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Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Pela experiência que tive com o meu primeiro casamento e por alguns casos que conheço sou de opinião de que quando num relacionamento as discussões são constantes, onde o respeito deixa de existir, onde os objectivos de vida são diferentes e quando sabemos que não somos felizes nem conseguimos fazer feliz o nosso companheiro mais vale cada um seguir a sua vida. Sei também que não é um filho que vem salvar um relacionamento, muito pelo contrario, muitas vezes a criança é motivo de maior discórdia, discussão e afastamento (mesmo vivendo de baixo do mesmo teto). 

Este suposto "salvamento" vem na maioria das vezes da cabeça das mulheres que acham que têm o direito de engravidar mesmo contra a vontade do parceiro. Creio que todos nós ficamos chocados quando sabemos de casos de mulheres que engravidaram e os companheiros não quiseram assumir. Chocados por saber que a "coitada" vai ter de ir lutar em tribunal para que seja obrigado a assumir e que seja obrigado a dar a pensão de alimentos. Então e os homens que não querem ser pais? Os homens que informaram as companheiras que não querem ter filhos não têm direito de escolha?

Este tema veio-me à cabeça porque encontrei uma pessoa que há uns anos engravidou contra a vontade do companheiro.

Quando se conheceram já ele tinha 2 filhos de outro casamento. Iniciaram o relacionamento e rapidamente foram viver juntos. Ele uns 20 anos mais velho. Desde o inicio lhe disse que não queria ter mais filhos. Ela aceitou, embora por vezes lhe falasse em filhos. Ele continuava a manter o mesmo desejo. A relação atravessava uma fase complicada quando ela decidiu engravidar. Sim, ela achou que tinha o direito de ser mãe apesar do companheiro não querer. Deixou de tomar a pílula sem lhe dar conhecimento e passado uns meses dá-lhe a noticia que estava grávida. A primeira reacção dele foi pedir-lhe para abortar, coisa que ela negou. Se o relacionamento estava mau passou a ficar muito pior. Deixaram-se de falar apesar de viverem na mesma casa. É importante referir que ele já antes de a conhecer estava bem monetariamente e ela nunca quis trabalhar. Muitas vezes dizia que ele tinha dinheiro suficiente para a sustentar. Isto para dizer que apesar de engravidar contra a vontade dele nunca deixou de lhe dar dinheiro para o que ela precisasse. A criança nasceu e a coisa piorou. Ela dizia que não tinha tempo para lhe fazer a comida, pois tinha de cuidar da criança. Faltava também a ligação do pai à criança. Ela não lhe deixava pegar, pois dizia que era só dela, que ele não a tinha querido e que por ele tinha morrido. Acabaram por se separar. Ele foi viver para outra casa que tinha e ela continuou a ser sustentada por ele a viver no apartamento dele. Era frequente ela visitar-me ou eu visita-la, mas acabei por me afastar. As conversas eram sempre as mesmas e deixavam-me enervada. Dizia-me que o filho iria saber por ela que o pai lhe tinha pedido para o matar. A criança ainda não percebia nada, mas era frequente dizer-lhe "O teu pai não presta", "O teu pai não gosta de ti". Muitas vezes eu pedia-lhe para não falar assim, que deveria deixar a criança crescer e ser ela a decidir se queria o pai na sua vida ou não. 

Alguns meses mais tarde acabaram por voltar a viver juntos.Já passaram 7 anos. O pai adora o miúdo, o miúdo adora o pai, a mãe continua a falar mal do pai, ela continua a não quer trabalhar e achar que ele tem obrigação de a sustentar. Vivem juntos apenas pelo miúdo e continuam a ser infelizes.

 Achei este post muito interessante.

Pergunto eu: Tem a mulher mais direito a querer ser mãe do que o homem a não querer?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ultimamente tenho visto algumas reportagens sobre pessoas assassinadas e desaparecimentos e a forma fria e descontraída como falam dos casos deixam-me a pensar. Acabei de ver uma entrevista sobre o Rodrigo no CMTV e além de ficar chocada com as perguntas do "jornalista" fiquei chocada como a mãe se mostrou. Fiquei a pensar que ali falta qualquer coisa.

Como se consegue dar uma entrevista calmamente quando se tem um filho desaparecido há uma semana? O jornalista pergunta " Já falou com o pai do Rodrigo depois de ele desaparecer?" e a senhora responde "Não, não falei trato-me muito mal, não me queria dar o divorcio e não falamos" . Não vi emoção, preocupação, desespero, pânico...

Oh, porra então num caso destes não será caso para deixar de lado todas as guerras?

É certo que cada um tem a sua forma de mostrar sentimentos, mas parece-me que uma mãe tem um filho desaparecido em que não sabe se está morto ou vivo tenha em comum a emoção verdadeira estampada no rosto. E aqui não senti nada disso.

