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Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Marrocos e o destino

A ida do maridão para Marrocos trouxe muitos imprevistos, peripécias, aventura e muitas saudades. É aqui que irei tentar "expulsar" os medos, as tristezas, as alegrias e as saudades.

Quando escrevi este post   http://marrocoseodestino.blogs.sapo.pt/2014/09/02/  não o finalizei e hoje relembrei-me de um episodio que me aconteceu com o raio da tal porta e achei que era o dia para o finalizar.

Na altura que ele viu que a porta não abria não havia nada  a fazer a não ser ir trabalhar e depois ao final do dia se veria. 

Depois de sair do trabalho lembrou-se que tinha visto uma loja de portas e fechaduras perto de casa e foi até lá. Na altura e apesar de ir com o meu sobrinho nem um nem outro sabiam falar árabe. Felizmente que o dono da loja falava espanhol. Depois de explicar a situação mandou um funcionário acompanha-los para resolver o problema. Varias tentativas e nada da porta abrir, o tal funcionário chamou e patrão e também não conseguiu resolver o problema. Segundo ele ou arrombava a porta ou aquilo era coisa para um especialista. O Miguel teve algumas duvidas se ele se referia a um ladrão que arromba portas. Arrombar a porta não seria solução pois,  teria uma despesa bem maior. Não conhecendo nada lá lhes explicou que havia uma loja na cidade que deveria resolver a situação. chegados lá, mais um problema, apenas falavam árabe. A única alternativa era ir buscar a mulher do meu sobrinho que era marroquina.

Depois de ela explicar lá foram a casa munidos de varias ferramentas e fechaduras.

Depois de varias horas, entre a primeira empresa e esta a coisa estava resolvida.

Até eu chegar a porta sempre trabalhou bem e num dos dias em que fiquei sozinha em casa resolvi ir até ao shopping perto de casa. Antes de sair resolvi experimentar as chaves e em boa hora o fiz, pois a porta por fora não abria.

Havia de ser engraçado sair e quando chegasse não conseguir entrar em casa. Teria de esperar por ele umas boas 7 horas. Bem sempre tinha alguns gatos para me distrair.

Era meu habito ir até à varanda espera o miguel chegar e quando o vi abri-lhe a porta e contei-lhe o que tinha sucedido. Experimentou as varias chaves que estavam em casa e realmente nenhuma funcionava. Não compreendia, mas a dele funcionava e isso bastava. Ainda brincámos acerca dele querer-me fechada em casa. Saímos para ir beber um café e quando chegamos a porta não abria. O raio das chave dele que sempre a abriu deixou de funcionar. A única explicação era o facto de andarmos a mexer na fechadura e que alguma coisa tinha saído do sitio.

Ok, agora estávamos os dois fechados na rua...

Em relação a este assunto http://marrocoseodestino.blogs.sapo.pt/sera-alguma-bruxa-5192 não sei explicar como, mas apareceu dentro da carteira na qual procurei insistentemente por vezes.

Depois de varias procuras, em que meti os dedos dentro de todas as ranhuras que a carteira tem resolvi ir dormir para não dar em doida.

Depois de acordar resolvi voltar a fazer exactamente o mesmo e não é que a carta de condução estava lá?

Sim, sim exactamente nos sítios em que já tinha procurado.

Estarei a ficar louca?

Já aqui tinha comentado que tinha tido muitas peripécias enquanto andei de volta da mudança de casa e estava á espera de acabar de contar as coisas boas dos dias que passei junto do Miguel para depois contar as situações que quase me deixaram louca. Pois vou ter de abrir uma excepção e desabafar aqui e agora antes que a probabilidade de elouquecer aumente.

Sou bastante certinha no que se refere à papelada e gosto de tudo tratado e dentro da legalidade, por esse motivo a semana passada fui tratar de alterar a morada do cartão de cidadão. Paguei 15 Euros, pois como ainda tinha o BI antigo que estava a caducar acabei por ter que pagar mais. No caso de ter já cartão de cidadão pagava apenas 3 euros para alterar a morada. Como as despesas com a mudança de casa foram mais que muitas decidi apenas tratar de alterar a morada na carta de condução e nos documentos dos carros apenas no mês que vem. Desembolsar 95 euros agora não estava nos planos. Digo não estava porque vai ter de ser.

