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Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

O meu ultimo post foi uma brincadeira, pois nunca trocaria os meus pais, embora seja verdade quando digo que me deixam à beira de um ataque de nervos.

Já o tinham feito com a mudança de empresa de telefone fixo, na compra de um colchão, na mudança de tarifário que não serviam para eles e agora na "compra" de um alarme.

Estou certa de que haverá muito mais coisas em que os safei de problemas e não me recordo.

A semana passada telefona-me e a conversa foi a seguinte:

- Ai filha não dormi nada esta noite (como se fosse algo novo) a pensar no disparate que fizemos...

-O que foi desta vez?

- Sabes veio cá um senhor que por acaso até é da cidade onde moras (nada me admira que a minha mãe tenha dito exactamente onde moro) para nos vender um alarme e vem cá amanhã instala-lo, mas não tenho a certeza que eu e a tua mãe tenhamos feito bem.

- Então e em vez de me ligarem ontem antes de decidirem ligam-me hoje a dizer que estão arrependidos? Quantas vezes já vos pedi para não se meterem em nada sem primeiro falarem comigo? 

-Tu tens razão, mas não sei o que aconteceu.

-Já assinaram contrato?

-Assinamos um papel para virem instalar e tem o preço.

- Como se chama a empresa?

Dizem-me um nome que nunca ouvi falar. Ah, esta conversa toda com a voz de fundo da minha mãe a dizer "diz-lhe isto, diz-lhe aquilo".

-E de quanto tempo é o contrato?

-Isso não sei?

-Não sabes? Então aceitas algo que não sabes quanto tempo dura? Já agora quanto vão pagar?

-Só vamos pagar 500 e qualquer coisa mais 39 euros todos os meses. E ele conseguiu um bom preço até telefonou para o chefe a dizer que éramos idosos e em vez de pagarmos mais de 700 euros fez-nos pouco mais de 500 e vamos pagar por duas vezes.

-Não estou a perceber, se ontem estavam certos que queriam o alarme como é que hoje mudam de ideias?

-Eu sempre disse ao rapaz que não queria e ele insistiu para chamar a mãezinha e foi ai que abri a o portão e falamos na garagem, sim não o deixei entrar em casa! Depois da tua mãe dizer que já tinha visto alarmes desses por aqui e dele ter dito que se precisássemos de uma ambulância eles chamavam decidimos que era bom.

- Ah, abriram o portão? Tu achas que se ele quisesse fazer alguma coisa de mal era a garagem que vos safava? Quantas vezes eu já vos pedi para falarem através do portão e para não o abrirem a ninguém?

O portão de que falo é bastante alto e dá perfeitamente para ver quem está do outro lado, portanto não há necessidade de o abrir para falarem com pessoas que não conhecem.

Pedi-lhe o numero do tal vendedor e disse-lhe que ia tentar saber mais e que entretanto ligaria. Primeiro fui à Net pesquisar e descobri que o nome que o meu pai tinha dado era do aparelho e não da empresa. Fiquei mais descansada por ser uma empresa muito conhecida. De seguida telefonei ao vendedor e expliquei-lhe que os meus pais tinham duvidas, assim como eu. Queria saber qual a duração do contrato, como funcionava o alarme, pois achava que a coisa não ia correr muito bem nas mãos deles uma vez que mexer num simples telemóvel era uma carga de problemas. Ora a duração seria 24 meses a 39 euros mais IVA e o manuseamento era muito fácil, segundo ele. Apenas carregavam num botão quando saiam de casa e era accionado e quando chegassem carregavam novamente e desligava-se, assim como o procedimento seria o mesmo quando fossem dormir. Ora sabendo que o meu pai tem noites em que se levanta mais de 10 vezes para ir à casa de banho parece-me que a coisa não ia funcionar muito bem. Não duvido que ficasse a noite acordado a pensar se o alarme estaria ligado ou desligado. Ah e as vezes que iria ter à central sem se aperceberem?

Antes de terminar a conversa com o vendedor disse-lhe que ia transmitir estas informações aos meus pais e que a decisão era deles e ele diz-me " mas eu já mandei vir o equipamento e já marquei com o técnico". Pois, acredito, mas o equipamento não foi feito especialmente para os meus pais e o técnico certamente tem telemóvel para ser contactado e evitar uma ida desnecessária caso os meus pais decidam não querer o equipamento.

Depois de explicar os prós e os contras o meu pai pergunta-me qual a minha opinião. Não lha pude dar e expliquei-lhe que teriam de ser eles a decidirem, pois eu não queria ter a consciência pesada caso acontecesse algo e eu lhes tivesse dito para não o colocarem.

Optaram por não instalar. Se foi a melhor opção? Não faço ideia, mas conhecendo como conheço o meu pai fosse qual fosse a decisão iria arrepender-se sempre.

Isto vai servir de emenda? Claro que não e eu vou estar aqui para resolver a situação.

 

 

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