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Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Fico passada dos carretos quando oiço coisas do género "A família não quer saber dele e enfiou-o num Lar", " A obrigação da família é tomar conta dos idosos",  e quando li alguns comentários sobre este caso ainda fiquei mais passada.

Estes são só alguns que me fizeram dizer uma data de caralhadas  "E estes avós porque é que tiveram de ir para o lar? A mesma neta que tira fotografias e não respeita a privacidade deles, não poderia levá-los para casa dela ou mobilizar toda a família para resolver o problema? Porque é que tem de ser sempre o Estado a resolver os problemas? Quando forem a ver, todos vivem confortavelmente, gastam pipas de massa em vícios e com animaizinhos domésticos, lugar para os velhos é que népias... É mais fácil dizer que precisam de ajuda... pois tratar deles dá muito trabalho e despesa. Esquecem-se que é para onde caminhamos e nem todos chegámos à velhice. HIPOCRISIA e FALTA DE VERGONHA!"

"Que tristeza de familia. ...egoismo a flor da pele....onde estão os filhos??? Será k estes dois idosos não merecem ser respeitados!!!É absurdo....repugnante...a familia ( filhos ) ter tempo para tudo e não têm tempo para os cuidar.....o Karma existe minha gentinha"

 Quantas pessoas fazem comentários do género sem saberem se a família tem condições para conseguir lidar com o familiar? Quando falo em condições não me refiro monetariamente, mas às condições de saúde do idoso, às condições da casa, se a família tem maneira de se ausentar do emprego para cuidar da pessoa ou se o idoso pode ficar sozinho em casa durante umas horas?

No outro dia fiquei chocadissima com uma colega em que falava de uma idosa que sofre da doença de Alzheimer e que ambas conhecíamos. O marido tinha-a colocado numa instituição para poder descansar durante umas semanas. A minha colega dizia-me " Para descansar? Ele não quer é cuidar dela"

Eu até compreendo (mas irrita-me) que as pessoas que não fazem a pequena ideia do que é cuidar de alguém com a doença de Alzheimer possam ter comentários do género, mas uma pessoa com anos de experiência a cuidar de idosos deveria pensar de outra forma. 

Imaginem algumas situações:

-Pedirem a uma pessoa para se vestir e ela não conseguir. Vocês tentam fazer essa tarefa e ela não deixa. Pior ainda, torna-se violenta. Vocês vão tentando com calma e paciência e ao fim de 10 minutos a pessoa continua por vestir.

-A pessoa não come sozinha e quando vai para a ajudar recusa comer. Você vai tentando com calma e paciência e a pessoa não come. Pior ainda fica violenta e manda com o prato pelos ares.

- Durante a noite ambos estão a dormir (doente e cuidador) e quando o cuidador acorda vê a pessoa e tudo à sua volta sujo de fezes.

Estes são apenas 3 exemplos com que os cuidadores poderão ter de lidar diariamente. Será difícil imaginar o cansaço físico e psicológico destas pessoas? Podemos condenar ou apontar o dedo aos que se sentem exaustos e colocam o seu familiar numa instituição?

Falando agora sobre o caso da noticia do casal que foi colocado em Lares diferentes.

É triste e acreditem que me choca muito, mas não posso condenar a família. Que sabemos nós para apontar o dedo?

-Não sabemos se o casal tem condições de saúde para ficar numa casa. Existem doenças em que não são compatíveis com o conforto do seio familiar.

-Não sabemos se as casas dos familiares têm condições para os receber. Há casas que têm de ser adaptadas para reunir condições para que os doentes possam estar em segurança, mas nem todas as casas podem ser adaptadas.

- Não sabemos se os familiares têm disponibilidade para ficarem com eles. São raras as pessoas que não necessitam do ordenado ao fim do mês para sobreviver, como tal não podem arriscar a perder o emprego. 

-Não sabemos se os familiares têm conhecimentos de como cuidar deles. Há doenças que é necessário serem 2 pessoas ao mesmo tempo a cuidar para não colocar em risco a vida da pessoa. Refiro-me aos posicionamentos e às transferências para a cadeira de rodas ou cama.

Não sei a realidade dos outros países, mas imagino que seja a mesma que por cá existe. Existem falta de Lares, como tal vão enchendo rapidamente e quando acontecem situações do género não existem quartos vagos para entrarem 2 pessoas ao mesmo tempo.

Resumindo: 

Na minha opinião a ida da pessoa para um Lar deve de ser o mais tardia POSSIVEL (dependendo da opinião da pessoa, pois há casos em que querem mesmo ir). Deixar o seu espaço e os seus objectos deve de ser doloroso, tal como deve de ser doloroso para os familiares terem de tomar esta decisão, mas muitas das vezes a ida para uma Istituição é a uinica possivel. A minha experiêncial profissional leva-me a não apontar o dedo a estes familiares ou a casos do genero.