Então não é que hoje andei a arrumar a minha carteira, pois ainda tinha o BI antigo, assim como o cartão do medico e o numero que contribuinte, coisa que já não era necessária quando dei por falta da minha carta de condução.

Fiquei gelada com os pelos em pé!

Eu tão atinadinha tenho andado a conduzir sem carta?

E pior não sei desde quando e também não sei o que aconteceu.

Pensei, pensei e apesar da dor de cabeça que se começava a formar achei que poderia estar no registo civil. Não que fosse preciso a carta de condução quando fui fazer o cartão de cidadão, mas poderia tela tirado da carteira e tê-la deixado lá. Telefonei e infelizmente também não estava.

Procurei em toda a casa e nada.

Lembrei-me que poderá haver uma possibilidade ainda que remota que possa aparecer. Recordo-me de quando estive em Marrocos que retirei todos os documentos que não eram necessários e coloquei-os no roupeiro. Apenas andava com o Passaporte. Tenho quase a certeza que no dia que fiz a mala para o regresso coloquei os tais documentos novamente na carteira, mas não me recordo de ver a carta de condução. E o mais estranho é que não me recordo de a ver quando cheguei nem quando me fui embora.

Agora aguardo que o Miguel chegue a casa e vá à procura pela casa. Sei que é quase impossível estar lá, mas ainda me resta uma réstia de esperança.

Uma coisa é certa, não poderei conduzir até aparecer a antiga ou até tratar de uma nova.

Estou aqui uma pilha de nervos, mas não vais ser esta merda que me vai atirar ao tapete!

Portanto Srª Bruxa é melhor ir chatear outra alminha que eu já tive a minha dose.

Acontece por vezes amigas desabafarem sobre a vida, sobre os problemas da vida e os arrufos com os companheiros e por norma oiço e não gosto de dar opiniões. Já diz o ditado "entre marido e mulher não metas a colher".

Mas quando ontem encontrei uma  amiga e quando lhe pergunto se está tudo bem e me responde com os olhos cobertos de lágrimas "não", a primeira coisa que me passou pela cabeça foi que tinha sido despedida. Pois, não foi  e se lhe perguntar se preferia tê-lo sido não tenho duvidas na afirmação.

O problema é que o companheiro de 10 anos de namoro e 4 meses de vivencia em comum lhe tinha dito que sabia que não a ia conseguir fazer feliz, nem ele proprio o ser com ela.

Mais um pensamento na minha cabeça " Encontrou outra pessoa". Segundo lhe disse não tinha mais ninguém, mas os sentimentos que sentia por ela não eram os mesmos que antes  e que o que o fazia feliz eram os hobbies dele. Também lhe disse que muitas vezes fazia tempo para não ir para casa, pois não se sentia bem por lá.

A miúda, sim uma jovem de 24 anos é uma miúda e estava inconsolável.

Perguntei-lhe o que tinha mudado nestes 4 meses e segundo ela nada. Ou seja ele com os hobbies dele passava muito tempo fora e ela ficava  à espera dele. Perguntei-lhe também como era o namoro e contou-me que nos 10 anos em que namoraram tinham dois dias por semana para se encontrarem e namorarem (isto fazia-me lembrar o meu namoro há muitos anos).

 Ao longo desses anos apenas tirava dois dias por semana para estar com ela os  restantes eram dedicados apenas às coisas que gostava e que lhe davam prazer. E não me refiro ao emprego, porque ai seria diferente. Imagino que depois de irem viver juntos a consciência dele começava a ficar pesada por saber que ela estava sozinha em casa à espera dele.

Sentia que o mundo estava adesabar, mas achava que ele apenas estava confuso e que iam ficar bem. Achava ela e achavam grande parta das pessoas que sabiam da história.

 Infelizmente eu não tenho tanta certeza assim. São vários os sinais, sinais esses que eu já vivi. Muitas coincidências...que me fazem ficar de pé atrás. Certo que cada caso é um caso e o desfecho pode ser diferente.

