos sobre um familiar que mora no estrangeiro e que tinha chegado de ferias.
Mãe- Ele está praticamente cego e os médicos dizem que não o podem operar.
Eu- Não podem? Então porquê?
Mãe- Tem Alzheimer e os médicos dizem que com essa doença não o podem operar.
Eu- Não podem? Engraçado nunca tinha ouvido falar que uma pessoa com essa doença não podia ser operado aos olhos.
Mãe- Pelo menos em França não operam. O teu pai também tem essa doença...
Eu- O meu pai tem essa doença? Desde quando?
Mãe- Já à muito anos. Não te lembras de ele andar muito tempo nas consultas em Coimbra?
Eu- Sim lembro, mas quem disse que o meu pai tem Alzheimer?
Mãe- Foi o medico lá em Coimbra.
Fiquei ali a pensar nas consultas de especialidade que ele teve em Coimbra e se me tinha escapado algo. De repente faz-se luz e pergunto-lhe " Mamã tu sabes o que é Alzheimer?"
Mãe- Claro que sei, é a doença nos olhos.
Eu- Tu não estás a querer dizer Glaucoma?
Mãe- Ah pois é isso mesmo. Oh filha não ligues, é a minha cabeça.
...à fulana que que tem uma profissão que adora, que recebe o ordenado a tempo e horas, mas que sente que essa mesma profissão a está a "matar"?
...à pessoa paciente e compreensiva que está a dar lugar a uma pessoa, impaciente, intolerante e com mau feitio?
...à pessoa que tem uma vida familiar boa, com momentos maravilhosos e que ainda assim parece não chegar?
...à pessoa que alcança objectivos e não fica realizada?
Gosto de cumprir prazos e não sou pessoa de deixar para a ultima coisas que têm de ser feitas, mas desta vez esmerei-me .
O IRS já foi submetido.
Aguardo agora o reembolso e desejo que seja tão rápido como foi submetê-lo.
Lendo este post da Mula lembrei-me de uma situação que aconteceu à umas semanas.
O Miguel não vem almoçar a casa e almoça num restaurante perto do emprego. Um destes dias saiu do carro, deixando-o estacionado relativamente perto do restaurante e quando se ia aproximar do carro viu que tinha a porta com uma brutal pancada. Ainda procurou o possível culpado, já que tinha a certeza que era um carro azul, pois era essa cor que ficou na porta. Ninguém viu e mesmo estando atento nos dias seguintes não encontrou o culpado.
Perante isto questiono-me, tal como a Mula se à remédio para a humanidade?
Já agora vou aproveitar para deixar um recadinho à alminha que causou o acidente, não vá a pessoa ler este post e eu deixar a oportunidade de lhe agradecer.
Obrigada por nos fazeres chamarmos-te todos os nomes possíveis e imaginários, obrigada por termos de colocar um elevador novo, já que o vidro deixou de abrir e principalmente um grande obrigada por nos obrigares a despesas extras.
Ah e um obrigada não menos importante por me obrigares a andar a pé, quase uma semana já que o Miguel teve de levar o meu carro enquanto o dele esteve na oficina.
Gostava tanto de te conhecer...para te partir as trombas!
Sexta feira fui jantar fora e vivi uma situação que veio reforçar a duvida que já tinha em relação ao que se passa com a humanidade, em especial com os homens.
Já estávamos sentados quando chegou um casal com 2 crianças, uma com cerca de 13 anos e outra com uns 3 anitos. Sentaram-se na mesa ao lado da nossa e não me recordo de os ter ouvido conversar até ouvir a voz do homem bastante alterada e a insultar a mulher. "Cabra" e afins, tal como todo o palavreado possível e imaginário. Inicialmente achei que estava a falar com alguém ao telemóvel, não que isso fizesse com que a situação tivesse desculpa, mas quando tive a certeza de que estava a falar para a mulher fiquei chocada. Eu e o Miguel olhávamos um para o outro como que a perguntar se aquilo seria a serio. Numa determinada altura oiço a mulher a dizer "não sou tua mulher" e resposta dele "pois não, és só a gaja que eu sustento".
Houve alturas que achei que ele ia partir para a violência física. Eu olhava para ele a tentar que se envergonhasse e parasse com aquelas provocações, mas ele parecia possuído.
Acabaram por ir embora e inevitavelmente ficámos a falar daquela situação. As perguntas que eu fiz e ainda faço é o que aconteceu aquela mulher depois de estar longe dos olhares de outras pessoas. E as crianças? Como se sentem a ouvir aquele homem a insultar a mãe? O que poderia eu fazer para parar com aquilo?
Espero que aquela mulher nunca faça parte desta longa lista.