 

 

 

Mas o que é isto ?

As pessoas não podem vestir o que querem?

Onde está o RESPEITO e a LIBERDADE?

Acredito que hajam mulheres muçulmanas que são obrigadas a vestirem burkini pelos seu companheiros, mas e as outras que o vestem porque querem?

O que acharíamos nós se os nossos governantes decidissem proibir o uso de calças ou mini saia?

As varias vezes que fui a praias marroquinas vi mulheres de burkini e outras com biquíni, inclusive eu.

Se me senti incomodada? Não.

Se vi as marroquinas incomodadas? Não.

Ali estávamos centenas de pessoas vestidas da forma que escolhemos apenas a usufruir do sol e da agua.

E é assim que tem de ser!

 

 

Depois de ler este post da mula lembrei-me de uma cena triste aqui da "Je".

No dia anterior a irmos de ferias resolvi pintar o cabelo de preto azulado ( Esta minha pancada com o cabelo e mudanças de cor continua), convém referir que tinha o cabelo pelos ombros. Sai da cabeleireira satisfeita e ansiosa para mostrar ao mundo a minha mudança. 

Fizemos a viagem de noite e chegámos ao hotel de madrugada. Como ainda era cedo para fazer o check in e a piscina FELIZMENTE (já vão perceber o porquê desta palavra) estava fechada fomos até à praia. A temperatura da agua era demasiado boa para desperdiçar uma banhoca e vai dai dou um mergulho. Bem...não foi bem um mergulho, mas acabei por me molhar toda. Ao sair da agua vejo o Miguel e o casal que estava connosco a olharem para mim e a rirem. Não estava a perceber nada e não estava a gostar. O Miguel perguntou-me "caíste num balde de tinta preta?"

Imaginem a cena: Euzinha linda e maravilhosa a escorrer tinta preta (azulada, diga-se) pelo meu belo corpinho.

Dou graças a Deus da piscina estar fechada, pois certamente teria de ser despejada à minha conta.

O resto do dia foi passado com a cabeça de baixo do chuveiro para que a tinta saísse toda.

Portanto se querem pintar o cabelo com cores fortes sem passarem vergonhas pintem-no uma semana antes de irem de ferias.

 

A cor era mais escura, mas o tamnho era este.

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Andava eu às compras quando oiço alto e bom som " Pois eu li os comentários, mas não ligues que ela e uma puta".

Virei-me e vi duas fulanas. Uma de telemóvel ao ouvido e outra ao lado. Depois de desligar diz " está toda chateada com os comentários" e a outra responde " não andou a meter fotos no Face com as tetas à mostra? Agora aguente-se".

Pelo meio ainda tive direito de ouvir uma data de palavrões. 

Eu de olhos arregalados e a sentir o calor na cara de vergonha e elas a comportarem-se como se estivessem sozinhas.

À minha volta encontravam-me mais algumas pessoas que estavam tão chocadas como eu. 

Se são assim em publico nem consigo imaginar como serão em casa. Pobres vizinhos!

 

Há dias difíceis e hoje foi um deles.

Detesto que me venham com meias palavras para dizerem que alguém falou mal de mim. O diz que disse não é para mim.

Não compreendo as pessoas que necessitam do ordenado ao fim do mês e acham que não têm de se esforçar.

Irritam-me pessoas que reclamam por tudo e por nada e pior quando reclamam sabendo que não há outra forma de fazer as coisas.

Cada vez tenho mais dificuldade em entender as pessoas. 

 

Hoje acordei com a "telha" e depois de ir ao supermercado e ter encontrado esta alminha ainda fiquei pior. Eu bem sabia que lhe devia de ter explodido.

Cheguei a casa e meti-me a fazer limpeza. Só assim costumo acalmar (sim sou um pouquito louca). Hoje a "telha"era maior e vi que tinha de fazer mais alguma coisa para relaxar.

Há dias  que acordo assim e não tenho motivo, mas desta vez não tenho um mas vários motivos.

1-Tentei antecipar as minhas ferias e não há hipótese. Portanto só poderei ir a Marrocos daqui a um mês.

2- Queria ir à apresentação do livro do clube de gatos do sapo e não posso. E porquê? Porque aqui a menina está a trabalhar. Portanto não poderei conhecer algumas meninas daqui da blogosfera.

3-  Este assunto ainda me deixa irritada.

4- O maridão faz anos daqui a 22 dias e eu não sei o que lhe oferecer. Oh deus!

Tenho ou não tenho motivos mais do que suficientes para andar com a "telha"?

Continuando com o assunto inicial.

Decidi que iria mudar a decoração do quarto. Ora como não me apetecia sair de casa novamente teria de me desenrascar com o que tinha.