Apenas lhe pedi para pensar a longo prazo. Pensar se daqui a 2, 3 anos se vê com a mesma vida e se acha que será feliz.

Em resposta diz-me que o ama, que não se importa de ficar em casa à sua espera e que ultimamente ela lhe tinha dito algumas coisas que não queria dizer.

 Coisas como " Sinto-me apenas como a tua empregada", "Chegas a casa e não me ajudas".

Infelizmente estas frases dizem muito e se as disse é porque as sentiu nessa altura.

Espero que consiga ver a longo prazo que se poderá ser feliz ou não e tomar a decisão certa.

 

O Miguel já me tinha falado de umas palavras portuguesas que não se deviam dizer em Marrocos, pois eram consideradas palavrões. Não era muito fácil evitar, pois é algo que todos nós dizemos e a coisa sai naturalmente. Refiro-me à frase "tá bom".

Pois bem aqui a menina, numa das noites que saímos e que o Miguel estava a estacionar numa das ruas estreitíssimas que existem na cidade, estava a dar-lhe as indicações para não bater na parede e digo alto e bom som "tá bom, tá bom".

Ele diz-me "esqueceste-te que não podes dizer isso aqui?"

Eu envergonhada, olhando para um lado e para o outro e não vendo ninguém digo-lhe " ninguém ouviu". Já a recompor-me oiço uma voz vinda de uma janela de um primeiro andar e vejo um velho a falar algo que não entendo e que imagino que me estaria a descompor. Se anteriormente tinha ficado envergonhada, naquela altura se tivesse um buraco tinha-me enterrado. Comecei a imaginar que entretanto sairiam pessoas dentro de casa e linchavam-me.

Afinal o velho apenas informou que estava a pintar as grades e que podia cair tinta no carro.

Quanto à tradução da frase e acreditando ser verdadeira, pode ter dois sentidos e não sei a qual deles se refere. Um sobre as pessoas palermas, aquelas que não sabem fazer nada e a quem chamamos con@#s ou poderá ser o nome que por vezes damos ao sexo feminino c@£na .

Seja como for o velhote devia de ter achado que eu estaria a insultar o Miguel.

 


Esta menina http://ocantodapetrolina.blogs.sapo.pt lançou-me um desafio facil de cumprir. Basta responder a 10 perguntas e escolher 5 blogs para o mesmo desafio.

Ora cá vão as respostas.

 

 

1- O que você não sai de casa sem?

Batom(nunca, nunca)

 

2- Qual seu animal favorito?

Gatos. Adoro. Em pequena nunca pude ter nenhum, pois o meu pai detesta e no primeiro casamento ele não gostava muito também não tive, mas com o meu actual maridão vingei-me e tenho dois. Ele tambem adora e só não temos mais porque viver em apartamento e ter animais não é muito fácil, Ah e as despesas também são granditas.

 

3- Qual seu sapato favorito?

De preferência bota com um salto razoável, mas que faça o pé elegante. Já agora fiquem sabendo que para quem tem um pé de princesa como o meu não é nada fácil arranjar algo para calçar(34).

 

4- Produto de maquilhagem indispensável?

Batom e creme na cara

 

5- Qual seu maior sonho?

Continuar a ter uma família feliz.

 

6- Qual o seu maior defeito?

Acreditar sempre nas pessoas( já me trouxe alguns dissabores)

 

7- O que te irrita nas pessoas?

A mentira, a falta de humildade e a falta de pontualidade.

 

8- Qual sua comida favorita?

Esta é difícil...sempre fui muito esquisita na comida, mas há uns anos para cá adoro comer. mas ao que nunca digo que não é ao marisco.

 

9- Doce ou salgado?

Depende dos dias, mas talvez o doce.

 

10- O que te deixa feliz? 

Ui tanta coisa. Os meus gatos, os momentos que estou com o maridão, ver a minha filha feliz, olhar para trás e ver na mulher que me tornei, viajar...

 

11- Escolha 5 blogs para fazer essa Tag.

Esta parte foi fazer batota, pois tenho visto este desafio em muito blogs que conheço. Portanto quem tiver gosto em aceita-lo faça favor.

