Nunca pensei que um gato me pudesse matar de ataque cardíaco, não matou, mas quase.
Trabalho por turnos e no turno da tarde e no da noite gosto de fumar um cigarro antes de pegar ao trabalho (mania parva) e por isso fico dentro do carro.
Abri as portas e ali fiquei eu esticadinha no banco a saborear o meu cigarro e a pensar na via, como quem diz a pensar que a noite estava maravilhosa para um belo passeio à beira mar e que não era justo ficar fechada a tomar conta de 50 e tal velhotes. Senti algo nas pernas, mas pensei ter sido fruto da minha imaginação e lá continuei eu a esfumaçar quando desta vez sinto algo a passar sobre os meus pés. O coração dispara, o cérebro pensa que será uma cobra (o medo dos animais rastejantes),dou um salto para fora do carro e vejo uma cara linda a olhar para mim. Raios partam o gato que entrou no carro sem eu dar por ela.