Fui ao roupeiro buscar uns cortinados que há muito estavam guardados. Agarrei nas molduras e em algumas peças de decoração e levei-as até à marquise. Pequei numa lata de tinta e coloquei as mãos no pincel.

O quarto com decoração laranja passou a azul.

Estou satisfeita e muito mais relaxada.

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Andava eu nas compras quando num dos corredores me cruzo com uma parva senhora. Quer dizer cruzar não cruzei pois a fulana tinha o carrinho atravessado no corredor. Fiquei à espera que o chegasse para o lado para poder passar. Qual quê. A parva senhora mesmo vendo que eu não conseguia passar continuou a tirar uma a uma 12 latas de sumo. Na 10ª digo-lhe a sorrir "se der um jeitinho eu consigo passar". Tirou mais 2 e nem um pedido de desculpa.

Segui chamando-lhe uma serie de nomes feios , ainda que mentalmente. Não sei o porquê, mas fez-me sentir melhor.

No corredor seguinte encontro-a novamente e lá estava com carrinho atravessado. Desta vez apenas olhava para a prateleira e eu ali à espera. A minha vontade era dizer-lhe "tira a merda do carro da minha frente ou tenho de o tirar eu?", mas calmamente digo-lhe "dá-me licença?".

Se pediu desculpa? Nada, nem uma palavra. Já para não falar na cara de poucos amigos com que me olhou.

Fiquei a pensar se a mulher teria um problema mental ou se era daquelas que saia de casa à espera de arranjar problemas.

Pela 3ª vez encontro-a e como tal das outras vezes tinha o carrinho a tapar a passagem. É verdade que os corredores não são largos, mas se estacionarmos o carrinho junto das prateleiras não há dificuldade em passar.

Visto que a mulher não tirava o carrinho virei costas e fui por outro corredor.

Estava furiosa com ela, mas mais ainda comigo. Então em vez de lhe atirar com uma lata de feijão à cabeça ou de lhe chamar nomes directamente não lhe digo nada?

Joana Maria bateste com a cabeça em algum lado e ficaste com as ideias avariadas. Só pode!

 

 

 

Ler coisas destas "os homens são todos iguais fod.... estava tão bem sozinha tive me meter mal" e passado 3 dias leio na pagina da mesma fulana "juntos nao ha estrela que nao possamos alcançar, nem sonhos que nao possamos realizar.
Pedido de casamento a beira mar" dá-me volta ao estômago de tão agoniada que fico.

Mas as pessoas não pensam antes de falar escrever?

Há necessidade de cada vez que se chateiam vir para o Face dar a conhecer ao mundo? 

 

 

Comecei a conversa sem lhe perguntar o que se passava, pois não queria ouvir novamente " não se passa nada". Disse-lhe que me trava com frieza, dei-lhe exemplos, disse-lhe que também achava que tinha direito a ficar sentida de nunca me perguntar pela minha filha, ou pelos meus pais, disse-lhe que sentia que o valor da amizade não era visto da mesma forma por uma e por outra e disse-lhe que gostava de perceber o que se tinha passado para nos tornarmos quase 2 estranhas. Confessou que realmente a nossa amizade tinha mudado, mas que achava que era uma fase, que não tinha noção de me tratar com frieza, que realmente nunca me perguntava pela minha família, mas que nunca o tinha feito anteriormente e não era por mal. 

Voltei-lhe a perguntar o porquê das coisas terem mudado? Se tinha havido algo que eu tivesse dito ou feito. Respondeu-me que não tinha havido nada de especial.

Disse-lhe que mais magoada ficava, pois não havendo motivo era sinal que a nossa amizade não valia nada. Que tinha a consciência tranquila de que tinha feito tudo para a manter, inclusive falar com ela todas as vezes que sentia que algo não estava normal. Que me custava dizer que aquela amizade me estava a fazer mal, mas que tinha de o dizer, pois era a realidade.

No final disse-me que não queria perder a minha amizade, que era uma amizade sincera e que iria fazer os possíveis para mudar, ainda que não achasse que tivesse errado.

Disse-lhe que era melhor dar-mos tempo ao tempo e que se a nossa amizade não sobrevivesse era porque não tinha de ser.

Já em casa recebo uma mensagem a dizer que tinha estado a pensar e que realmente não tinha agido bem, que tinha sido egoísta e que me agradecia de ter sido tão honesta pois só depois de falarmos é que se tinha apercebido que me tinha magoado e que desejava não ser tarde demais.

Passaram 3 dias e continuo triste, magoada e desiludida. Uma amizade tem fases? Fases menos boas apesar de não haver nada?

Ainda assim não vou dizer que não quero mais aquela amizade. Vou dar tempo ao tempo de deixar acontecer o que tiver que acontecer.

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