 

 

Felizmente foi possível o Miguel tirar a sexta feira para podermos conhecer um pouco mais de Tanger e as arredores. Depois do pequeno almoço rumamos à bomba de gasolina para alimentar o carro. Digamos que a diferença entre o preço cá e o preço em Marrocos tem uma difereça significativa. 1 litro custa 13,17 Dirham Marroquino (MAD) o que quer dizer cerca de 1, 19 €.

Seguimos para Asilah, uma cidade a cerca de 40 quilómetros de Tanger. Tem uma parte rodeada de muralha (curiosamente construída por portugueses), que faz lembrar Óbidos. Ruas labirínticas, muitas paredes pintadas com desenhos, portas com cores fantásticas, lojas com produtos típicos e gatos, muitos gatos.

 

 

 

 

 

 

 

Decidimos parar neste restaurante para almoçar.

Quanto ao almoço e poderá interessar a alguém o preço de uma fritura de peixes, uma paelha (para 1 pessoa), as entradas, 2 sumos naturais, 1 agua e 1 café foi cerca de 18 € para os dois. Confesso que fiquei um pouco desiludida com a comida neste restaurante, mas provavelmente porque as especativas eram grandes.

 

 

 

 

 

 

 

 

Depois de almoçar e dar almoço à gatita que apareceu à nossa mesa fomos pela costa para conhecer as praias. A paisagem é muito semelhante à nossa. Quanto à temperatura da agua não posso indicar, pois não lhe toquei, mas o passeio foi muito agradavel.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Apesar de não gostar de andar de avião posso dizer que a viagem de regresso correu sem sobressaltos e apenas não dormi porque dois diabos miúdos resolveram vir toda a viagem com risos e frases que me estavam a deixar irritada. Para uma pessoa como eu que tem algum muito receio de andar de avião ouvir constantemente que o avião ia despenhar-se não foi nada agradável. Confesso que me deu uma vontade enorme de lhes espetar umas bofetadas. Depois outra alminha, este já adulto apesar da hospedeira pedir para desligar o telemóvel resolveu não cumprir e foi toda a vigem com ele ligado.

Chegada à Rodoviária cheiinha de vontade de saber as novidades do que tinha acontecido durante aquela semana em Portugal dirijo-me à papelaria que se encontra lá e a funcionaria pergunta-me "Quer alguma coisa?"

Admirada pela pergunta respondo "sim, pretendo aquela revista, posso?

-Só se for rápido, pois quero fechar.

Ainda me dirigi para a revista e estiquei a mão, mas vendo a cara da moça resolvi desistir e disse-lhe "Deixe estar, pode fechar que eu já não quero?

Olhei para o relógio e eram 20.30 h certinhas. Das duas uma ou fechava às 8 e já estava 30 minutos atrasada, ou então fecha às 8.30 e é das que não quer perder um minuto depois da hora de saída.

Resolvo ir à casa de banho, uma vez que faltavam umas horitas para chegar a casa e dou por mim de frente para uma maquineta que me impede de entrar a não ser que coloque uma moedita de 50 cêntimos.

Por este andar qualquer dia nos cafés e restaurantes também nos pedem dinheiro para utilizar a casa de banho.

Não sei se é da idade ou se teria sido uma anomalia quando fui "fabricada". O que é certo é cada vez mais acho que não sou muito normal.

Alguns dos exemplos desta terrível descoberta:

- Chegada a casa depois da viagem a Marrocos, de avião, mais uma viagem do aeroporto de táxi até à estação dos autocarros e mais cerca de 2 horitas se expresso(chegada às 22,30H) decido arrumar a tralha toda que trazia na mala antes de ir para a cama.

- Uma pessoa normal dormiria toda a manhã, mas aqui a menina resolveu levantar-se cedissimo e ir tratar de alterar a morada do cartão de cidadão. Resultado, uma manhã inteira perdida no Registo Civil e uma carrada de sono em cima.

- Depois de almoçar e podendo dormir um pouco, contrario o sono e vou fazer uma limpeza à casa.

Como castigo nada melhor que uma dor de cabeça.

Se aprendi? Claro que não. Amanhã já tenho uma lista enorme de assuntos para tratar.

Devo pensar que tenho 18 anos e aguento tudo!

 

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