Eu própria não falo com o pai da minha filha, mas se algo acontecesse ele seria uma das primeiras pessoas que contactaria.

Não posso deixar de desejar que o rapaz apareça rapidamente são e salvo.

Nota: Este post foi editado, uma vez que consegui encontrar o vídeo onde se vê a reportagem.

 

Há decisões difíceis e a que tomei hoje foi uma delas.

Eu e Miguel já tínhamos falado varias vezes se não estaria na altura de tomar precauções para não engravidar. Não me sinto com a idade que de facto tenho, mas confesso que foi ela que forçou esta decisão. 47 Quase 48 anos é motivo mais do que suficiente para abdicar do sonho de voltar a ser mãe.

Dos 12 anos em que tentámos tive muitos momentos de ansiedade em que achava que estava grávida, houve algumas frases maldosas que me deitaram abaixo num ou noutro momento, houve muitos momentos em que o Miguel me deu a força que eu precisava para arrebitar, houve muitos momentos em que estive obcecada por engravidar e houve muitos momentos em que deixamos ao acaso.

Como o Miguel diz, se o filho não veio é porque não tinha que vir.

Hoje quando me dirigi à consulta de planeamento familiar para decidir qual o método contraceptivo a usar foi como se parte de mim tivesse morrido...

O titulo do post pode ser um pouco exagerado, mas é como ultimamente me tenho sentido em relação aos meus pais e aos seus disparates.

Há uns tempos atrás telefonaram lá para casa e deram a volta ao meu pai para mudar de operadora do telefone fixo. Já eram clientes há anos da mesma operadora e embora fossem "bombardeados" todos os dias pelas várias que existem no mercado ele lá iam resistindo.

Visto que não queriam mudar dei-lhes alguns conselhos para quando fossem abordados. Uns meses depois e após tanta insistência lá mudaram.Foi uma dor de cabeça e ainda continua a ser, pois não conseguem lidar muito bem com o telefone e são muitas as vezes que me telefonam para pedir ajuda além de que têm um filho no estrangeiro e que depois de mudarem pagam as chamadas, coisa que não acontecia antes.

Depois deste episodio "martelei-lhes" tanto na cabeça que achei que seria "remédio santo".

Infelizmente, não foi.

No inicio da semana recebo uma chamada da minha mãe, a contar-me que tinha sido contactada por uma menina muito simpática (palavras dela) e que lhe tinha dito que durante 18 meses não precisava carregar o telemóvel. Fiz-lhe várias perguntas às quais não me soube responder. Que operadora lhe tinha telefonado? O que ganhavam eles com isto, uma vez que ninguém dá nada a ninguém? Qual a mensalidade que tinha de pagar para não ter de carregar o telemóvel?

Lá descobri que operadora era e liguei para saber as resposta a estas perguntas.  Ora não me pareceu bom negocio, uma vez que ela carregava normalmente com 10 euros que lhe dava para para todo o mês e com esta adesão passava a pagar todos os meses cerca de 15 euros, podendo telefonar para todas as redes. Poderia ser vantajoso se não tivessem telefone fixo, mas que não era o caso.

Depois de falar com os meus pais e explicar-lhes tudo decidiram anular o contrato. Não sendo possível fazer pelo telefone lá teve que ir aqui a "Je"até à loja da dita operadora, com os velhotes.

Depois de esperarmos bastante tempo lá chamaram o nosso número, expliquei à senhora o que se passava e o motivo pelo qual os meu pais queriam desistir. Tentou convencer-nos do contrario e vendo que não conseguia colocou-me em linha com a chefe (palavras dela). Ter de explicar novamente o que se passava e a insistência da fulana deixou-me irritada. Disse-lhe que era uma opção nossa e que era de lamentar contactarem pessoas com mais de 80 anos e convencerem-nas a mudar, ainda mais pessoas que não entendem nada de tarifários e afins. Respondeu-me que quando ligam para casa das pessoas não sabem a idade da pessoa e que o pai dela tinha essa idade e que percebia muito bem acerca dos telemóveis, tarifários e redes. A resposta dela deixou-me ainda mais irritada e digo-lhe "pois mas a minha mãe disse à pessoa que a contactou a idade que tinha e que não percebia nada do que lhe estava a falar". Acho que fiquei de todas as cores tal era  a raiva quando ouvi da boca dela "então se não percebia devia dizer que não estava interessada". A única resposta que me saiu e que deixou as pessoas que estavam na loja a olhar para mim, inclusive os meus pais foi "Olhe anule-me a "mer@d#a" do contrato que eu já estou a perder muito tempo!"

Compreendo que todos precisamos de dinheiro, mas ganha-lo à custa de impingir coisas a pessoas que não têm a noção do que estão a adquirir e que ainda informam que não estão a perceber sobre o que estão a falar, não me parece honesto.