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Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Depois de estar uns dias sem aparecer tinha ideia de fazer um post com os bons momentos passados com o Miguel nestas mini férias, mas ficará para outro dia, pois não posso deixar de falar da rixa em Lisboa.

Estávamos num restaurante quando vimos as primeiras imagens. Durante vários minutos apenas víamos um homem a dar com algo na cara de outra pessoa e a foto de alguém com um enorme golpe na cara. Não sabíamos quem era quem, nem o que estava acontecer. Estávamos chocados com tanta violência.  Na minha opinião aquele homem tinha de ser condenado por deixar o outro com a cara naquele estado.

Passado umas horas e já em casa vi novas imagens, imagens essas que me fizeram mudar de opinião. 

Posso condenar um homem que defendeu a sua vida, ainda que o tenha feito com extrema violência? Posso condenar um homem que defendeu os seus bens e o seu ganha pão?

Posso defender um grupo que não aceita um NÃO e parte para a destruição e violência?

Posso desculpar uma pessoa que agride outra pelas costas ainda que tenha ficado ferido com gravidade? 

Daquilo que vi e ouvi não posso condenar o dono do restaurante. Que lhe aconteceria se não tivesse o objecto que tinha na mão?

Quanto ao grupo envolvido...não vou falar de raças, pois pretos, brancos ou amarelos são todos iguais (bons e maus como em todo o lado) vou antes dizer que são pessoas desordeiras, violentas, sem noção do que custa trabalhar diariamente para viver com dignidade e sem respeito pelo próximo. 

 

 

 

É mais fácil suportar a azia provocada pela minha hérnia do que aquela provocada pelas pessoas que trabalham em equipa e não ajudam por não serem as suas funções. Isto apesar de as saberem fazer e de saberem que seria uma preciosa ajuda para que o trabalho corresse bem.

Oh gentinha de bosta!.

 

Ainda não fiz o IRS, mas já me está a dar algumas dores de cabeça. O ano passado o Miguel ainda tinha alguns rendimentos de Portugal, uma vez que só foi para Marrocos em Maio, agora este ano todos os rendimentos dele vieram de lá. Fizemos algumas pesquisas na net e como ficámos com algumas duvidas fui até à repartição de finanças para as tirar.

A senhora que me atendeu para facilitar, segundo ela mandou-me uma data de folhas imprimidas para eu ler e tirar as duvidas. 

Depois de as ler estou exactamente com as mesmas duvidas e não me parece que valha a pena voltar lá.

Estou a ver que a vinda dele na próxima semana será passada no Site das Finanças e certamente intervalando com algumas idas até lá.

Dai-me paciência!

 

 

Felizmente tudo correu bem no hospital. Livrei-me dos pólipos que se tinham multiplicado a um ritmo alucinante ( de 3 passei para 10) e ganhei uma ulcera. Agora aguardo o resultado da biopsia.

A cena do hospital mais parecia um drama e eu claro a actriz principal.

Cheguei muito mais cedo, o que foi um erro pois o tempo que estive sentada à espera deu para imaginar todas as hipóteses possíveis para que corresse mal. 1 hora após a hora marcada lá me chamam. A enfermeira fez-me algumas perguntas e eu apesar de fazer um esforço para não começar a "mijar" pelos olhos não consegui. Um míni dilúvio abateu-se naquela sala. Já mais calma sou levada para um quarto com varias camas aonde vesti aquela bata horrível e deitei-me à espera. A enfermeira veio colocar-me o soro, coisa que doeu ainda mais tendo de ser picada 2 vezes. Mais uns minutos de espera e lá vou eu para a sala dos horrores. Nesta altura já eu estava com os olhos repletos de agua e com um nó na garganta. Estava a médica, a anestesista, a  enfermeira e uma auxiliar todas elas  a meterem-se comigo. Mais uma vez não consegui evitar e lá veio mais um dilúvio.

- Então que se passa?

- Estou nervosa e cheia de medo.

- Não vai custar nada.

-Não vou mesmo sentir nada?

Antes que a médica me respondesse a auxiliar diz-me:

- A chorar dessa maneira não há anestesia que pegue.

-Ai não me diga isso que eu já não faço o exame.

- Eu estava a brincar. 

Dão-me a anestesia e passado 1/2 minutos começo a sentir a cabeça esquisita e só me lembro de perguntar "sinto a cabeça pesada é normal?" e ela me responder "É exactamente isso que se quer".

Apaguei completamente e quando acordei já estava no recobro. Sem dores e sem me lembrar de nada.

Hoje continuo sem dores, apenas com uma ligeira impressão na garganta e a língua um bocado lixada. Nada que não passe.

Obrigada ao pessoal que esteve a torcer por esta piegas sem emenda.

 

 

Desde que soube quando ia ao hospital fazer a cirurgia para retirar os pólipos que tinha ideia de ir com os meus pais, mas desde que o vi conduzir mudei de ideias (esta aventura ficará para um outro post). Já irei nervosa o suficiente portanto não precisos de mais nervos.

Visto que o Miguel está longe não me pode acompanhar e a filhota com contracto temporário não quero que falte para me acompanhar e correr o risco de ficar sem emprego vou sozinha.

Agora estou aqui acagaçada e a contar as horas para o pesadelo acabar.

Espero que a anestesia faça efeito e eu não sinta nada, que enfiem o tubo no sitio certo, que não seja alérgica à anestesia e não encontrem nada de grave.

Vai haver muita choradeira, muitos nervos, muita ansiedade e não vou ter ninguém para me segurar na mão.

Fiquem desse lado a torcer por mim para voltar para casa sã e salva.

 

Na sexta feira tinha pensado dormir da parte da manhã uma vez que tinha feito noite, mas depois de voltas e voltas na cama decidi levantar-me. O programa pensado era dedicar-me às arrumações, mas quando abri a janela e vi o dia lindo que estava pensei "Aleluia que S. Pedro fez-me a vontade". 

Com aquele sol não me apetecia ficar em casa e resolvi antecipar aquilo que tinha destinado fazer no sábado. Não tinha ido à rua, mas achava que estava uma temperatura agradável para vestir os trapitos novos que o Miguel me tinha trazido de Marrocos. Antes de me vestir para sair decidi experimentar varias peças para ver o que ficava bem com uma saia que tinha comprado para as ferias. Sabia que o tipo de saia e o padrão não ficaria bem com qualquer coisa por isso peguei no top branco e vesti o conjunto.

Oh Deus do céu que me ia dando uma coisinha má. Estava tudo perfeito à excepção da zona abdominal. Aquela saliência, ou melhor dizendo aquelas saliências proeminentes tipo escadinhas fizeram-me ter a certeza que necessito de algo assim

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Imagem retirada daqui

 Lingerie adelgaçante clássica Mafalda Malva €19,90

Imagem retirada daqui

Se já estava com o dia estragado pior fiquei quando coloquei os pés na rua. Então não é que S. Pedro mandou sol com um frio de rachar?

 

 

Ao longo de 10 anos de trabalho na área de geriatria foram muitas as situações com que tive de me controlar para não falar o que me apetecia. A grande maioria das vezes com os familiares dos utentes. Aqueles que acham que por pagarem podem exigir tudo e mais alguma coisa, mesmo coisas que sabem que nem nas próprias casas o conseguem fazer. Dou um exemplo de um utente vir para a Instituição com 2 pares de calças, 2 ou 3 camisolas e a família achar que é roupa suficiente para poder ser lavada, seca, passada ferro e arrumada no roupeiro no mesmo dia. Quando o vem visitar e o vêm vestido com calças que a instituição arranjou não gostam e reclamam que a pessoa tem roupa própria. Nessas alturas eu digo " Agora imagine que vestimos umas de manhã e se suja ao almoço. As primeiras vão para lavar, mas como deve calcular cuidar da roupa de mais de 50 idosos não nos permite ter a roupa pronta de imediato. Até na nossa própria casa não conseguimos fazer isso".

Casos do género eu consigo lidar sem demonstrar desagrado, mas lidar com pessoas mal educadas e ridículas e que se acham engraçadas não consigo evitar de deixar estampado no meu rosto o meu desagrado.

À uns dias tive um desses momentos.

Os familiares de um utente vieram à Instituição para dar uma triste noticia à pessoa. Pediram-me apoio caso se sentisse mal. 

Queriam falar com ela sozinhos e coloquei-os à vontade para caso necessitassem tocassem à campainha que iria de imediato. Passado uns minutos a campainha tocou e claro a primeira ideia foi que seriam eles. Verifiquei que não eram, mas ainda assim fui até ao quarto saber se necessitavam de algo. Um dos familiares agradeceu e diz-me que ela estava bem. Um outro a rir diz-me algo que na altura achei que tinha percebido mal e digo-lhe "desculpe não percebi". Volta a dizer-me "Estaria bem se me trouxesse uma cervejinha geladinha".

Confesso que tive de me controlar muito para não lhe perguntar se achava que aquele era o momento indicado para fazer uma piada?". Olhei para ele com olhar de indignação e volto as costas. Passado uns minutos vi-o e ainda pensei que me viria pedir desculpas, mas o parvalhão limitou-se a olhar para mim com olhos e riso de quem se estava a meter comigo.

Espero não me cruzar com ele tão depressa, pois para a próxima poderei não conseguir evitar de responder. 

 

 

 

...que tenho pena de mim própria.

Desde que tenho o carro novo que ainda não tinha andado com ele. Por um lado ainda não tinha o seguro activado, coisa que dará matéria para um outro post e por outro a vontade de mexer no bicho era nula. Depois de o seguro estar tratado já não tinha desculpa para dar ao Miguel e tive de lhe fazer a vontade e andar com o bicho. 

Sentadinha no carro naquele banco que mais parece uma poltrona, o espelho na posição certa olho para o manipulo das mudanças e tento visualizar a aula que o vendedor me deu. Lembrava-me de qualquer coisa como carregar no travão para o carro pegar. Carreguei, dei às chaves e nada dele pegar. Tentei uma, tentei duas e nada. Na minha cabeça o carro tinha avariado. Telefonei ao Miguel .

- O carro não pega.

-Não pega? Carregaste no pedal do travão?

-Sim, mas não pega.

-Tenta novamente.

surgiu-me a duvida se carregava no travão, tirava o pé e dava à chaves ou se teria de carregar no pedal e ao mesmo tempo dar à chaves. Fiz a ultima opção e ele pegou. 

- Já está!

-Então o que é que fizeste de diferente?

A sentir-me tão burra ainda pensei em não contar esta parte, mas achei que ele não merecia.

-Foi apenas uma questão de timing. Em vez de deixar ficar o pé no pedal tirei-o antes.

Ele ria e dizia " só tu" e eu dizia " ai que nervos".

-Vá vai lá andar com o carro...

- Agora? Estou tão nervosa que nem me lembro o que fazer.

-Vá deixa-te de fitas que tu consegues.

-Ok então fica a rezar para chegar com o carro inteiro.

Fui e vim com o coração ao pulos, mas sem problemas na condução.

Quando voltámos a falar perguntou-me "Então como correu?"

-Obviamente que correu bem.

Desta situação estou safa, mas já tenho a próxima para me atormentar. Dia 12 vou fazer a cirurgia para retirar os pólipos e mentiria se dissesse que não estou nada em pânico.

Mas porque raio vivo em constante ansiedade, mesmo sabendo que tudo vai correr bem?

 

 

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